quarta-feira, 28 de setembro de 2011

John Mayall's And The Blues Brakers, reeditados.

Dono de uma discografia avantajada, John Mayall, provavelmente o maior nome da história do blues britânico. Foi um dos músicos mais influentes na Inglaterra dos anos 60, sendo reconhecido como uma referência fundamental por praticamente todos os integrantes da “Invasão Britânica”.

Agora, um capítulo importantíssimo da carreira desse multi-instrumentista de talento gigantesco foi resgatado pelo selo Sundazed.

No mês passado, três discos lendários de John Mayall, foram reeditados em CD e LP, com som mono.

São todos os trabalhados dos Blues Breakers nos anos 60: John Mayall & the Blues Breakers with Eric Clapton (1966), A Hard Road (1967) e Crusade (1967).

Cada um destes álbuns, mostra-nos o virtuosismo de três grandes guitarristas do rock & blues britânico, que integraram os Blues Brakers, durante breves períodos, tendo cada um deles gravado apenas um disco com John Mayall, lançando-se depois em outros grandes projectos, aonde alcançariam projecção, e imortalidade.

São eles: Eric Clapton, que saiu dos Blues Breakers para fundar os Cream; Peter Green, que abandonou o grupo para fundar os Fleetwood Mac na sua fase áurea; e um precoce Mick Taylor, que foi convocado para substituir o falecido Brian Jones nos Rolling Stones.

Todos estes trabalhos que foram reeditados, marcaram uma época na Inglaterra dos anos 60.

Os discos atingiram boas posições nos Tops, e são apontados como os mais influentes de toda a história do blues inglês.

Vejam a qui, as capas e a "track list" completa de de cada álbum.

  • Blues Breakers with Eric Clapton (1966)

1. All Your Love
2. Hideaway
3. Little Girl
4. Another Man
5. Double Crossing Time
6. What’d I Say
7. Key To Love
8. Parchman Farm
9. Have You Heard
10. Ramblin’ On My Mind
11. Steppin’ Out
12. It Ain’t Right

  • A Hard Road (1967)

1. A Hard Road
2. It’s Over
3. You Don’t Love Me
4. The Stumble
5. Another Kind Of Love
6. Hit The Highway
7. Leaping Christine
8. Dust My Blues
9. There’s Always Work
10. The Same Way
11. The Supernatural
12. Top Of The Hill
13. Someday After A While (You’ll Be Sorry)
14. Living Alone

  • Crusade (1967)

1. Oh Pretty Woman
2. Stand Back Baby
3. My Time After A While
4. Snowy Wood
5. Man Of Stone
6. Tears In My Eyes
7. Driving Sideways
8. The Death Of J.B. Lenoir
9. I Can’t Quit You Baby
10. Streamline
11. Me And My Woman
12. Checkin’ Up On My Baby

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Brian Wilson - In the Key of Disney

Depois de homenagear Gershwin com o lançamento de “Reimagines Gershwin”, em 2010, o ex-Beach Boys Brian Wilson, volta com o lançamento “In the Key of Disney”, um disco só com canções dos famosos filmes da Disney.

Ao que parece, a cabeça genial, mas imprevisível de Brian faz uma viagem ao passado, no legado do pop cultural americano.

Foi impossível não nos emocionar com Gershwin e agora com Disney. É inegável que como criador, os legados de Brian equivalem-se às obras dos seus homenageados.

Os Beach Boys são uma lenda universal. Segundo a "Billboard", são a banda norte-americana que mais vendeu em todos os tempos, superando a marca de 100 milhões de álbuns vendidos e 30 sucessos nas listas de vendas, incluindo os primeiros lugares como "I Get Around" (1964), "Help Me, Rhonda" (1965) e "Good Vibrations" (1966). Entre 1962 e 1966, os Beach Boys, colocaram 12 álbuns consecutivos nos tops.

O auge, foi atingido em 66, quando Wilson já não fazia mais shows ao vivo com a banda, devido aos seus problemas psicológicos, mas concentrava-se, como um obstinado em criar algo genial, trabalhando no estúdio como um maníaco, transformando o pop do grupo em algo experimental que resultou no genial "Pet Sounds" (1966), disco que causou inveja aos Beatles e de certa forma mudou o rumo da musica pop.

"In the Key of Disney" sairá comercialmente em Outubro e terá músicas de filmes, como “Mary Poppins”, "Branca de Neve", "Dumbo", “A Pequena Sereia”,"Rei Leão" e "Toy Story", todas interpretadas por ele. Algumas das músicas já podem ser ouvidas no Facebook.

Em Maio passado, o ex-líder dos Beach Boys disse que pretendia aposentar-se daqui a um ano. O motivo é o medo de subir ao palco, algo que começou nos anos 60. A sua história que já mereceu séries e filmes, é muito parecida com a de outros ídolos americanos vítimas de um pai severo que exigia uma disciplina espartana em relação ao sucesso no show business. Isso pode ter desencadeado as severas complicações psicológicas que afastaram Wilson por anos do palco e até da música.

A sua parcial recuperação foi comemorada por fãs e músicos de todo mundo, mas recentemente Brian ainda declarou:

"Eu estou sempre com medo antes de subir no palco, pois não sei como o show vai correr. Com a idade avançando, fica cada vez mais difícil para mim. Mas quando estou atrás do teclado, eu consigo superar esse mêdo." Sorte dos seus admiradores, que são muitos.

Ainda houve a promessa de se reunir com o grupo para comemorar os 50 anos, completados este ano, mas apesar de Brian Wilson ter afirmado estar a considerar esta comemoração, as suas idiossincrasias levaram-no a comentar, numa entrevista á BBC:

"Não há nada que me impeça. Só não sei se quero ficar perto desses tipos. Eles são loucos".

A última vez que Brian trabalhou com a banda foi em 1996, no disco "Stars and Stripes Vol. 1", que ele coproduziu.

Mike Love, Al Jardine e Bruce Johnston, integrantes ainda vivos do Beach Boys, nunca pararam de fazer espectáculos juntos, mas estão longe de, sozinhos, terem a mística de Brian Wilson.

Por Roberto Maia

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Soulive - “Rubber Soulive”- Ou o Rubber Soul dos Beatles, "funkeado"

Tracklist:
01. Drive My Car
02. Taxman
03. In My Life
04. Eleanor Rigby
05. I Want You (She’s So Heavy)
06. Come Together
07. Something
08. Revolution
09. Help!
10. Day Tripper
11. While My Guitar Gently Weeps

O trio Soulive, composto por Eric Krasno, Alan Evans e o seu irmão Neal Evans, foi formado no final dos anos 90, quando os três integrantes tinham menos de 25 anos. Porém, já eram músicos experientes e já haviam passado por outras bandas. Apesar de terem surgido em Vermont, o Soulive é essencialmente baseado em Boston.

A banda já actuou ao lado de nomes como John Scofield, Maceo Parker, Los Lobos, Derek Trucks e Robben Ford. O primeiro disco do grupo foi o EP “Get Down”, de 1999; em 2000, lançaram “Turn It Out”, o primeiro CD completo e em 2001, “Doin' Something”, com a participação do renomeado guitarrista John Scofield.

O som da banda é inspirado num groove dançante, em cima do característico som do órgão Hammond B-3, fazendo a fusão do jazz-soul-funk do passado com um toque de hip-hop moderno

O grupo já tocou em todos os cantos, da África ao Japão. Gravou também com nomes significativos como Chaka Khan, Dave Matthews, Talib Kweli, Derek Trucks, Susan Tedeschi, Robert Randolph, Joshua Redman, Kenny Garrett, Fred Wesley, The Roots, Ivan Neville e tantos outros.

Agora, acaba de lançar “Rubber Soulive”, uma coleção de onze músicas dos Beatles, não só do disco “Rubber Soul” - como a capa poderia sugerir -, mas também outras composições, revisitadas de forma instrumental com o sabor do empolgante groove Black; a receita não é nova é já foi feita com mestria por George Benson e Booker T. & the MG's, mas aqui, com este trio, volta revigorada e atraente, como uma óptima banda sonora para um momento despretensioso e alegre.

O Soulive é um grupo criativo inquieto e não faz discos com fórmula repetida. O grupo já teve outras formações, incluindo vocalistas e naipe de metais, mas é no formato de trio, como neste novo disco, que o grupo se expressa melhor e mostra um poder de uma bateria, guitarra e órgão em mãos habilidosas.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Beach Boys - Smile de 1967, lançado hoje em "box"

Produzido entre 1966 e 1967, o disco Smile era prometido pelos Beach Boys e pela sua gravadora como sendo o melhor disco de todos os tempos. Entretanto, o compositor Brian Wilson acabou enlouquecendo durante o processo de gravação e o álbum nunca foi concluído. Acabou por se tornar no LP, mais mítico da história do rock. Aqui.

Esse ano, finalmente com caráter oficial, será lançada uma "box" reunindo uma grande quantidade de material desse clássico, que nunca o foi. Com lançamento programado para hoje, 1 de Novembro de 2011, The SMiLE Sessions será uma box de luxo conforme revelado no vídeo em baixo.

A caixa irá trazer nada menos que 5 CDs com mais de 140 faixas gravadas nas sessões de gravação, dois compactos em vinil e um LP duplo de alta fidadelide com a versão mais acabada do que seria o álbum original, além de outtakes.

Estão incluidos dois livretos: um acabado em 1967 que seria encartado no disco original e outro que conta toda a história de Smile, com a cronologia do processo de gravação e inúmeras fotos inéditas.

Completando o pacote, há ainda um poster. Os CDs com os outtakes, estão dentro de uma capa estilo vinil com a foto das fitas master originais. E como se não bastasse, a tampa do box terá uma reprodução da capa original utilizando um processo único, revelando um impressionante efeito 3D. O título será lançado também em um formato reduzido em CD duplo.

Por: Lester Benga