sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A "morte" de Roberto Carlos




Ontem, nas redes sociais, correu a "noticia", de que Roberto Carlos teria morrido aos 72 anos no seu apartamento do Rio de Janeiro, vitima de um AVC.

Na "noticia" original, havia um link, que nos levava a uma página, aonde estava escrito qualquer coisa como..."heheheh, você foi enganado, reenvie este link para um amigo seu".

Brincadeira estupida e de muito mau gosto. Mas a pseudo morte de Roberto Carlos, não é caso único.

Paul McCartney, que está vivo e bem vivo, foi vitima de uma "noticia" do mesmo tipo.

Em 23 de Setembro de 1969, o jornal Northern Star de Northern Illinois University, publicou uma reportagem afirmando que McCartney tinha morrido num acidente de carro alguns anos antes e que tieria sido substituído por um sósia, um duplo. 

Uma estação de rádio em Detroit "agarrou" nessa história e espalhou-a pelo mundo. No espaço de um mês, - hoje foi no espaço de horas, - a história era global e os fãs dos Beatles de todo o mundo ficaram á beira de uma depressão, chorando a morte Paul.
 
A história, levou os fãs a procurarem "pistas" nas capas dos álbuns e das músicas dos Beatles.

Dessas "pistas" destacam-se entre outras, o facto de Paul usar uma rosa negra no video clipe de "You´re Mother Shuld Know" do filme "Magical Mystery Tour", o andar descalço e de passo trocado na capa do 'Abbey Road', o aparecer de costas para a câmera na contra capa do álbum "Sgt. Peppers". 

Há, naturalmente, significados profundos por detrás destas teorias da conspiração e se quisermos, encotrare-mos sempre inúmeras outras "pistas". 

Talvez a mais famosa, a mais consistente, é a história aonde se sugere que se ouvir-mos a musica 'Revolution 9 "de trás para a frente, ouviremos algo como " Turn me on dead man ". 

Experimentem fazer isso e tiram as vossas conclusões.

sábado, 7 de setembro de 2013

Billy Preston, o 5º Beatle




William Everett Preston (2 de Setembro 1946-6 de Junho 2006) era um musico soul de Houston, Texas. 

Só ele e Tony Sheridan, tiveram o previlégio de vêr os seus nomes referênciados nos álbuns dos Beatles. Nem Eric Clapton teve essa honra.

Billy Preston encontrou os Beatles pela primeira vez durante uma tourné que faz a Inglaterra,em 1962, quando integrava a banda de Little Richard. Nessa época, os Beatles estavam no inicio da sua carreira, e actuaram na primeira parte desse espéctaculo, em Liverpool.
 
Voltaram a encontrar-se em 1969, quando durante as atribuladas sessões de gravação do álbum, e filme "Let It Be", George Harrison saturado com as discuções e desntendimentos que aconteciam no estudio, entre os Fab Four, saiu porta fora, e para desanuviar foi a um concerto de Ray Charles, aonde ficou maravilhado com a mestria de Billy Preston, que era o teclista do Ray "Génio" Charles.

George, "rebocou" Billy Preston para o estúdio aonde os restantes membros dos Beatles, ainda se degladiavam sob o olhar atento de Yoko Ono, e sentou-o ao piano. A jovialidade e bom humor de Preston, aliados á sua pericia como teclista, desanuviaram de alguma forma o ambiente pesado que se vivia no estúdio. 

O impacto foi tal, que John Lennon, logo propôs a inclusão de Billy, como membro a tempo inteiro do grupo. É claro que Paul McCartney se opôs logo, veementemente, ameaçando mesmo de que sairia se Billy fosse convidado.
 
Este desentendimento, não obstou a que Billy ficasse em estúdio com os Beatles, e de 22 a 31 de Janeiro de 1969,  foi membro dos Beatles e gravou com eles, utilizando um piano électrico Fender Rhodes Electric, e um orgão Lowrey DSO Heritage.


 
Além dessas sessões, ainda actuou durante 42 minutos com os Beatles ao vivo na famosa sessão, que teve lugar no telhado do edifício da Apple, em 30 de Janeiro, que seria a ultima actuação ao vivo do grupo.
 
Em Abril de 1969, o single "Get Back", saiu como: "The Beatles with Billy Preston", tendo no lado B, "Don't Let Me Down".

Billy Preston, participou ainda na gravação do álbum, Abbey Road. Tocou nos temas "I Want You (She's So Heavy)" e "Something", não sendo no entanto, mencionado, na informação do disco.

Logo de imediato assinou com a  Apple em 1969, e lançou o álbum "That's The Way God Planned It". O tema que deu nome ao álbum foi lançado como single e produzido por George Harrison.
 
Após a separação dos Beatles, George e Billy, desenvolveram uma forte e profícua amizade, tendo inclusive, Billy sido o primeiro artista a gravar o tema  "My Swwet Lord", no seu álbum de 1970 "Encouraging Words", e que em 1971 seria editado em single.
 
Além de ter participado no "Concert for Bangladesh", Billy foi uma presença constante nos trabalhos de George. Essa ligação, não impediu que Preston colaborase igualmente nos álbuns de John Lennon e Ringo Starr. Entre 1971 e 1977, trabalhou em estúdio e nos concertos ao vivo com os grandes rivais e amigos dos Beatles, The Rolling Stones.


A década de 80 foi mais problemática, tendo sido uma constante luta contra os seus "fantasmas",o facto de ter sido abusado sexualmente em criança, mas sobretudo contra o álcool e as drogas.
Foi preso em 1991 por assalto e posse de cocaína, tendo sido condenado a internamento para reabilitação, e prisão domiciliária.

Felizmente a dé cada seguinte, os ventos mudaram, e ele pode participar em algumas tournés com Eric Clapton e Ringo Starr.

Em 2002, participou no concerto em homenagem a George Harrisson no Royal Albert Hall, tendo interpretado brilhantemente os temas  My Sweet Lord e Isn't It A Pity.

Em 2003 foi um dos destaques na gravação do álbum "Let It Be... Naked", uma versão das sessões do álbum dos Beatles de  1969 "Let It Be", produzido por Phill Spector.

A sua ultima intervenção publica foi em 2005, durante uma conferência de imprensa em Los Angeles, destinada ao re-lançamento do filme "Concert for Bangladesh". No final deste acontecimento, actou com Ringo Starr e Dhani Harrisson, interpretando os temas Give Me Love (Give Me Peace On Earth), My Sweet Lord e Isn't It A Pity.

Billy lutou durante um largo período, contra uma infecção nos rins, causada pelos muitos anos de abuso na ingestão de alcoól, e o uso de drogas. Entrou em coma a 21 de Novembro de 2005, e morreu a 6 de Junho de 2006 em Scottsdale, Arizona.

De acordo com as declarações do seu manager, os problemas de Billy, foram em grande parte causados pela sua homossexualidade, um segrêdo, que ele tinha dificuldade em assumir. Foi Keith Richards, o primeiro a revelar este facto, na sua biografia de 2020 "Life".
 
No ano interior ao seu colapso, Billy estava a gravar um álbum, nunca editado, só com covers dos temas dos seus amigos Beatles.