Pouca gente sabe que foi Al Dvorin, promotor de shows e locutor, o responsável por eternizar uma das
frases mais icónicas da cultura pop: “Elvis has left the bulding” (Elvis
saiu do prédio). Dvorin usava a frase para avisar os espectadores presentes nos espectáculos de Elvis que este já se tinha ido embora. Portanto, não haveria bis, nem autógrafos para ninguém. Poucos meses antes de se
completarem 35 anos da morte de Elvis, é irónico pensar que ele de facto, nunca “deixou o prédio”.
Elvis nunca realizou uma tournê mundial. Só se apresentou uma vez
fora do território norte-americano, em cinco shows, em três cidades do
Canadá, em 1957. Nos anos 70, quando voltou aos palcos, choveram
propostas para ele cantar fora dos USA. Mas os motivos de
Elvis nunca ter aceite actuar fora do seu pais natal, são vários e até hoje envoltos em polémica.
Alguns autores afirmam que isso aconteceu pelo fato de o Coronel Tom
Parker, empresário do cantor, ser um imigrante ilegal que não queria
correr o risco de se meter em problemas com a imigração dos Estados
Unidos. Outros factores eram mais mundanos. Elvis, uma criatura do
hábito, supostamente não se interessava em fazer viagens longas.
Em
1973, para saciar a sede dos fãs mundiais, Elvis foi o astro do
milionário show Aloha from Havaii, transmitido directamente das
Ilhas do Pacífico via satélite para boa parte do planeta e assistido por
quase um bilião de pessoas. Até a sua morte, em 16 de Agosto de 1977,
Elvis só actuou em Las Vegas e em outras partes dos Estados
Unidos, mas os fãs do resto do mundo tinham de se contentar com os
vídeos e os discos.
Em 16 de Agosto de 1997, no Coliseu do Centro-Sul, em Memphis
(Tennessee), exactamente 20 anos após a sua morte, Elvis retornava aos
palcos.
Bem, se obviamente ele não estava lá em carne e osso, pelo menos
a sua voz e imagens, sim.
Elvis – The Concert (mais tarde renomeado Elvis Presley in Concert) usava tecnologia de ponta para trazer o Rei do Rock de volta. Ecrans gigantescos de altíssima definição mostravam imagens de Elvis, basicamente retiradas dos filmes Comeback Special (1968), Elvis É Assim (1970), Elvis Triunfal (1972) e Aloha from Havaii. Os produtores utilizaram os "play backs" de áudio original e isolaram a voz de Elvis.
Elvis – The Concert (mais tarde renomeado Elvis Presley in Concert) usava tecnologia de ponta para trazer o Rei do Rock de volta. Ecrans gigantescos de altíssima definição mostravam imagens de Elvis, basicamente retiradas dos filmes Comeback Special (1968), Elvis É Assim (1970), Elvis Triunfal (1972) e Aloha from Havaii. Os produtores utilizaram os "play backs" de áudio original e isolaram a voz de Elvis.
No palco, para fazer o acompanhamento, estava presente a
maioria dos músicos e vocalistas que acompanharam Elvis nas suas tournês
nos anos 70. A TCB Band, como era chamado esse grupo de músicos e
vocalistas que cercavam o Rei, foi reunida após 20 anos para trazer de
volta a magia e emoção da música do Rei. De então para cá, os ecrans
tornaram-se parte integrante de qualquer megaconcerto de rock e de música
popular e, assim que a imagem gigantesca de Elvis se materializava no
palco, a ilusão tornava-se realidade.
Elvis Presley in Concert seguiu com muito sucesso pelos
Estados Unidos e também por outros países. O show realizado no Pyramid
Coliseum, em Memphis, em 2002, foi gravado e transformou-se no DVD Elvis Lives.
Nesse ano, o projecto foi reactivado e passou por vários locais da
Europa, como França, Suíça, Alemanha e Inglaterra. Em Outubro, deste ano, os
brasileiros vão ter a possibilidade de assistir a Elvis Presley in Concert.
O espectáculo será apresentado em Brasília, em São Paulo, e no Rio
de Janeiro.
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