quinta-feira, 5 de maio de 2011

As grandes Bandas Inglesas dos Anos 60 - The Moody Blues

Embora sejam hoje mais conhecido pelas suas liricas exuberantes, pelos seus temas musicalmente profundos, e por alguns álbuns psicadélicos, os Moody Blues começaram como uma das melhores bandas de R & B, durante a chamada "British Invasion".

Formada em Birmingham, Inglaterra em Maio de 1964, com Ray Thomas (vocais), Mike Pinder (teclados e vocais), Denny Laine (guitarra / vocais), Clint Warwick (baixo / vocal) e Graeme Edge (bateria), todos músicos, com alguma experiência, adquirida em bandas locais. The Moody Blues conheceram e, posteriormente, assinaram um contrato, com Tony Secunda, que seria o seu manager por muito tempo. Graças a Secunda, realizaram, logo uma tourné em Inglaterra ,e a banda assinou um contrato no Marquee Club, que originou um contrato com a Decca Records, Inglêsa, menos de seis meses após a sua formação.

O primeiro single do grupo, "Steal Your Heart Away", lançado em Setembro de 1964, não alcançou grande notoriedade nas listas de vendas britânicas.

O segundo single "Go Now", lançado em Novembro de 1964, ultrapassou todas as expectativas e, chegou a número um no Reino Unido. Nos Estados Unidos, ficou pela excelente, décima posição. Depois da tournê britânica com Chuck Berry, The Moody Blues viajaram para os Estados Unidos, como banda suporte dos Kinks.

Ter um segundo hit, era mais fácil de dizer do que fazer. Apesar dos seus esforços incipientes, enquanto compositores, e do acesso que tiveram a diversas demos de compositores americanos, esta primeira formação dos Moody Blues, não conseguiram mais nenhum sucesso, que os levasse aos primeiors lugares das listas de vendas.

Até ao final da primavera de 1965, a frustração era palpável, entre os elementos da banda. O grupo decidiu gravar o seu quarto single, "From The Bottom Of My Heart", uma experiência com um som diferente. Infelizmente, esta tentativa só chegou ao número 22 das listas de vendas britânicas após o seu lançamento, em Maio de 1965. Em última análise, o stress da tournê juntamente com o desgaste, causado pelo insucesso, foi demasiado para Warwick, que saiu na Primavera de 1966, e em Agosto desse ano, foi a vez de Laine abandonar, com guia de marcha para integrar no futuro, os Wings de Paul McCartney. Warwick foi substituído por John Lodge. A sua integração na banda foi seguido no final de 1966, pela adição de Justin Hayward.

A formação reconstituída dos Moody Blues soube manter-se à tona financeiramente, principalmente actuando na Europa, e gravando alguns singles, ocasionalmente.

A sua grande oportunidade, veio com a Dram Records, um ramo da Decca, que em 1967 decidiu que precisava de um Long-Play, 33 Rpm, para promover o seu novo "Deramic Stereo", um revolucionário sistema stereo na época. Os Moody Blues foram escolhidos para o projecto, e deveriam gravar uma versão rock da "Sinfonia do Novo Mundo" de Dvorak.

É claro que a banda, aceitou logo esta oportunidade, convencendo o produtor e o engenheiro de som a abandonarem o material sugerido, e a utilizarem uma série de composições próprias que mostrava um arquétipo de composição completamente inovador mas que se adaptava na prefeição á ideia original.

Usando as faixas apresentadas pela banda, e orquestradas pelo maestro Peter Knight, o álbum, "Days of Future Passed" tornou-se num marco na história da banda. A mistura de sons de rock, com a musica clássica era novo, e numa primeira fase, deixou os executivos da gravadora, baralhados, o álbum foi lançado.

O álbum levou o grupo ao estrelato. Permaneceu nos Tops da Billboard por mais de dois anos e foi um marco na história do rock como sendo um dos primeiros álbuns conceptuais, gravado não só com uma orquestra sinfônica, mas também em "Deramic Stereo", território desconhecido naquela época. Graças aos singles "Nights In White Satin" e "Tuesday Afternoon" foi disco de ouro, chegando a número 3 nas listas de vendas.

Em 1968 seguiu-se, "In Search Of The Lost Chord", álbum igualmente bem sucedido, sendo pioneiro na utilização do mellontron na música pop, um instrumento do tipo sintetizador que se tornou numa parte fundamental do som dos Moody Blues.

Em 1969, com "To Our Children's Children", o grupo achou que se estava a "encurralar" numa espécie de beco sem saída. Gravando, com a excessiva utilização do overdubbing, haviam criado álbuns que se fossem gravados normalmente, seriam necessários, 20 ou 30 Moody Blues, em estudio.

Começando 1970 com "A Question of Balance, o grupo tomou a decisão de gravar álbuns que pudessem sr executados ao vivo, e decidiram reduzir a sua dependência do overdubbing e "endurecer" o seu som, neste álbum. Resultou, um som modernizado, mais rock, que grangeou uma maior popularidade e uma maior aceitação, alargando a sua área de influência, junto do publico. O álbum foi número 1 na Grã-Bretanha e n. º 3 nos Estados Unidos.

"Every Good Boy Deserves Favour", álbum de 1972, e "Seventh Sojourn", em 1973,foram ainda mais popular, chegando ao número 1 no Reino Unido e nos EUA.

Então, o stress acomulado durante as tournés, e gravações, de forma constante durante cinco anos, começou a cobrar o seu preço, e após uma longa tourné internacional, a banda decidiu fazer uma pausa, que acabou por durar cinco anos.

Durante esta época, Hayward e Lodge gravaram um dueto muito bem sucedida, "Blue Jays" (1975).

Todos os cinco membros gravaram álbuns solo. Em 1977, no entanto, os membros do grupo tinham tomado a decisão de se reunir, um processo complicado pelo facto de que Pinder, o teclista, tinha-se mudado para a Califórnia.

Embora todos os cinco participassem no álbum resultante, "Octave" (1978), houve tensões durante a sua gravação, e Pinder insatisfeito com o LP, recusou-se a tocar com a banda, na tourné que se seguiu. Esta foi um sucesso, com Patrick Moraz a substituir Pinder nos teclados, e o álbum chegou ao topo das listas de vendas.

"Long Distance Voyager" (1981),o álbum seguinte, foi ainda mais popular, embora nesta altura, já se ouvissem algumas criticas negativas, por parte de alguns jornalistas. Embora continuassem a atingir os lugares médios das listas de vendas, e até tivessem alcançado sucesso em 1986 com "In Your Wildest Dreams" e "The Other Side Of Life", os Moody Blues não estavam mais na crista da onda músical.

Em 6 de Junho de 1988, lançam "Sur La Mér". A tentativa de modernização dos Moodie Blues, com Tony Visconti na produção e Ray Thomas ausente.

Justin Hayward e John Lodge não deixaram que o impacto da produção de Tony, alterasse as suas novas composições ou a sua visão, das mesmas, proporcionando, imagens musicais melancólicas e retratos épicos de um homem à procura de amor e do significado na vida.

Patrick Moraz, que sairia pela porta dos fundos depois deste álbum, brilha neste ambiente, ressuscitado das sombras. Os seus teclados sustentam essas baladas simples, dando-lhes substância e ressonância, enquanto o resto da banda dá um passo atrás musicalmente (embora eles nunca tivessem sido grandes virtuosos).

Pessoalmente, eu gosto "Sur La Mer" mais do que esperava, as melodias são lindas e, os efeitos
"modernos", são realmente refrescantes.

No final da década de 80, os Moody Blues, eram rotulados, como apenas mais um acto da onda nostalgica, embora com uma enorme audiência.

Patrick Moraz deixou a banda em 1990, antes da gravação de "Keys Of The Kingdom", mas os Moody Blues, continuaram na década de 90, com o conhecimento reconfortante de que ainda tinham a capacidade de encher salas de espectáculo.

Em 1994, uma box com quatro CDs, "Time Traveller" foi lançada. Na primavera de 1997, a Polygram lançou versões re-masterizado e atualizadas de todos os sete discos do grupo. Clássicos do final de 1960 / início de 1970, com o som melhorado e com anotações nostálgicas dos membros do grupo.

Um ultimo trabalho de estúdio, em 1999, resultou no "Strange Times", e "Live at the Royal Albert Hall 2000" foi lançado, um ano depois.

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