sábado, 6 de julho de 2019

“Here There and Everywhere-Minha vida gravando os Beatles”



Hoje lembrei-me de Geoff Emerick, o mágico técnico de som que participou na gravação da maior parte dos álbums dos Beatles
Faleceu a 2 de Outubro em Los Angeles o engenheiro de som Geoff Emerick. 

Inglês de Londres, morava em Los Angeles e sofreu um ataque cardíaco aos 71 anos. 

Trabalhou com gente como Elvis Costello, Jeff Beck, Art Garfunkel, America, Cheap Trick, Nazareth e Supertramp. Mas ficou mesmo famoso por seu trabalho com os Beatles na fase mais criativa dos quarteto de Liverpool nos álbuns Revolver (1966), Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), Abbey Road (1969), e nas sessões iniciais do Álbum Branco (1968). 

Segundo o George Martin, Emerick trouxe “um novo tipo de mentalidade para as gravações, sempre sugerindo ideias sonoras, diferentes tipos de reverberação, sobretudo sugerindo o que poderíamos fazer com as vozes.”

Em 2006 lançou o livro “Here There and Everywhere: Minha vida gravando os Beatles”, aonde conta histórias curiosas e até então desconhecidas dos bastidores das gravações. 


A sua carreira começou aos 15 anos como assistente de engenheiro nos estúdios da EMI. A primeira colaboração com os Beatles foi em 1963, ainda como operador de áudio. Três anos depois foi promovido a engenheiro, participando da concepção dos melhores trabalhos da banda. 

Paul McCartney (com quem Emerick trabalhou também na fase Wings, no álbum Band On The Run) homenageou-o nas redes sociais. 

“Geoff era inteligente, divertido, e o génio por trás de muitos dos grandes sons nas nossas gravações. Estou chocado e triste por ter perdido um amigo tão especial.”

De acordo com a incrível autobiografia do técnico de som Geoff Emerick, “Here There and Everywhere”, Paul McCartney era o primeiro a chegar em dias de estúdio e a última a sair
Depois de passar de 8 a 12 horas com John, george Ringo e George Martin gravando as músicas do dia, todos saiam exaustos para descansar .

Paul pedia a Geoff, igualmente exausto, que ficasse mais um bocado. Limpavam o estúdio e montavam o amplificador do baixo no centro da sala, aonde Paul criava aquelas surpreendentes linhas melódicas  enquanto ouvia a reprodução das músicas quase completas. 
Muitas sessões continuariam até  a manhã do dia seguinte.



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