terça-feira, 26 de março de 2019

Beatles For Sale




"Beatles for Sale" é o quarto álbum de estúdio dos Beatles.
Foi lançado em 4 de Dezembro de 1964 no Reino Unido pela Parlophone da EMI.

Oito das quatorze faixas do álbum apareceram no lançamento simultâneo da Capitol Records, “Beatles '65”, lançado apenas nos USA.

O álbum marcou um afastamento do tom ligeiro e intimista tipo “from me to you”, que caracterizou os trabalhos anteriores dos Beatles, em parte devido ao esgotamento da banda após uma série de tournés que os solidificaram como um fenómeno mundial em 1964, mas também pelo seu natural amadurecimento.

As músicas introduziram climas mais sombrios e letras mais introspectivas, com John Lennon adoptando uma perspectiva autobiográfica em composições como "I'm a Loser" e "No Reply".

O álbum também reflectiu influências da música country e de Bob Dylan, que os Beatles conheceram em Nova York em Agosto de 1964.

Os álbum foi gravado nos estúdios da EMI, em Londres, entre os seus compromissos.Em parte como resultado da agenda agitada do grupo, apenas oito das faixas são composições originais, a que foram acrescentadas covers de músicas, dos seus ídolos, os que mais os tinham influenciado  como Carl Perkins, Chuck Berry, Buddy Holly e Little Richard, temas esses que faziam parte das suas play lists quando actuavam ao vivo.



As sessões também produziram um single sem álbum, "I Feel Fine", que teve como lada B o "She's a Woman".

Na Grã-Bretanha, “Beatles for Sale” ocupou o primeiro lugar em 11 das 46 semanas que passou entre os 20 melhores.

O álbum teve sucesso similar na Austrália, onde a capa do single de Rock and Roll Music também ficou no topo da parada de singles.

Uma das canções omitidas da versão norte-americana do álbum, "Eight Days a Week", tornou-se o sétimo número 1 dos Beatles nos EUA, quando lançado em Fevereiro de 1965.

"Beatles for Sale" não foi lançado nos Estados Unidos até 1987, quando o catálogo dos Beatles foi padronizado para lançamento em CD.

domingo, 24 de março de 2019

As Grandes Bandas Inglesas dos Anos 60 - The Merseybeats






Os Merseybeats foram formados em 1961, em Liverpool, com o nome de The Mavericks, composto por Tony Crane (Guitarra solo e vocalista) Billy Kinsley (baixo, vocal), trabalhando como um duo tipo os americanos Everley Brothers nos clubes de Liverpool. Mas logo se tornaram num quarteto com a adição de David Elias (guitarra e voz) e Frank Sloane (bateria).
De imediato mudaram o nome para The Pacifics e em 1962 para The Mavericks.

Um dia após uma actuação no Cavern Clube, perguntaram a Bill Harry um jornalista da época que criara um jornal dedicado á cultura pop musical em voga na zona de Liverpool, que se chamava Mersey Beat, se podiam usar o nome de seu jornal alterando-o para Merseybeats, claro que  ele concordou.
O jornal era uma empresa registada na época e não podia ser usada sem a  sua permissão.
"Os Mavericks passaram a chamar-se Mersey Beats" Mais tarde, Merseybeats, tudo pegado.
Entretanto, Sloane foi substituído por John Banks e Elias por Aaron Williams.


Billy Kinsley, Aaron Williams, Tony Crane e John Banks

Originalmente assinaram um contrato de agenciamento com Brian Epstein, mas como ele não lhes deu os mesmos fatos elegantes que ele tinha dado aos Beatles, pura e simplesmente acabaram com essa relação profissional, algo que o grupo se arrepende até hoje.
Assinaram um contrato com a gravadora Fontana, e alcançaram o seu primeiro grande sucesso em 1963 com 'It's Love That Really Counts' seguido em 1964 'pelo seu milhão de cópias vendidas' I Think of You ', que subiu para o top 10 e lhes deu seu primeiro disco de ouro.

Os Merseybeats criaram o seu próprio estilo de vestir, querendo com isso ultrapassar a elegância dos fatos que gostariam que Epstein lhes tivesse oferecido. A nova “fatiota” composta por jaquetas de bolero apertadas, parecidas com os casacos usados pelos toureiros espanhóis e camisas com folhos em vez de colarinhos calçando botas de salto alto provocavam a histeria entre as suas fãs do sexo feminino e fez com que fossem creditados como o "The Best Looking Group" da época.

Alcançaram ainda mais dois sucessos importantes, 'Don't Turn Around' e 'Wishin & Hopin'.
Outras gravações bem-sucedidas incluem 'Last Night' 'Don't Let It Happen To Us' 'I Love You Yes I Do' 'Eu estou acusado'. ‘Mister Moonlight‘ ‘Really Mystified‘ ‘The Fortune Teller‘ ‘Lovely Loretta’ e ‘É o amor que realmente conta’.

Os Merseybeats actuavam regularmente no mundialmente famoso Cavern Club de Liverpool e têm a distinção única de aparecer com os Beatles em mais ocasiões do que qualquer outra banda daquela época.



O seu sucesso trouxe-lhes reconhecimento internacional, em 1964, os Merseybeats actuaram na Alemanha, nos Estados Unidos e tiveram o seu próprio Merseybeat Show na televisão italiana.
Tony Crane, Johnny Gustafson, John Banks, Aaron Williams
Kenny Mundye começou a sua longa associação aos  Merseybeats quando foi o primeiro a substituir John Banks, que desaparecera num fim de semana em 1965!

Em 1964, Billy Kinsley saiu para formar The Kinsleys e foi substituído pelo lendário Johnny Gustafson. 
A formação mudou novamente quando Billy retornou ao grupo alguns meses depois.

Em 1966, Tony e Billy formaram um duo vocal chamado simplesmente The Merseys e com sua banda de apoio, The Fruit Eating Bears.  

Alcançaram o seu maior sucesso com 'Sorrow' que se tornou um clássico dos anos 60 e mencionado como favorito por muitos artistas.

David Bowie mais tarde gravou uma versão de Sorrow no  álbum 'Pinups'.


Tony & Billy and The Fruit Eating Bears
O line-up original da banda com duas baterias, com o nome The Fruit Eating Bears foi Joey Molland, na guitarra; Chris Finley, teclados; George Cassidy, baixo tendo Kenny Goodlass e Kenny Mundye nas baterias.

Os Merseys continuaram, durante os anos 1969 - 1974, Tony Crane e Billy Kinsley com Kenny Mundye na bateria actuaram, como trio. Fizeram uma turnê extensa e tocaram no circuito dos cabares, que era muitas vezes chamado o circuito "chiken in the basket", porque era essa o tipo de comida servida nesses locais. Foram artistas de destaque em 1971 no  Merseybeat Reunion Concert, realizado no Ballroom Top Rank, em Liverpool.

Tony Crane continuou a liderar o grupo actuando sob o nome de Tony Crane & The Merseybeats 1971 -74 com Tony Coates (baixo), Chris Finley (teclado), Derek Cashin (bateria) - finalmente um line up compreendendo Bob Packham (baixo), Allan Cosgrove (bateria) Colin Drummond (teclados e violino).

Billy Kinsley formou os Rockin Horse, Annabella e mais tarde o bem-sucedido Liverpool Express, tendo hits tanto no Reino Unido quanto na América do Sul com 'You Are My Love' e 'Every Man Must Have A Dream'
Kenny Mundye era membro do Liverpool Express, substituindo Derek Cashin em 1976.



1993: Billy Kinsley retornou à banda, junto com Dave Goldberg, que tinha sido parte integral do Liverpool Express.
Tony Crane & The Merseybeats tornou-se, mais uma vez, o Merseybeats. 

2000: O filho de Tony Crane, Adrian, juntou-se à banda substituindo Dave Goldberg, que saiu com Allan Gosgove, o cérebro por trás do Rumors Of Fleetwood Mac.

O substituto de Allan na bateria foi Lou Rosenthal, que ainda tocaria com Ian Gillan Band, The Undertakers e os Export.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Lançamento do álbum: Please Please Me, Sexta Feira, 22 Março 1963


O álbum de estreia dos Beatles foi lançado no dia 22 March 1963, para capitalizar o sucesso dos seus singles Love Me Do e Please Please Me.

Os singles haviam sido gravados em 1962 e estavam no LP, Please Please Me, junto com os seus lados B. 
O resto do álbum foi gravado durante uma sessão a 11 de Fevereiro de 1963, que durou pouco menos de 10 horas.

George Martin originalmente queria chamar o álbum Off The Beatle Track, mas depois desistiu da ideia.

Neste dia, apenas a versão mono foi lançada com o número de catálogo PMC 1201, na versão mono. 
A versão stéreo com o numero PCS 3042, saiu na sexta-feira, 26 de Abril. 
Ambos foram lançados na subsidiária da EMI Parlophone.

Please Please Me foi um enorme sucesso. Passou 70 semanas nas listas dos álbuns mais vendidos no Reino Unido a partir de 6 de Abril e ficou na primeira posição por 30 semanas a partir de 11 de Maio. 





Anthony F. J. Barrow era o assessor de imprensa que trabalhou com os Beatles entre 1962 e 1968. Foi ele quem inventou a frase "the fab four", usando-a pela primeira vez nestas notas.

"No que diz respeito ao público de coleccionadores de discos da Grã-Bretanha, os Beatles começaram a tocar em Outubro de 1962. Só que dezoito meses antes de sua primeira visita aos estúdios da EMI em Londres, os Beatles já tinham sido eleitos a banda favorita de Merseyside, e era inevitável que o primeiro CD da Parlophone, Love Me Do, fosse directo ao topo da parada de Liverpool. 
As chances do grupo de entrar nas paradas nacionais pareciam muito mais remotas. 
Nenhum outro grupo tinha sido um best-seller através de um disco de estreia. 
Mas os Beatles foram os criadores desta história desde o começo e Love Me Do vendeu cópias suficientes durante as primeiras 48 horas nas lojas para se fixar no topo das paradas nacionais. 

Em todos os anos, desde que os singles pop diminuíram de dez para sete polegadas, nunca um grupo britânico saltou para o primeiro plano da cena com tanta velocidade e energia. 

Nos seis meses que se seguiram à aparição no Top Twenty de Love Me Do, quase todos os principais DJs e jornalistas musicais do país começaram a debitar louvores aos Beatles.


Os leitores do New Musical Express votaram massivamente nos Fab Four, o que os colocou, surpreendente, no topo da lista dos grupos mais famosos, mais populares em 1962/63 ... com a força de apenas o lançamento de um LP. 

Imagens do grupo espalharam-se pelas primeiras páginas dos três jornais nacionais de música. 
As pessoas dentro e fora da indústria fonográfica expressavam um tremendo interesse nos novos sons vocais e instrumentais dos Beatles. 
Brian Matthew (que desde então trouxe os Beatles para milhões de telespectadores e ouvintes nos seus programas "Thank Your Lucky Stars", "Saturday Club" e "Easy Beat") descreve o quarteto como o grupo mais empolgante e talentoso, quer visual quer musicalmente  emergente das sombras da época.

A produção de discos, bem como a sua análise, ensina a ser cauteloso ao fazer previsões a longo prazo. 
O sucesso nem sempre é determinado pelas performances mais valiosas, e por isso não adianta supor que o sucesso imediato, a versatilidade conta para tudo. Foi durante a gravação de um programa da Radio Luxembourg na série EMI Friday Spectacular que finalmente me convenci de que os Beatles estavam prestes a desfrutar do tipo de fama nacional de primeira linha que eu sempre acreditei que eles mereciam. 
A audiência, composta só por adolescentes, não conhecia a formação de artistas e grupos da noite.  Muriel Young, a apresentadora do programa, começou a apresentar os Beatles, enunciando os seus nomes próprios. Ela chegou até John ... Paul ... e o resto de sua introdução foi abafada numa poderosa barragem de aplausos e gritos muito genuínos. 

Não consigo pensar em mais nenhum grupo - britânico ou americano - que osse tão prontamente identificado e bem-vindo só pelo anúncio de dois nomes próprios. Para mim, esta foi a derradeira prova de que os Beatles (e não apenas um ou dois de seus discos de sucesso) haviam chegado ao incomum ponto de pico de popularidade."

Tony Barrow

quinta-feira, 21 de março de 2019

Curiosidades sobre 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band'


O melhor disco de todos os tempos. 
Para muitos, essa é a melhor - e mais exacta - descrição para Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, clássico dos Beatles - e, a bem da verdade, da música popular moderna - lançado em 1º de Junho de 1967.

A melhor maneira de relembrar o álbum do quarteto de Liverpool é, claro, ouvindo novamente - e faça-o na íntegra, sem saltar as faixas - os quase 40 minutos de música do trabalho. 

Não é apenas a qualidade de Sgt Peppers que faz do álbum um dos mais conceituados (talvez o mais?) álbuns de todos os tempos. 
Há certas doses de pioneirismo extra-musical no trabalho também.

O disco foi o primeiro de rock a apresentar na sua capa as letras completas de todas as faixas.

Além do mais, foi o primeiro LP a contar com uma capa dupla – o que se justifica dado o imenso trabalho na elaboração de sua arte grandiosa. 

Personalidades de capa A banda do Sargento Pimenta a qual o título do álbum faz referência está em evidência na capa, mas está longe de ser o único elemento de destaque da arte. 

Além dos quatro Beatles, uma série de personalidades de diferentes áreas faz companhia ao grupo na imagem. 

De Bob Dylan a Fred Astaire, passando pelo ocultista Aleister Crowley e o psiquiatra Carl Gustav Jung, são 70 nomes inclusos no trabalho de Peter Blake e Jan Haworth. Outros, como Jesus e Adolf Hitler, chegaram a ser modelados para aparecerem, mas acabaram excluídos da versão final. 

Identidade oculta 
Cansado da vida intensa e eufórica de um Beatle – e, portanto, o cotidiano de uma das maiores estrelas do planeta - Paul McCartney concluiu, enquanto voava da Quênia rumo à Inglaterra após dias de férias no país africano: “vamos deixar de sermos nós mesmos”. 

Assim nasceram os alter egos integrantes da Banda do Clube dos Corações Solitários – uma decisão que permitiria mais liberdade na criação e execução das músicas. 



A ascensão de McCartney 
A parceria Lennon-McCartney é, talvez, a mais conhecida e bem sucedida da história da música moderna. Mas, apesar de todas as músicas de Sgt Peppers serem assinadas pela dupla (com excepção de Within You Without you, de George Harrison), a grande força motriz do álbum – e, de certa forma, da banda naquele momento em diante – era McCartney, que foi quem tomou a maior parte das grandes decisões relativas ao disco, como quais takes de gravações seriam usados na versão final das músicas. 

Além disso, a ideia de ‘ocultar’ a identidade dos Beatles por trás da tal banda do Sargento Pimenta veio de sua cabeça. 

Conceptual ou não? 
Apesar de induzir, da arte da capa à banda fictícia que dá nome ao álbum, Sgt. Peppers não é um disco conceptual. 
Na verdade, com excepção da faixa-título e With a Little Help from My Friends, todas as outras canções não mantém relação alguma com os personagens idealizados por McCartney. 
“Elas poderiam estar em qualquer outro disco”, disse John Lennon. 


A arte de capa de Sgt Peppers é um ícone artístico, e o reconhecimento de sua relevância vem também pela indústria, que deu a Peter Blake e Haworth um Grammy na categoria. 
Mas uma de suas versões é a queridinha do mercado de colecionadores. 

Lançada nos Estados Unidos no natal de 1967, a arte alternativa substitui os Beatles e as outras personalidades por executivos da Capital Records, gravadora do grupo na América do Norte. 
Cada uma das 100 cópias foi avaliada em 2011 em cerca de 70 mil libras, o que faz da capa a mais valiosa do mundo. 

Início de uma nova era 
O disco marca o início de uma fase do grupo, que decidiu retirarem-se dos palcos após uma tournê derradeira em 1966. 

Uma das justificativas apresentadas pelos Beatles para não realizarem mais shows foi que, tecnicamente, as apresentações eram lamentáveis – com o sistema de som da época, eles nem sequer conseguiam ouvir aquilo que tocavam, especialmente com a gritaria  do público. 

A complexidade intricada de Sgt. Peppers, de certa forma, pode ser vista como o reflexo da ausência de responsabilidade em reproduzir as músicas ao vivo. 


A necessidade era a mãe da invenção
As limitações técnicas em termos de equipamento para reproduzir músicas ao vivo não ficavam restritas apenas aos palcos. 
Em Inglaterra, os estúdios contavam apenas com mesas de 4 canais para gravações. Se hoje, com a tecnologia digital, é possível gravar uma infinidade de faixas/ camadas/ instrumentos e retocá-las separadamente, em 1967 a limitação era a regra. 

“A necessidade era a mãe da invenção”, escreveu em suas memórias George Emerick, engenheiro de som que acompanhou as gravações de Sgt. Peppers. 

Ouvir todos os arranjos no álbum é um mérito que vai além da qualidade musical do trabalho – o que fez do produtor George Martin, conhecido como ‘O quinto Beatle’ uma peça fundamental na confecção do disco. 

Em meados de Maio, o público britânico pôde ouvir, pela primeira vez, uma pequena ante estreia de Sgt Peppers num programa de rádio da BBC. Trechos de todas as músicas foram executados, com excepção de A Day In the Life, que, no dia anterior, fora banida pela emissora, alegando referências à indução ao uso de drogas em trechos da canção. 

A alegação, porém, não era de toda infundada: o polémico verso ‘I’d love to turn you on’ (‘adoraria te deixar ligado’, em tradução livre), estava, como admitiu Paul McCartney, estava dentro do contexto do Verão do Amor e principalmente, da filosofia lisérgica impulsionada a LSD de Timothy Leary, ícone da expansão da mente através do uso de agentes psicotróficos. 

Três dias após o lançamento de Sgt Peppers, Paul McCartney e George Harrison, acompanhados das suas respectivas namoradas, foram assistir a um show em Londres de um guitarrista americano que voltava à cidade com muita moral: Jimi Hendrix. 
Para a surpresa dos membros dos Beatles – e de todos na plateia –, Hendrix abriu a apresentação com uma versão da música-título do álbum. 
“Foi uma das maiores honras da minha carreira”, escreveu Paul.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Quem são e como vivem os 15 filhos dos Beatles


Além da grande contribuição cultural que John, Paul, George e Ringo deram para a humanidade,
a eles também pode ser creditado o facto de terem filhos que são seres humanos da melhor qualidade. Com a excepção de raros momentos, todos passaram  as suas vidas de maneira 
digna e honrada, bem condizente com os pais que tiveram. Alguns até seguiram os passos dos 
seus progenitores e  seguiram os seus passos, com carreiras musicais notórias. 
São 10 filhos consanguíneos e 05 enteados (filhos de Linda, Barbara e Nancy em casamentos anteriores) que obviamente serão listados aqui também. 
Saiba como vivem esses herdeiros do legado e da fortuna dos Beatles.

Heather McCartney
Nasceu em 31/12/1962
Paul McCartney ganhou uma enteada quando se casou com Linda, em 1969. Após a separação do seu primeiro marido, o geólogo Joseph Melville, Linda e a filha passaram 2 anos separadas (ela foi viver com o pai), juntando-se ao casal McCartney após um acordo. Heather, inclusive, aparece em algumas cenas do filme Let It Be.

A família teve bastante preocupação com a adolescente durante os anos 70 e 80, devido a problemas de depressão pelos quais a jovem passou.
Em 1998, quando Linda faleceu, Heather voltou a conviver com o pai, que se suicidou em 2000. 
Na sua vida adulta, interessou-se por fotografia, mas seguiu a carreira de escultora, trabalhando preferencialmente com  argila. Actualmente vive numa propriedade de Paul McCartney (que ela considera seu pai) em Sussex.

Julian Lennon
Nasceu em 08/04/1963
Julian nasceu no primeiro ano da Beatlemania, filho de John e Cynthia Lennon. No auge da psicodelia, em 1967, um desenho do pequeno Julian inspirou uma das músicas mais célebres compostas pelo pai, “Lucy In The Sky With Diamonds”. Após a separação dos pais, quando John saiu de casa para ficar com Yoko Ono, Julian inspirou outra música, a Paul McCartney  (“Hey Jude”). Julian passou a viver com a mãe em diversos endereços no Reino Unido e foi o primeiro filho de um beatle a dedicar-se à música, com o lançamento do seu álbum Valotte, em 1984, fazendo bastante sucesso com a música “Too Late For Goodbye”.
Julian continuou com a carreira artística, lançou outros álbuns e inclusive colaborou com um single dos Aerosmith, em 2013. Após muitos anos a reclamar  um certo esquecimento e isolamento por parte do pai e da “família beatle”, finalmente 
após completar os seus 50 anos, Julian parece ter se reconciliado com Yoko, e com o  seu irmão Sean. 
Tem obtido uma melhor compreensão no seu papel na história. 
Desde 2009, que se dedica a uma instituição de caridade, a White Feather Foundation.

Kyoko Chan Cox
Nascida em 08/08/1963
Ao casar-se com Yoko Ono, John Lennon tornou-se padrasto da pequena Kyoko, filha da japonesa com o cineasta Anthony Cox. Nos primeiros anos do casamento, porém, o convívio não foi pleno: após uma tumultuada fuga, Kyoko passou a conviver com o verdadeiro pai, sem qualquer contacto com a mãe – o que só aconteceu nos anos 90, quando já era adulta e voltou a usar seu nome original (antes ela usava o nome Ruth Holman, influência de uma religião chamada ‘The Living Word Fellowship’, à qual se dedica até os dias de hoje).
Em sua homenagem, Yoko compôs a música ‘Don’t Worry Kyoko (Mummy’s Only Looking For Her Hand in the Snow)’, creditada à Plastic Ono Band, que contava também com John, Ringo, Klaus Voorman e Eric Clapton.

Zak Starkey
Nasceu em 13/09/1965
Primeiro filho de Ringo Starr com Maureen Cox, Zak nasceu no auge do sucesso e, tal qual o pai, também se tornou baterista – ironicamente mais por influência do seu padrinho, baterista dos Who, Keith Moon, aos 8 anos, quando este o presenteou com a sua primeira bateria. O mais curioso é que, anos depois, a partir dos anos 90, Zak tornar-se-ia o baterista da banda do seu padrinho, The Who, ocupando o lugar que um dia fora de Moon. Actualmente, quando Pete Townshend e Roger Daldrey se reúnem, ele ainda é o convocado para as baquetas.
Paralelamente, também tocou durante anos bateria numa das grande bandas da história, os Oasis, tendo colaborado com Johnny Marr. Ah. A cereja no topo do bolo, foi colocada, quando tocou na banda do seu pai, a All Starr Band. 
Zak casou-se com Sarah Menikides em 1985 e desse casamento nasceu o primeiro ‘beatle-neto’, Tatia, que hoje também é músico.

Jason Starkey
Nasceu em 19/08/1967
No mesmo ano do Sgt. Pepper nasceu o Segundo filho de Ringo Starr, Jason. Infelizmente, ao contrário do irmão, não seguiu a carreira de músico. Na verdade, tornou-se um adolescente bastante problemático, tendo tido problemas com a Justiça por roubo de carro (aos 20 anos). Também foi preso alguns anos depois por porte de drogas. Com o tempo, deixou para trás esse tipo de comportamento e inclusive fez parte de algumas bandas indie, nenhuma de muito sucesso.
Passou a trabalhar nos empreendimentos do pai em diversas funções e vive há vários anos com a estilista Flora Evans, com quem teve 3 filhos. Recentemente foi fotografado andando ao lado do pai e essa sessão de fotos foi bastante comentada em sites e jornais do mundo inteiro pelo facto de ele, completamente grisalho, aparentar ser mais velho que o próprio Ringo Starr.

Francesca Gregorini
Nasceu em 07/08/1968
Seis anos após se divorciar da Maureen, Ringo casou-se novamente em 1981, com a actriz Barbara Bach, tornando-se padrasto da pequena Francesca, filha de um casamento anterior de Barbara com um empresário italiano chamado Augusto Gregorini.
Francesca cresceu entre Roma e nos EUA, mudando-se depois para a Inglaterra, para viver com o novo casal. Formou-se posteriormente em cinema pela Brown University, tendo produzido e dirigido vários filmes independentes. Seu lançamento mais recente chama-se The Truth About Emanuel (2013), produção seleccionada pelo Sundance Film Festival. Ganhou notoriedade na imprensa ao assumir um relacionamento com a atriz Portia de Rossi, com a qual rompeu em 2004.

Mary McCartney
Nasceu em 28/08/1969
A primeira filha consanguínea de Paul McCartney nasceu logo após a separação dos Beatles e é aquele lindo bebé que aparece na contracapa do álbum McCartney, o primeiro a solo do seu pai. Assim como Linda, interessou-se por fotografia e vegetarianismo, sendo ela a principal responsável pela empresa criada pela mãe, a LMF (Linda McCartney Foods), um empreendimento de absoluto sucesso na produção de alimentos e lançamento de livros de receitas.
Em 2001, ao produzir o documentário Wingspan, sobre a banda Wings, a bela Mary foi a responsável pela entrevista com Paul McCartney, a qual é o fio condutor do trabalho. Casou-se duas vezes.
Primeiro com Alistair Donald, pai de 2 filhos, e depois com o director cinematográfico Simon Aboud, com quem tem igualmente 2 filhos.

Lee Starkey
Nasceu em 11/11/1970
Durante a separação dos Beatles, Ringo teve um motivo para se alegrar. O nascimento da sua filha Lee, com a primeira esposa Maureen, tendo ido viver com a mãe quando se divorciaram, 5 anos mais tarde. Viveu relativamente escondida da vida pública, só reaparecendo em 1989, quando co-estrelou, ao lado do pai, num clip publicitário de automóveis. Mais ou menos na mesma época, tornou-se sócia de uma boutique em Los Angeles, a Planet Alice, especializada em roupas estilo dos anos 60.
Ao fechar a empresa, tornou-se estilista e maquilhadora. 
Um anos após a morte de sua mãe de leucemia, Lee foi diagnosticada com um tumor cerebral, tendo-se curando com sessões de quimioterapia. 
Em 2001, o tumor voltou e, após novo tratamento, Lee venceu novamente o cancro. 
Passou a ser bastante vista com seus irmãos e com a "irmã de criação" Stella McCartney. 
Vive há vários anos com o baixista das bandas Kasabian/Beady Eye, Jay Mehler, com quem teve trigémeos em 2009.

Stella McCartney
Nasceu em 13/09/1971
Pode-se dizer que depois de Paul e Linda, ela é a mais famosa da família, graças à sua muito bem sucedida carreira de estilista. Nasceu dois anos depois da irmã Mary e viveu toda aquele estilo de vida entre o rural e o estrelato. Começou a interessar-se pelo mundo da moda ainda muito nova, mas apenas em 2001 passou a frequentar o circuito profissional, sendo actualmente proprietária de 17 lojas de roupas de alto luxo em vários lugares do mundo.
Entre os seus trabalhos mais conhecidos está o design dos uniformes dos atletas da delegação britânica que disputou os Jogos Olímpicos de 2012 e no ano seguinte passou a ser membro da Ordem do Império Britânico, pela sua contribuição para o mundo da moda. Naquele mesmo ano, durante a cerimónia de entrada de Paul McCartney no Rock and Roll Hall of Fame, Stella foi fotografar com uma t shirt ousada, onde estava escrita a frase “It’s About F–king Time”, como forma de protestar pela demora da indicação. 
Casou-se com o editor Alasdhair Willis em 2003, com quem tem 4 filhos.

Gianni Gregorini
Nascido em 1972
Mais um enteado que Ringo Starr ganhou ao casar-se com Barbara Bach em 1981.Filho dela e de Augusto Gregorini.
O pequeno Gianni foi o ‘menino de honra’ que levou as alianças no casamento da mãe. Cresceu vivendo com o seu pai em Itália, mas mudou-se posteriormente para Los Angeles, aonde se tornou empresário de sucesso.







Sean Lennon
Nasceu em 09/10/1975
Após pelo menos duas tentativas de ter filhos, finalmente em 1975, no dia em que John Lennon completou 35 anos, nasceu o primeiro filho do casal, Sean Ono Lennon. Inspirado nele, John compôs uma bela música, “Beautiful Boy”, do álbum Double Fantasy, de 1980 – o primeiro após vários anos inativo. Infelizmente foi assassinado pouco tempo após o seu lançamento.
Como seus pais, Sean tornou-se músico: colaborou com Lenny Kravitz e fundou a banda Cibo Matto, com a qual lançou um álbum pela gravadora Grand Royal. Em seguida, passou a lançar álbuns solo, além de participar em algumas bandas sonoras. Fez diversas parcerias com pessoas e bandas importantes do mundo pop, como sua própria mãe Yoko Ono, os Flaming Lips, The Strokes e Mark Ronson. Também lançou álbuns em parceria com sua namorada, a modelo Charlotte Kemp Muhl, sendo o trabalho mais recente o álbum Midnight Sun, de 2014.

James McCartney
Nasceu em 12/09/1977
Por mais absurdo que pareça, o filho de Paul e Linda não se tornou músico por influência do pai, mas ao ver o personagem Marty McFly, do filme De Volta Para o Futuro, tocar guitarra, nos anos 80. Rapidamente ganhou uma Stratocaster do pai e passou a aprender músicas de Carl Perkins. Paul abriu as portas do mundo discográfico para o filho ao convidá-lo a participar de dois álbuns (‘Flaming Pie’ e ‘Driving Rain’), tocando guitarra e bateria.
Mas apenas muitos anos depois lançou o seu primeiro álbum, Me, em 2013, lançando o segundo  em 2016, The Blackberry Train. Em 2013 foi cogitada por ele e Dhani Harrison a criação de uma banda com a participação de outros filhos dos Beatles, mas a idéia logo foi descartada.

Dhani Harrison
Nasceu em 01/08/1978
O primeiro filho de George Harrison nasceu muito depois da era Beatles, filho dele com Olivia Harrison, com quem George se casou um ano depois. Seu nome foi inspirado na sexta e sétima notas musicais da escala indiana e desde cedo passou a se interessar por música, tendo colaborado com o produtor Jeff Lynne no último álbum de George, Brainwashed – na verdade, foi finalizado pelos dois, já que naquele triste ano de 2001 George faleceu vítima de um tumor cerebral.
Em 2002 tocou guitarra no show-tributo Concert For George, ao lado de Paul e Ringo, entre outros convidados. Em 2006 criou o grupo thenewno2, com o qual já lançou três álbum. Outra realização importante de Dhani foi ser o principal impulsionador do lançamento do game The Beatles: Rock Band, colaborando com os designers do game em todas as etapas. 
Casou-se com a modelo Solveig “Sola” Karadottir em 2012. O casal ainda não tem filhos.

Arlen Blakeman
Nasceu em 1992
Ao casar-se com a actual esposa, Nancy Shevell, em 2001, Paul McCartney tornou-se padrasto mais uma vez, dessa vez do jovem Arlen, filho de Nancy com o seu primeiro marido, Bruce Blakeman. Foi ele que conduziu a mãe até Paul na cerimónia de casamento.
Arlen passa a maior parte do tempo dedicando-se aos estudos, fazendo raríssimas aparições públicas com sua mãe e seu padrasto.







Beatrice McCartney
Nasceu em 28/10/2003
Durante o tumultuado casamento com sua segunda esposa, Heather Mills, nasceu a "caçulinha" da família Beatle, em 2003. Bea, como é carinhosamente chamada pelos fãs, foi a dama de honra do casamento seguinte de Paul, com Nancy Shevell, em 2011 – após o divórcio com sua mãe.
São raras as fotos dela e as poucas que já foram divulgadas ao público são ao lado do seu pai, durante alguns passeios pelas ruas de Londres.

sábado, 16 de março de 2019

16 músicas dos Beatles que John Lennon considerava "uma perda de tempo"



Vocês são do tipo de fãs que adoram todas as músicas dos Beatles? 
Pois eu também sou! 
Mas fiquem a saber que existem pelo menos 16 gravações dos Beatles que o próprio John Lennon, em entrevistas concedidas nos anos 70, considerava "uma perda de tempo" - ou seja, se fosse por ele, elas nem teriam sido gravadas, quanto mais lançadas! 


Laiam aqui a lista dos temas renegadaos por John Lennon: 


1. “Dig A Pony” Em 1980 John declarou que essa era um "pedaço de lixo". Lançada no LP Let It Be (1970), tem uma letra "non sense" que faz referência, entre outros, à sua antiga banda Johnny and the Moondogs (“I pick a moondog”) e Mick Jagger (I roll a stoney/Well you can imitate everyone you know”). 


2. “Sun King” Provavelmente há quem irá discordar. Afinal, ela faz parte do maravilhoso medley do lado B do LP Abbey Road (1969), mas John Lennon considerava-a "um dos piores lixos que eu já fiz".

3. “Mean Mr. Mustard” Outra que aparece no medley do Abbey Road, foi composta na India, no ashram do Maharishi, em 1967 e só dois anos depois foi publicada. John Lennon já a citou como "uma das várias porcarias que eu escrevi na Índia". 


4. “Rocky Raccoon”  Numa entrevista, Lennon declarou detestar esta faixa do álbum branco (The Beatles, 1968). "Eu vi Bob Hope tocando essa música há alguns anos e agradeci a Deus por ela não ser minha", disse. 


5. “Birthday” "Outro pedaço de lixo. Acho que Paul queria fazer algo parecido com 'Happy Birthday Baby', o velho sucesso dos anos 50". 


6. “Cry Baby Cry” Lançada no álbum branco, Lennon também considerava-a um verdadeiro lixo. Composta na Índia e gravada inicialmente na casa de George em Esher. Johnn detestava principalmente a letra. 


7. “Hello, Goodbye” John nunca se conformou com o facto dela ter sido lançada como lado A do single com “I Am the Walrus”. 
"Não é uma grande música", disse ele, que só gostava, no máximo, daquela parte final, aquela do fade out, onde ele tocava piano. 


8. “Lady Madonna”.John achava que só se podia aproveitar o piano. "Ajudei Paul a fazer parte da letra, mas não sinto nenhum orgulho dela, de qualquer maneira". 



9. “Ob-La-Di, Ob-La-Da”. John desprezava essa música e sempre se queixou do tempo gasto no estúdio com essa gravação, lançada no álbum branco. Paul certamente discorda, já que é uma das obrigatórias nos seus shows.

10. “Martha My Dear” Não só John, mas, segundo consta, George 
também sempre detestou essa música, que igualmente levou tempo demais de estúdio. Uma música que, John, considerava "apenas uma letra muito pessoal de Paul". 

11. “When I’m Sixty-Four” John zombava desse clássico do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967), chamando-a de "música da vovó". "É completamente de Paul. Eu jamais escreveria uma música dessa". 

12. “Lovely Rita” Outra do Sgt. Pepper que John nunca gostou. 
"Eu nunca me interessei em escrever sobre pessoas como essas", disse.  "Eu gosto de escrever sobre mim, pois eu sei quem eu sou". 

13. “Good Morning, Good Morning” John também vetou esse tema que eventualmente chamava de "um lixo". E vejam que foi composta por ele e lançada no aclamado Sgt. Pepper! 

14. “Run for Your Life” Lançada no LP Rubber Soul, John renegava essa com todas as suas forças, sobretudo depois do seu envolvimento com Yoko Ono, por a considerar "apenas uma canção machista". 

15. “A Taste of Honey” John considerava essa canção de Bobby Scott/Rick Marlow, lançada no LP Please Please Me(1963) a mais "cafona" que os Beatles gravaram e até gozava com o trocadilho “A Waste of Money” (uma perda de dinheiro). 

16. “It’s Only Love” "Esta é uma música minha que eu realmente odeio", disse ele à revista Hit Parader, em 1972, sobre a música do LP HELP! "A letra é horrível". Sempre que se referia ao tema, comentava sobre o clima de constrangimento no estúdio, durante a gravação daquela guitarra da introdução. 

José Carlos Almeida