Os Merseybeats foram formados em 1961, em Liverpool, com
o nome de The Mavericks, composto por Tony Crane (Guitarra solo e vocalista)
Billy Kinsley (baixo, vocal), trabalhando como um duo tipo os americanos
Everley Brothers nos clubes de Liverpool. Mas logo se tornaram num quarteto com
a adição de David Elias (guitarra e voz) e Frank Sloane (bateria).
De imediato mudaram o nome para The Pacifics e em 1962
para The Mavericks.
Um dia após uma actuação no Cavern Clube, perguntaram a
Bill Harry um jornalista da época que criara um jornal dedicado á cultura pop
musical em voga na zona de Liverpool, que se chamava Mersey Beat, se podiam
usar o nome de seu jornal alterando-o para Merseybeats, claro que ele concordou.
O jornal era uma empresa registada na época e não podia
ser usada sem a sua permissão.
"Os Mavericks passaram a chamar-se Mersey
Beats" Mais tarde, Merseybeats, tudo pegado.
Entretanto, Sloane foi substituído por John Banks e Elias
por Aaron Williams.
Billy Kinsley, Aaron Williams, Tony Crane e John Banks
Originalmente assinaram um contrato de agenciamento com
Brian Epstein, mas como ele não lhes deu os mesmos fatos elegantes que ele
tinha dado aos Beatles, pura e simplesmente acabaram com essa relação
profissional, algo que o grupo se arrepende até hoje.
Assinaram um contrato com a gravadora Fontana, e
alcançaram o seu primeiro grande sucesso em 1963 com 'It's Love That Really
Counts' seguido em 1964 'pelo seu milhão de cópias vendidas' I Think of You ',
que subiu para o top 10 e lhes deu seu primeiro disco de ouro.
Os Merseybeats criaram o seu próprio estilo de vestir,
querendo com isso ultrapassar a elegância dos fatos que gostariam que Epstein
lhes tivesse oferecido. A nova “fatiota” composta por jaquetas de bolero
apertadas, parecidas com os casacos usados pelos toureiros espanhóis e camisas
com folhos em vez de colarinhos calçando botas de salto alto provocavam a
histeria entre as suas fãs do sexo feminino e fez com que fossem creditados
como o "The Best Looking Group" da época.
Alcançaram ainda mais dois sucessos importantes, 'Don't
Turn Around' e 'Wishin & Hopin'.
Outras gravações bem-sucedidas incluem 'Last Night'
'Don't Let It Happen To Us' 'I Love You Yes I Do' 'Eu estou acusado'. ‘Mister
Moonlight‘ ‘Really Mystified‘ ‘The Fortune Teller‘ ‘Lovely Loretta’ e ‘É o amor
que realmente conta’.
Os Merseybeats actuavam regularmente no mundialmente
famoso Cavern Club de Liverpool e têm a distinção única de aparecer com os
Beatles em mais ocasiões do que qualquer outra banda daquela época.
O seu sucesso trouxe-lhes reconhecimento internacional,
em 1964, os Merseybeats actuaram na Alemanha, nos Estados Unidos e tiveram o
seu próprio Merseybeat Show na televisão italiana.
Tony Crane, Johnny Gustafson, John Banks, Aaron Williams
Kenny Mundye começou a sua longa associação aos Merseybeats quando foi o primeiro a
substituir John Banks, que desaparecera num fim de semana em 1965!
Em 1964, Billy Kinsley saiu para formar The Kinsleys e
foi substituído pelo lendário Johnny Gustafson.
A formação mudou novamente quando
Billy retornou ao grupo alguns meses depois.
Em 1966, Tony e Billy formaram um duo vocal chamado
simplesmente The Merseys e com sua banda de apoio, The Fruit Eating Bears.
Alcançaram o seu maior sucesso com 'Sorrow'
que se tornou um clássico dos anos 60 e mencionado como favorito por muitos
artistas.
David Bowie mais tarde gravou uma versão de Sorrow no álbum 'Pinups'.
Tony & Billy and The Fruit Eating Bears
O line-up original da banda com duas baterias, com o nome The Fruit Eating Bears foi Joey Molland, na guitarra; Chris Finley, teclados;
George Cassidy, baixo tendo Kenny Goodlass e Kenny Mundye nas baterias.
Os Merseys continuaram, durante os anos 1969 - 1974, Tony
Crane e Billy Kinsley com Kenny Mundye na bateria actuaram, como trio. Fizeram
uma turnê extensa e tocaram no circuito dos cabares, que era muitas vezes
chamado o circuito "chiken in the basket", porque era essa o tipo de
comida servida nesses locais. Foram artistas de destaque em 1971 no Merseybeat Reunion Concert, realizado no
Ballroom Top Rank, em Liverpool.
Tony Crane continuou a liderar o grupo actuando sob o
nome de Tony Crane & The Merseybeats 1971 -74 com Tony Coates (baixo),
Chris Finley (teclado), Derek Cashin (bateria) - finalmente um line up
compreendendo Bob Packham (baixo), Allan Cosgrove (bateria) Colin Drummond
(teclados e violino).
Billy Kinsley formou os Rockin Horse, Annabella e mais
tarde o bem-sucedido Liverpool Express, tendo hits tanto no Reino Unido quanto
na América do Sul com 'You Are My Love' e 'Every Man Must Have A Dream'
Kenny Mundye era membro do Liverpool Express,
substituindo Derek Cashin em 1976.
1993: Billy Kinsley retornou à banda, junto com Dave
Goldberg, que tinha sido parte integral do Liverpool Express.
Tony Crane & The Merseybeats tornou-se, mais uma vez,
o Merseybeats.
2000: O filho de Tony Crane, Adrian, juntou-se à banda
substituindo Dave Goldberg, que saiu com Allan Gosgove, o cérebro por
trás do Rumors Of Fleetwood Mac.
O substituto de Allan na bateria foi Lou Rosenthal, que ainda tocaria com Ian Gillan Band, The Undertakers e os Export.
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