sexta-feira, 31 de julho de 2009

Oasis, melhor do que os Beatles?!?!?!?!

Cristiano Ronaldo afirmou que os Oasis, são melhores do que os Beatles.
O, agora jogador do Real Madrid, diz que é um super fã da banda dos irmãos Gallagher, e que a coisa de que ele sentirá mais falta da cidade de Manchester, será exactamente, o som dos Oasis. Disse mais:
"Liverpool tem os Beatles, e Manchester tem os Oasis. Eu acho que Manchester tem a melhor banda. Eu tenho todos os discos deles, mas a minha música favorita é 'Champagne Supernova'. É um clássico absoluto".
O melhor jogador do mundo,agora com 24 anos acrescentou:
"Vou ser honesto. Eu não tinha a mínima ideia de quem eles eram, quando cheguei a Manchester, mas não se pode morar nesta cidade por muito tempo, sem saber quem eles são. Todos os meus colegas no balneário, adoravam o grupo, especialmente os ingleses. Quando fui para a Inglaterra eu curtia "techno", mas agora os Oasis, são uma das minhas bandas favoritas."
De acordo com o The Sun, Cristiano Ronaldo não queria nada mais,do que ter a banda, cujos elementos são apoiantes do Manchester City, a tocar ao vivo para ele em Madrid.
"Eu sei que eles estão em tournée, e eu ainda não os pude vêr. Talvez eu deva convidá-los para virem assistir a uma partida do Real Madrid contra o Barcelona, e no fim, eles poderiam fazer um showzinho particular, para mim, aqui em Madrid".
Jamie Bowman, staff do "The Beatles Story" de Liverpool, comentando as declarações do jogador português, disse ao Gigwise:
"Acho que Cristiano Ronaldo deveria olhar para o facto de que os Oasis, eles mesmos admitem que a sua maior influência foram os Beatles, simplesmente não existiriam sem os Fab Four".

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Noites tropicais - Nelson Motta...(Para ler na praia)

"Tim foi a Londres e se esbaldou. Fumou, cheirou, bebeu, viajou de ácido, ouviu música, brigou com a mulher — tudo muito — e voltou para o Brasil com 200 doses de LSD para distribuir aos amigos. Assim que chegou foi à [gravadora] Philips, que ele chamava de “Flips”, onde visitou diversos departamentos, começando pelos que considerava muito caretas, como contabilidade e jurídico, onde cumprimentava o titular e repetia o mesmo discurso, com voz pausada e amistosa:

“Isto aqui é um LSD, que vai abrir sua cabeça, melhorar a sua vida, fazer de você uma pessoa feliz. É muito simples: não tem contra-indicações, não provoca dependência e só faz bem. Toma-se assim.”

Jogava um ácido na boca e deixava um outro na mesa do funcionário atônito. Como era um dos maiores vendedores de discos da companhia, todo mundo achou graça.[...] E Tim voltou para casa viajandão, dirigindo seu jipe e certo de que tinha salvado a alma da “Flips”.

Esta é uma das histórias saborosas que recheiam o livro Noites Tropicais - Solos, Improvisos e Memórias Musicais, de Nelson Motta (no Brasil, Editora Objetiva, 2000, 453 páginas). Numa dosagem admiravelmente bem feita, caminham lado a lado lembranças de artistas com quem o autor conviveu e a sua própria vida, com destaque para a música, de 1957 (ano em que se encantou com a Bossa Nova, ele que até ali em música só gostava da banda sonora carnavalesca das chanchadas da Atlântida) a 1992 (quando, não aguentando mais o governo Collor e a música sertaneja, mudou-se para os Estados Unidos). Ao mesmo tempo em que retira da sua memória histórias curiosas e detalhes reveladores, traça um quadro do que foi importante na época, da Bossa Nova, Jovem Guarda, Tropicalismo à MPB e do rock. Embora se revele um violonista apenas razoável (foi um suplício, afirma, quando seu conjunto Seis em Ponto foi chamado para gravar um LP), Nelson esteve sempre ligado à música, compondo, produzindo discos, criticando lançamentos na imprensa e até foi juri no programa Flávio Cavalcanti, coisa que os seus amigos mais avançados intelectual e musicalmente não perdoavam. Nelson pode ser definido como um eclético coerente - navega entre muitos estilos, mas não nega as suas antigas preferências. A Globo enviou-o à Itália em 1983 para cobrir um festival de música baiana em Roma (que gerou o filme Bahia de Todos os Sambas, de Paulo César Saraceni) - uma escolha natural, considerando o passado bossa-novista e emepebista de Nelson -, e de lá ele só voltou ao Brasil em 1985, para apresentar o Rock in Rio - uma escolha natural, considerando o passado roqueiro e de disco-music de Nelson, criador das Frenéticas e parceiro dos primeiros sucessos de Lulu Santos.

O livro é claramente de memórias. Nelson não se propõe a fazer um tratado sobre esse período, mas sim, contar o que viveu e (ou)viu. Admite que recorreu a alguns livros para ordenar tudo o que se lembrou, tendo conseguido fazer com pouquíssimos deslizes um relato rigorosamente cronológico, sem que isso fique incomodando a leitura. Se o leitor quiser informações do festival de 1968 conseguirá encontrar neste livro, sem muita dificuldade.

A não perder. Aconselho a leitura deste óptimo livro, nestas ferias de verão.Divirtam-se.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Susan Boyle, Super Star.

Esta semana, a grande atração da TV americana foi a volta de Susan Boyle, a cantora que encantou o mundo três meses atrás. Muito elegante e com penteado novo, Susan "roubou" a atenção até de Barack Obama. O presidente faria um discurso a nivel nacional, mas teve de ceder o horário nobre para a escocesa.
A tímida estrela falou sobre a pressão da fama e revelou os seus próximos passos na carreira, na primeira entrevista desde que ficou em segundo lugar no concurso, “Britain's got talent”, e em que o novo visual de Susan, arrancou rasgados elogios da repórter Meredith Vieira, da rede americana NBC.
“Você está deslumbrante. Adoro esse seu novo penteado”, disse a repórter.“A jornada que você tem vivido, pos o mundo inteiro, de repente, a questionar-se: ‘Quem é Susan Boyle?’.Como e que voce esta a lidar com este sucesso?”, pergunta a repórter.
“É inacreditável, indescritível sair do completo anonimato”, responde Susan.
A versão de Susan para “I dreamed a dream”, do musical “Os miseráveis", deixou juri e público de queixo caído e espalhou-se pela internet a alta velocidade. Da noite para o dia, a recatada escocesa de 48 anos, que nunca se casou e nunca tinha sido beijada por um homem, virou sensação mundial. Os vídeos dela na rede já somam mais de 200 milhões de acessos.
“Foi um sonho que você perseguiu por muito tempo...”, perguntou a repórter.
“Por anos a fio. O sonho de uma vida inteira”, completou Susan Boyle.
“Quando se apercebeu que tinha esse talento extraordinário?”,pergunta Meredith Vieira.
“Talento, eu? Acho que foi apenas uma questão de oportunidade”, disse Susan.
Oportunidade que demorou para aparecer – a cantora não é uma estreante nos palcos. Num vídeo de 1984 que circula pela internet, Susan aparece, aos 22 anos, interpretando uma música de Barbra Streisand. Só que a carreira nunca "descolou".
A mais nova de de dez filhos, Susan Boyle levava uma vida discreta, dedicada à família.
“Você passou boa parte da sua vida adulta a cuidar da sua mãe”,disse a repórter Meredith Vieira.
“Isso mesmo”, respondeu Susan.
“Se ela estivesse aqui agora, o que acha que ela diria?”, continua a repórter. “Continue, você está indo muito bem. É o que ela me diria”,afirmou a cantora.
Quando a mãe morreu, há dois anos, Susan pensou em abandonar a música, mas ela não desistiu.
“Tinha de provar que eu era capaz de me superar. Então, eu me inscrevi no concurso, e o resto da história você já conhece”, disse a cantora.
“Eu e o mundo inteiro”, acrescentou a repórter.
Consagrada pela primeira apresentação, Susan escorregou na semifinal do concurso. Nem mesmo o desempenho brilhante na final garantiu o título. Contrariando todas as previsões, Susan perdeu para o grupo de dança Diversity.
“Eles eram óptimos, os melhores venceram”, defende Susan.
Mas o segundo lugar não beliscou a fama dela. Depois do concurso, Susan esgotou shows em Inglaterra e na Escócia. Hoje ela prepara um disco, que deve ser lançado ainda este ano.
“Quando fazem uma boneca inspirada em você, e porque algo esta a acontecer. Pessoalmente, eu estou muito feliz por ter uma boneca da Susan Boyle”, comenta Meredith Vieira
“Eu sei que tanta exposição deixou-a exausta,física e emocionalmente, a ponto de a obrigar a ficar cinco dias numa clínica. Foi bom fugir de toda aquela loucura?”, pergunta a repórter.
“Uma decisão necessária na época. Eu precisava descansar”, disse Susan Boyle.
Lidar com a pressão pode ser especialmente difícil para quem, como Susan, sofre de problemas psiquiátricos. Complicações no parto acabaram por afectar o cérebro dela.
“Foi devastador, como uma gigantesca bola de demolição. Mas eu tive de recuperar, pelo meu público”, afirmou a cantora.
Durante a entrevista, algumas surpresas. Donny Osborne, cantor americano ídolo de Susan, mandou uma mensagem em vídeo.
“Um dia eu e você vamos gravar um disco juntos”, disse Donny.
Susan conheceu também Elaine Page, diva inglesa dos musicais.
“Está a gozar esse momento?”, pergunta Elaine.
“Estou a adorar cada minuto, cada segundo”, disse Susan.
Elaine conta que viu a escocesa pela primeira vez na internet.
“E lá estava você, cantando com a sua voz gloriosa. Fico emocionada de a conhecer pessoalmente”, disse Page.
“Estou passada”, comentou Susan.
A improvável trajectória de fama internacional da mais nova estrela da música parece estar só a começar.

domingo, 26 de julho de 2009

Padre de dia, 'drag queen' de noite

De dia, o padre Vincent Anthony Capretta fala sobre moralidade na paróquia Community of Charity em Colombus, Ohio. De noite, tira a sotaina, maquilha-se e transforma-se em Big Mama Capretta, a drag queen que é a nova sensação da música local. Para os seus fiéis, escreve o jornal espanhol El Mundo, não é estranho vê-lo vestido de mulher.Assumidamente homossexual (algo que para a Igreja Católica Romana seria impensável, mas que na sua confissão Católica Independente não é problema), o padre que nasceu no Panamá sabia que esse era o seu destino desde a primária. Entrou para o seminário católico, mas este acabou por fechar e acabou por ir estudar num seminário jesuíta, já nos EUA, onde aos 16 anos teve a sua primeira experiência homossexual.A música é uma paixão que tem desde os seis anos. Foi o tenor principal na Cleveland Civic Light Opera durante dois anos e teve vários êxitos na Europa com versões de I will survive ou Turn the beat around. O seu êxito mais recente chama-se Big Mama's House e está na 25.ª posição do top da Billboard na categoria de música de dança. Além disso, gravou um tributo ao rei da pop, Michael Jackson, que é na realidade uma versão do Pai Nosso, disponível no seu site do MySpace - www.myspace.com/caprettamusic .
"As pessoas pensam que ando vestido de Big Mama todos os dias... mas não é assim. Só o faço para as minhas apresentações", disse ao site do El Mundo.
O padre assumiu na última Gay Parade que era ele que encarnava esta personagem, tendo sido mais bem recebido pelos heterossexuais do que pelos homossexuais, admitiu. Os seus amigos achavam que estava doido, enquanto a mãe lhe deu a sua bênção.O sucesso da sua carreira musical deve-se em parte ao produtor Rod Carillo, reconhecido em todo o mundo pelo seu trabalho com música de dança.
"Sim, sou eu que trabalho com o padre maricas", disse, entre risos, Carrillo, ao mesmo jornal.
"Vincent telefonou-me e disse que queria trabalhar comigo. Veio ver-me em Phoenix e tivemos uma ligação imediata", acrescentou.

sábado, 25 de julho de 2009

Grease, is the word.

Há diversas maneiras de se conceber um filme musical, e à primeira vista tem-se a impressão de que Randall Kleiser optou pelo caminho mais seguro – um romance cheio de clichês e trivialidades, orquestrado por números satisfatórios de música. Mas a grandeza de Grease estende-se e vai muito além do óbvio: as músicas são extraordinárias – o verdadeiro diferencial que faz de Grease um dos melhores filmes musicais da história de Hollywood.
Na linha de frente, John Travolta – aproveitando-se ainda do estrondoso sucesso que fizera um ano antes em
Saturday Night Fever. Acompanhando-o com a mesma graciosidade, Olivia Newton-John, no seu trabalho de estreia. Juntos, fazem de seus personagens Danny Zucko e Sandy Olsen a própria materialização do casal-modelo da década de 1950; enquanto ele cobre as madeixas de brilhantina, dança e canta com rebeldia (numa maneira de expressar seu inconformismo), ela cultiva a virgindade e o bom comportamento. Uma atitude contrária, aliás, á que a transformaria numa mulher mal "vista" (vide a personagem Betty Rizzo, de Stockard Channing; ela demonstra com muita clareza o preconceito que se tinha sobre as adolescentes que agiam em desacordo com as regras da sociedade machista da época). Neste ambiente quase fabulístico, o amor do casal protagonista é posto à prova; Danny tem vergonha de se assumir apaixonado, enquanto Sandy espera um posicionamento absolutamente contrário de sua parte.
Seria providencial discutir esta opressão (que no fim das contas acabava atingindo os homens de alguma forma), numa tentativa de transformar o roteiro de Grease em algo de maior profundidade. Mas, se desde o início Randall Kleiser demonstra querer contar uma simples história de amor e comédia, o mais apropriado é que o espectador usufrua dos magníficos números musicais. A começar por Summer Nights, numa abertura delirante (a maioria de nós conhecia a música, só não se lembrava de onde), passando pela engraçada Like Sandra Dee e pelas românticas (e não menos brilhantes), Hopelessly I Devoted To You, (cantadas com devoção e expressividade apaixonantes), e culminando nas igualmente extraordinárias, Greased Lightnin, e o insuperável, You’re the One that I Want.
Poucas vezes um musical entregou sucessos tão absolutos como estes, que permaneceram no imaginário das pessoas por três décadas – e dão sinal de que jamais ficarão datadas. É claro que o filme dispõe ainda de maravilhosas coreografias,e desempenhos vibrantes de todo o elenco (além dos protagonistas, óptimos, há também uma série de actores secundários, muito convincentes). Não é a temática de Grease que deve agradar aos cinéfilos mais exigentes, ainda que ela seja bastante simpática, mas mesmo que tudo tenha sido construído à maneira de um deja vú, a película impõe-se como um dos mais divertidos e contagiantes retratos da juventude americana do século XX.



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Rita Redshoes

A história da portuguesa Rita Redshoes no universo musical começa a desenhar-se em 1996. Na altura a cantora era conhecida como Rita Pereira e desempenhava o papel de baterista no grupo de teatro "ITA VERO".
Um ano depois assumiu os comandos vocais dos Atomic Bees, que editaram o álbum "Love.noises.and.kisses" no ano 2000, realizaram uma extensa digressão e lançaram uma versão de 'Perfect', o tema popularizado pelos Fairground Attraction, incluída na colectânea "Optimus 2000 - Novos Talentos".
Mais tarde tocou baixo no grupo Rebel Red Dog e, tocou piano e cantou no projecto Photographs. Este último funcionou como uma espécie de embrião do que a cantora apresenta, actualmente, enquanto Rita Redshoes.
A partir de 2003 tornou-se a teclista de serviço na banda de suporte de David Fonseca, com quem interpretou o tema 'Hold Still', do álbum "Our Hearts Will Beat As One", o segundo na carreira do antigo vocalista dos Silence 4.
Em 2007, o imaginário do filme "O Feiticeiro de Oz" e o clássico 'Let's Dance ', de David Bowie, inspiraram-na a adoptar o nome de Rita Redshoes. Na mesma altura começa a alinhavar o seu primeiro álbum em nome próprio e dá a conhecer o single 'Dream On Girl', incluído na colectânea "Novos Talentos - FNAC 2007" e considerado, por alguns órgãos de comunicação, um dos melhores desse ano. Mais tarde, esse tema havia de ser interpretado com o subtítulo de classical version, acrescentando à versão original uma secção de cordas.
O álbum lançado em 2008, apresenta 12 músicas cantadas em inglês, uma dúzia de exemplos de pop melódica que remete para os universos de Fiona Apple, Cat Power, dos primeiros tempos dos Goldfrapp ou ainda de David Fonseca.
"As canções são fragmentos de mim, de coisas que eu penso sobre o amor, são influenciadas pelo que eu vejo, não tanto pela música, mas por imagens, por filmes. Tenho muitas imagens gravadas na minha cabeça e tudo isso me influencia", explicou a cantora à Lusa.
De "Golden Era" são já conhecidos os temas "Dream On Girl", "Hey Tom", e "The Beginning Song" que têm estado a servir de cartão de visita da música de Rita. "Estes dois primeiros temas revelam dois universos onde o álbum de facto se encaixa, entre o `uptempo´ e músicas mais intimistas", disse.
O álbum é co-produzido pela autora e por Nelson Carvalho e nele participam Filipe Monteiro (guitarra eléctrica e teclados), Nuno Simões (baixo), Sérgio Nascimento (bateria) e ainda uma secção de cordas.
Foto : Rita Carmo
Sacado da Wikipédia.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

25º Aniversário do Hall da Fama do Rock and Roll

Bruce Springsteen, U2, Paul Simon e outras lendas do rock vão reunir-se em Outubro em dois shows, num evento beneficente para comemorar o 25º aniversário do Hall da Fama do Rock and Roll.
Os shows, nos dias 29 e 30 de Outubro no Madison Square Garden, em Nova York, percorrerão a história do rock 'n' roll, do soul ao hard rock, e contarão ainda com Eric Clapton, Aretha Franklin, Stevie Wonder e os Metallica, com a promessa de incluir mais outros convidados famosos.
Simon e Garfunkel vão apresentar-se juntos no palco, assim como Crosby, Stills, Nash & Friends. A receita dos espectáculos ajudará a recolher mais valias, para um fundo permanente para a Fundação e o Museu do Hall da Fama do Rock and Roll, criado pelo fundador da Atlantic Records, Ahmet Ertegun.
"Vinte e cinco anos atrás... Ahmet Ertegun criou essa fundação para reconhecer e celebrar a música e a carreira de artistas cuja música ajudou a moldar e definir nossa geração", disse Jann Wenner, presidente da Fundação Hall da Fama do Rock and Roll.
"Estes concertos históricos são programados para celebrar os artistas e a sua música."
Os bilhetes começarão a ser vendidos ao público no dia 3 de Agosto.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Vodafone pensa que os portugueses gostam de pagar por música com DRM

Estamos em Julho de 2009. Desde Abril de 2007 que a Apple comercializa downloads sem DRM na sua loja do iTunes. E no entanto a Vodafone Portugal acaba de lançar um novo serviço de Música Ilimitada que não permite a gravação das faixas para CD ou leitores de MP3 e que apenas funciona a partir de computadores com o Windows e o Internet Explorer instalado!

Eu não sei quanto a vocês mas parece-me que haverá muito pouca gente interessada em pagar 6,99 euros por mês por um serviço de “Música Ilimitada” que faz “convergir as vantagens do PC e do telemóvel no acesso à música digital” mas que apenas conta com uma biblioteca de um milhão de músicas.

Para além do mais, a subscrição implica a instalação de uma aplicação própria chamada Vodafone Music Manager. Realmente, a única vantagem – se é que se poderá designar a isto de vantagem – desta oferta é que os assinantes podem continuar a escutar as músicas que descarregaram previamente no caso de adquirirem outro terminal.

Mas isto não deve servir de grande consolação para ninguém: a partir do momento em que deixarem de pagar, zuca!, lá se vão as canções à vida! No fundo, este novo serviço que a Vodafone acaba de introduzir em Portugal é completamente semelhante ao MusicBox que a TMN anunciou com grande alarido em Setembro do ano passado.

O mais grave não é que as operadoras continuem a insistir nestes modelos falhados de aluguer música. O mais grave é o facto de tentarem ocultar por todas as maneiras estes pormenores importantíssimos de modo a atrair o maior número de “otários”, leia-se, utilizadores.

Caros executivos das operadoras portuguesas de telemóveis: eu sei que está totalmente fora do vosso alcance trazer para Portugal algo como o Spotify ou mesmo como a subscrição de downloads REALMENTE Ilimitados – isto é MP3s sem DRM – que a Virgin Media está a planear lançar no Reino Unido em parceria com a Universal mais para o final do ano. Mas custa assim tanto não insultar a inteligência dos fãs de música portugueses com publicidade enganosa?

By Miguel Caetano, in Remixtures

terça-feira, 21 de julho de 2009

A World, without...Gordon

Gordon Waller, vocalista do duo pop Peter and Gordon, que fizeram parte da Invasão Britânica e tiveram uma série de hits, alguns deles escritos pelo amigo Paul McCartney, morreu aos 64 anos.
Waller morreu na sexta-feira passada (17) no William W. Backus Hospital, em Norwich, nos EUA, confirmou a supervisora da enfermaria Nity Oris esta segunda-feira (20).
No site do duo, pode ler-se, que Waller, que vivia em Ledyard, sofreu um ataque cardíaco na noite de quinta-feira (16).
Waller e Peter Asher chegaram ao número 1 nas listas de vendas de todo o mundo em 1964 com o seu single de estreia “A world without love”.
McCartney, que na época namorava a irmã de Asher, a atriz Jane Asher, compôs a música.
O duo também teve outros hits assinados por McCartney, incluindo “Nobody I know” e “I don’t want to see you again”. Apesar de escritas por McCartney, elas eram creditadas em conjunto com John Lennon, como todo o resto do trabalho deles na época.
Outros hits e Peter and Gordon incluem suas versões de “I go to pieces”, de Del Shannon e de “True love ways”, de Buddy Holly, ambas em 1965; “Lady Godiva” em 1966; e “Knight in rusty armour”, que chegou ao top 20 em 1967.
De acordo com o livro “The Beatles: Uma biografia”, de Bob Spitz, McCartney começou a escrever “A world without love” em adolescente, e quando os Beatles chegaram ao topo em 1963, a música não cabia mais no padrão de qualidade da banda, e foi rejeitada por ser considerada “muito leve”.
McCartney então reescreveu a música e a deu a Asher. Ele e Waller “cantaram com um vocal descontraído, tranquilo, o que transformou a música num hit pop perfeitamente aceitável”.
Peter and Gordon tiveram nove músicas no top 20 entre 1964 e a sua separação, em 1968.
“Gordon teve um papel tão significante na minha vida que perde-lo é muito difícil de se compreender – ainda menos de se tolerar”, disse Asher numa nota pública distribuida á imprensa mundial.
“Gordon mantém-se como um dos meus cantores favoritos de todos os tempos e tenho muito orgulho do trabalho que criamos juntos. Eu era apenas o apoiante, o que fazia a harmonia e Gordon era o coração e alma do duo”.
Depois do fim da dupla, Asher embarcou em uma longa carreira como produtor. Trabalhando para o selo Apple, dos Beatles, tendo produzido o primeiro álbum de James Taylor, além de uma série de hits de Linda Ronstadt.
Waller nasceu em Bremar, na Escócia, e conheceu Asher na Westminister School em Londres, de acordo com a página do duo no MySpace.
Peter and Gordon reuniram-se em 2005 para shows ocasionais.Tinham shows marcados para este ano, incluindo duas apresentações em Agosto no Kentucky e uma em Novembro no casino Mohegan Sun em Connecticut.
Na sua página na internet, Gordon disse que o seu tempo com Asher foram “alguns dos momentos mais felizes da minha vida”.
“Eu pude entrar em tournê com os Beatles em 1966 e ver o mundo com Peter Asher e acima de tudo, tocar a música que eu amo”, diz Gordon no site.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Paul McCartney: A life

John Lennon e Paul McCartney quiseram reunir os Beatles em 1974, mas o reencontro foi impedido, pela mulher do primeiro, Yoko Ono, segundo se pode lêr em "Paul McCartney: A life", biografia escrita por Peter Ames Carlin, que será lançada em Novembro.
Segundo o jornal "Daily Mail", Carlin assegura na biografia que McCartney tinha saudades de trabalhar com Lennon e que orquestrou um plano para voltar a reunir o grupo - dissolvido de maneira polémica em 1970 - o que incluía uma visita surpresa ao estúdio da Califórnia onde Lennon estava a gravar.
O livro relata que os dois tocaram juntos e que as coisas funcionaram tão bem que Lennon convidou McCartney e a sua primeira esposa, Linda, a jantar na casa que tinha alugado em Malibu, na Califórnia, e na qual vivia com sua namorada e assistente, Mai Pang.
Carlin cita o testemunho de Mai, com quem Lennon manteve uma relação durante sua separação temporária de Yoko Ono, que disse ter ouvido Lennon falar sobre "a possibilidade de voltar a juntar os Beatles" para um show no final de 1974.
Segundo a versão da biografia, o próprio McCartney criou as condições para que o reencontro não acontecesse ao contar a Lennon que tinha visto Yoko Ono recentemente e que ela tinha dito que queria voltar a viver com ele.
Lennon e Yoko tinham decidido viver separados, ele na Califórnia e ela em Nova York, durante um ano e meio, período ao qual John se referiu posteriormente como seu "fim de semana perdido".
Após a mensagem de McCartney, diz Carlin, o casal decidiu voltar a conviver, o que acabou com a possibilidade de reencontro dos Beatles.
Carlin afirma que Yoko, que foi responsabilizada pela ruptura inicial do quarteto de Liverpool, impediu a reunião do grupo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Roberto Carlos, festejou 50 anos de reinado

Amor e devoção. Estas duas palavras explicam o que sentiram e mostraram os presentes no show de Roberto Carlos, na noite de sábado passado, no Maracanã, em homenagem aos 50 anos de carreira do cantor.
Mais de 60 mil pessoas compareceram no estádio e participaram activamente durante toda apresentação do Rei.
Às 21h40, Roberto Carlos apareceu no palco, montado no relvado do Maracaná, vestido todo de branco, ao volante de um calhambeque azul.
"Que prazer rever vocês. É a maior emoção que já vivi na minha vida. Quando estava em Cachoeiro, eu nunca podia imaginar que estaria aqui no Maracanã cantando para vocês. Temos uma longa e intensa história de amor. Eu amo vocês. Tudo isso parece um sonho", afirmou Roberto Carlos.
Depois, foram mais de duas horas de espectáculo.
"Emoções" foi a primeira música cantada pelo Rei, que agradeceu três vezes, após ser muito aplaudido pelo público. "Roberto é nosso rei", gritavam os fãs apaixonados. "Eu te amo" foi a segunda música do show, seguida de "Além do horizonte " e "Amor perfeito". O cantor ainda brincou quando teve que ajeitar o microfone e o violão.
"É complicado, mas a gente chega lá", disse.
O show continuou com as músicas "Detalhes" e "Outra vez". Nem a chuva que caiu no Maracanã arrefeceu o ânimo do público. Após o tema "Outra vez", Roberto disse:
"Sempre digo que ninguém está sozinho nessa. Vamos terminar juntos essa canção", explicou o Rei, que foi agraciado com o coro de 60 mil pessoas.
Ao ter que falar dos 50 anos de carreira e cantar "Lady Laura", Roberto brincou:
"Como vou fazer 50 anos de carreira, não tenho isso de idade (sorriu). É verdade, eu não me sinto assim. Com tudo isso, eu comecei a pensar em tudo na minha vida. Seria difícil imaginar minha vida sem todas canções que canto. As pessoas que amo, me amam e é muito emocionante pensar como tudo começou".
Roberto seguiu com "Nossa Senhora", "Mulher Pequena" e "O Calhambeque". Após o fim da música "Caminhoneiro", Roberto Carlos teve que parar o show por dez minutos, já que a chuva era muito forte no Maracanã. Ao retomar o espectáculo,Roberto, foi dizendo:
"Gostaria de durante a minha vida ter feito canções de um amor bem sucedido, mas a vida não é aquilo que nós sempre queremos. Quando fiz esta canção, as coisas não iam lá muito bem...
Para cantar "Amigo", Roberto Carlos, foi secundado por Erasmo Carlos. Ao ver o companheiro, o Rei começou a chorar. O "Tremendão" surgiu primeiro no ecrã gigante e depois foi chamado para o palco.
"Você disse que queria ter 1 milhão de amigos, mas não adivinhou que esses amigos são dezenas e dezenas de milhões espalhados por este Brasil maravilhoso. Muito bem representados por um Maracanã lotado de gente que te ama', foi dizendo Erasmo Carlos, que também chorou. Roberto brincou com o amigo e disse que muitas vezes ouve "Erasmices", que seriam frases elaboradas especialmente por Erasmo Carlos, como: "Natal, feliz Roberto Carlos para você", contou o Rei.
Chamada como sendo a sua irmã, Wanderléa apareceu no palco. Ao lado de Erasmo e com o Rei, os três cantaram "Eu sou terrível". No fim do show, Roberto Carlos cantou a música "Jesus Cristo" e foi acompanhado pelo coro do público. O espectáculo, acabou com uma ruidosa sessão de fogos de artificio, enquanto Roberto, atirava rosas para a plateia. Dentro do calhambeque azul, o Rei deixou o relvado do Maracanã.
"Obrigado por tudo que tenho recebido na minha vida. Eu amo vocês", disse.As músicas cantadas no show foram:
Como é grande o meu amor por você; Emoções; Eu te amo; Além do horizonte; Amor perfeito; Detalhe; Outra vez; Aquela casa simples; Meu querido, meu velho, meu amigo; Lady Laura; Nossa Senhora; Mulher pequena; Calhambeque; Caminhoneiro; Do fundo do meu coração; Eu te proponho; Seu corpo; Os seus botões; Café da manhã; Cavalgada; Amigo; Sentado à beira do caminho; Ternura; Eu sou terrível; É proibido fumar; Namoradinha de um amigo meu; Quando; E por isso estou aqui; Jovens tardes de domingo; Como é grande o meu amor por você; É preciso saber viver e Jesus Cristo.
Quarenta músicos acompanharam o cantor durante toda a sua apresentação. Diversas personalidades compareceram no Maracanã: a actriz Deborah Secco e o jogador Roger, os actores Selton Mello, Tony Ramos, Stênio Garcia, Ary Fontoura, Guilherme Berenguer e Eri Johnson, as actrizes Susana Vieira, Cristiana de Oliveira, Carolina Dieckmann e as apresentadoras Ana Maria Braga e Regina Casé.

Por Alberto João na "Esquina da música", do Sidney Rezende

domingo, 12 de julho de 2009

Pedido de casamento USA, style...

Como aquilo anda mal, lá pelos states, no que diz respeito a casamentos, a Disney, deu inicio á campanha :
"Casem-se, façam filhos, e tragam-nos cá...o negócio está fraco."
Este é o clip publicitário.Bem esgalhado.



sábado, 11 de julho de 2009

O trailer do Rock Band

David Bowie - Space Oddity

Hoje,11 de Julho, o primeiro grande sucesso de David Bowie completa 40 anos de existência. Lançado em 1969, o single antecedeu ao álbum de mesmo nome, que saiu em Novembro do mesmo ano. Esse disco foi o segundo da carreira de David Bowie - o anterior, "David Bowie", foi lançado em 1967 -, na verdade, o primeiro de grande importância.
Gravado no dia 20 de Junho de 1969, a canção "Space Oddity" (composta exclusivamente por Bowie) chegou às prateleiras de singles das lojas, acompanhada pelo lado B "Wild Eyed Boy From Freecloud". Ambas as faixas foram produzidas por Gus Dudgeon. O single alcançou a quinta posição nas listas britânicas, e ainda facturou um prémio Ivor Novello, no mesmo ano.
Na gravação, Bowie foi acompanhado por Herbie Flowers (baixo), Terry Cox (bateria) e Rick Wakeman (teclados e piano).
A letra de "Space Oddity" conta a história de um astronauta chamado Major Tom. E, não à toa, foi tocada pela emissora BBC, durante a cobertura da chegada do homem à Lua, nove dias após o lançamento do single. Major Tom ficou tão marcado na carreira de David Bowie, que foi revisitado novamente nas músicas "Ashes to Ashes" e "Hallo Spaceboy".
Em 1975, "Space Oddity" foi relançado em single, dessa vez, tendo "Changes" no lado B.


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Roberto, Sábado no Maracanã, comemora 50 anos de romantismo.

Houve um tempo em que as canções românticas - quem diria - foram postas de lado, tornando-se quase um subgénero da música brasileira. Entre tantos artistas que exaltavam a bossa nova e a chamada MPB, Roberto Carlos foi um dos grandes responsáveis pel retomar do estilo na década de 1970.
"Eu sou uma pessoa que, quando ama, ama mesmo", disse o Rei numa entrevista na época, segundo informações do livro "Roberto Carlos em detalhes", de Paulo Cesar de Araújo. De facto, ele sempre demonstrou isso nos temas que compôs para as mulheres que amou.
Durante o namoro com Magda Fonseca, no início da carreira, Roberto Carlos escreveu "Não quero ver você triste", "A volta" e "Quero que vá tudo pro inferno" - esta última na ocasião em que a amada passava uma temporada nos Estados Unidos.
Para Nice, com quem foi casado durante 10 anos e com quem teve três filhos, o Rei fez, entre outras, "Como é grande o meu amor por você" e "Amada amante". Os problemas que levaram ao fim do casamento foram adiantados nos versos de "Sua estupidez", de 1969. Já em "Fera ferida", lançada três anos depois, o cantor fala do fim dessa ligação.
Myriam Rios, conhecida por seus papeis em novelas globais, tinha apenas 17 anos quando conheceu Roberto. Ela foi presenteada com "Eu preciso de você" e "A atriz", além de outros sucessos dos anos 80.
Para sua eterna musa Maria Rita, o cantor compôs temas como "Eu te amo tanto", "Amor sem limite" e "Pra sempre".
Na canção "O grande amor de minha vida", do álbum "Amor sem limite" (2001), Roberto Carlos revela confidências do seu primeiro encontro com a então adolescente:
"Te beijei na boca e percebi / que era o seu primeiro beijo".
Como bem observa o autor na sua obra não-autorizada, Roberto Carlos sempre teve uma veia romântica forte, mesmo quando versava sobre "brotos" e carrões na fase da Jovem Guarda.
"Quero que vá tudo pro inferno", seu maior sucesso na época, é acima de tudo uma canção de amor, assim como "Se você pensa", "As curvas da estrada de Santos" e "Eu te amo, te amo, te amo".
Se nos anos 60 as canções românticas de Roberto Carlos são mais "roqueiras", na década seguinte elas adquirem o ritmo da balada.Isso fica claro com o lançamento de seu 11º disco, cuja faixa de abertura é "Detalhes".
As outras músicas do álbum também fizeram muito sucesso: "De tanto amor", "A namorada" e "Amada amante" estão no reportório.
Se ainda havia alguma dúvida, o trabalho lançado em 1971 dissipou qualquer sombra quanto à vocação do Rei. Sucesso entre os fãs e a crítica, "Detalhes" consolidou definitivamente o artista como o maior cantor romântico do Brasil.



quarta-feira, 8 de julho de 2009

The New Vaudeville Band - Winchester Cathedral

The New Vaudeville Band, foi uma banda formada em 1966, pelo compositor Geoff Stephens,- nascido a 1 Outubro 1934, em New Southgate, Norte de Londres,- com a intenção de gravar uma das suas composições,"Winchester Cathedral", um tema inspirado, no estilo das bandas de baile dos anos 20, e utilizando como meio de propagação vocal,um megafone, que tinha o nome do seu inventor, Rudy Vallee.
Para sua surpresa,o tema tornou-se num hit mundial, atingindo a primeira posição nos USA, e entrando na lista das dez mais vendidas na Inglaterra. As vendas globais, foram superiores aos três milhões,tendo inclusive sido disco de ouro, além dum Grammy Award, na categoria ,"Best Contemporary Song" em 1967.
John Carter, que na época fazia parte dos Ivy League/Flowerpot Men, foi o responsável pela vocalização do tema, quer na demo,quer na edição comercial do tema.
Inicialmente, foi lançado um "Long Play", em finais de 1966, pela Fontana Records, com o titulo homónimo da canção de sucesso, Winchester Cathedral.
Quando Stephens, começou a receber pedidos para espectáculos,com a New Vaudeville Band, este teve que formar a banda, que só tinha nome, já que para as gravações do LP, tinha usado músicos de estúdio, contratados só para as gravações.
Assim, contactou uma das bandas contemporâneas, que executava um tipo de musica semelhante, os Bonzo Dog Doo-Dah Band.
Só Bob Kerr, trompetista,aceitou o convite, deixando os Bonzo e juntando-se a Stephens, e ao baterista Henri Harrison, que havia participado nas gravações.
Para os vocais, foi contratado Alan Klein, que se dava a conhecer como:"Tristram - Seventh Earl Of Cricklewood".
Os restantes elementos da banda, eram: Pete Cooper, Mick Wilsher, Stan Haywood, Neil Korner, e Hugh Watts (Shuggy').
Em 1967, The New Vaudeville Band, lançou o album "On Tour", com o single "Peek-A-Boo," que atingiu a 7º posição nas listas de vendas, em Fevereiro de 1967.
Em 1968, o grupo, foi responsável pela banda sonora do filme:"The Bliss of Mrs. Blossom".
Kerr, entrou em choque com Grant, e decidiu sair do grupo, levando com ele o baterista,Henri Harrison. Formou o seu próprio grupo,"Bob Kerr's Whoopee Band", e ainda está activo nos dias de hoje, mas foi o golpe fatal na New Vaudeville Band.
Ficam aqui registados os seus Hits:

Fontana TF741 1966 Winchester Cathedral/ Wait For Me Baby #4
Fontana TF784 1967 Peek-A-Boo/ Amy #7
Fontana TF824 1967 Finchley Central/ Rosie #11
Fontana TF853 1967 Green Street Green/ Fourteen Lovely Women #37
Fontana TF909 1968 The Bonnie And Clyde/ Uncle Gabriel


terça-feira, 7 de julho de 2009

Vira o disco, e toca o mesmo vinil

Às quatro da manhã toca o despertador e Júlio Marques salta da cama sem hesitar. Corre para o computador, que tinha ficado ligado, e entra num site de leilões. O tempo está a acabar e Júlio sabe que é a melhor altura para a jogada final: ultrapassar o persistente japonês, que teima em querer ficar com aquela raridade. Mas engana-se quem pensa que estamos a falar de uma peça de arte antiga. Júlio Marques, de 35 anos, interrompe o sono para comprar discos de vinil no eBay.
"Chego a dar gargalhadas às 5 da manhã. São verdadeiras batalhas solitárias." Desta vez, conseguiu uma relíquia: o álbum "10 000 anos depois entre Vénus e Marte", de José Cid.
"Está entre os cem melhores álbuns de rock progressivo. Comprei-o por 50 euros e já me ofereceram 500. Mas não estou nisto pelo dinheiro."
Assim que entramos em casa de Júlio percebemos que o vinil é um vício. Na parede, entre a televisão e um armário, está colada a capa do álbum "Cantigas do Maio", de José Afonso.
"Se pudesse tinha a casa cheia. A minha mulher é que não gosta", confessa o administrativo.
Júlio Marques tem cerca de 5 mil vinis e criou um blogue (http://cultovinil.blogspot.com) para trocar impressões com outros aficionados.
"As capas são obras de arte, num CD é tudo pequeno, não dá para apreciar", explica. Mas é o som que marca a diferença.
"A pureza da música está no vinil. O som é mais quente e os estalidos tornam-no mais interessante."
Nos tempos do mp3, há cada vez mais pessoas que partilham a opinião de Júlio Marques. No ano passado, as vendas de discos de vinil cresceram 54 mil por cento. Sim. Não nos enganámos. E, segundo a Associação Fonográfica Portuguesa, os pedidos de discos de vinil, das lojas às editoras, passaram de quatro, em 2007, para 2174 no ano seguinte. Há cada vez mais bandas a editar os seus álbuns em vinil, como os AC/DC e os Xutos&Pontapés. Viriato Filipe, da cadeia de lojas FNAC, explica porquê:
"O vinil está a tornar-se um objecto de luxo. Há todo um ritual na relação que os amantes deste formato, apaixonados pela música, mas também coleccionadores, estabelecem com o objecto: manusear, contemplar o grafismo da capa, pôr o vinil no prato, ouvir os estalidos iniciais... Se no início era um mercado dos amantes de música de dança e restrito às bandas internacionais, agora o vinil democratizou-se." A tendência não é apenas portuguesa. A Nielsen SoundScan, que monitoriza as vendas de discos nos Estados Unidos e no Canadá, revelou que o formato LP vendeu mais em 2008 que em qualquer outro ano desde 1991, época em que começaram a controlar as vendas.
A editora Taschen já se apercebeu do novo culto. Depois de lançar o livro "Jazz Covers", uma selecção das melhores capas de discos de jazz, escolhidas pelo coleccionador português Joaquim Paulo, publicou "Extraordinay Records", em Junho. O livro, baseado na colecção de Alessandro Benedetti e Peter Bastine e organizado por Giorgio Moroder, reúne mais de 500 LP, de todas as formas e feitios. Há dourados, transparentes e até em forma de coração ou estrela.
Mas que tem o vinil de tão especial? Júlio Marques não tem dúvidas: o som é muito mais real que o do CD. É quase preciso ser um entendido em engenharia de som para perceber as diferenças que os fãs apontam. Aqui fica uma tentativa: num CD é colocada apenas uma amostragem digital, ou seja, selecciona--se uma amplitude compatível com o CD e o resto é cortado. No vinil cabe tudo o que a banda grava.
Dez anos separam Nuno Madeira e Júlio Marques. Um é da geração que cresceu a ouvir vinis, o outro é da cassete e do CD, mas o gosto pelo disco preto é o mesmo.
"A parte divertida é mexer no gira-discos e no vinil. Quando ouves discos tens de despender de algum tempo. Não dá para saltar de música tão facilmente como no CD, e tudo isso faz com que oiças o álbum todo e aprecies melhor a música", explica Nuno Madeira. Mas o vinil também requer mais cuidado que os CD, como o operador de câmara aprendeu.
"Estava com os copos e cheguei a casa com vontade de ouvir música. O entusiasmo era tanto que ao pôr a agulha no disco risquei-o. Agora está lá aquele clac."
Nuno começou a comprar vinis há dois anos e todas as semanas visita lojas para aumentar a colecção de 70 LP. Até montou sozinho o gira-discos.
Mas há quem faça mais e se dê ao trabalho de passar discos para mp3. Sérgio Gonçalves sai de casa a correr para ir trabalhar e agarra no iPod que está à entrada. A caminho da Central Musical - empresa de multimedia que transmite concertos na internet - ouve de tudo. Mas quem puser os auriculares do seu iPod nos ouvidos é capaz de reclamar: é que os estalidos dos vinis podem ser confundidos com defeito técnico.
Sérgio Gonçalves, de 34 anos, pode passar oito horas numa loja à procura de raridades como o álbum de Khaliq Al-Rouf, que custou 140 euros. Fica com os dedos sujos, passa fome e chega a sair apressado à procura de uma casa de banho para depois voltar à caça.
"Gosto do som quente do vinil e do facto de não ser perfeitinho como o CD. Deixei de ser um purista do som. Ter um crac dá personalidade ao disco."
Nem sempre foi assim.
"Quando surgiu o CD, achei que era a maior maravilha do mundo. O vinil irritava-me." O regresso ao disco presto aconteceu em 1999, quando trabalhava na EMI e começaram a surgir os promocionais em 12 polegadas para os DJ:
"Decidi ser DJ, mais como hobby, e comecei a trazer vinis para casa." Nunca mais parou: hoje tem 4 mil vinis, organizados alfabeticamente numa sala. É lá que passa as tardes de domingo, a ouvir música.
Também foi assim que Bruno Santos, de 23 anos, estudante de Design, entrou no mundo do vinil. O DJ Cleymoore, como se baptizou, prefere música electrónica e experimental e confessa que entrou nos discos porque há muitas editoras e produtoras que só editam em vinil. Bruno recorda até uma edição especial de Donna Summer que só existe em vinil:
"O single 'Love to love you baby' numa versão de 16 minutos é óptimo." O estudante reconhece que a moda do vinil tem tornado o acesso aos discos mais difícil.
"Para a minha geração, a do CD, o vinil passou ao lado, mas agora estamos a redescobri-lo. Apesar de ser muito mais caro que um CD normal, vale a pena."

por Vanda Marques,no I

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Morreu Allen Klein

O americano Allen Klein, que foi empresário dos Beatles e dos Rolling Stones, morreu no passado dia 4 de Julho, aos 77 anos.
Klein foi mais uma das vitimas dessa silenciosa e degenerante "assassina", que se conhece com o nome de, doença de Alzheimer, segundo informou um porta-voz de sua empresa, ABKCO Music & Records.
Casado e com três filhos, o empresário, faleceu na sua casa, na cidade de Nova York, aonde será enterrado amanhã terça-feira. Durante 50 anos, dedicou a sua vida à música.
Na década de sessenta, Allen tornou-se uma das figuras mais poderosas do mundo da música, com contratos que o fizeram ganhar uma imensa fortuna.
Conhecido pela sua determinação na busca de bons acordos, teve entre os seus clientes, artistas como Sam Cooke, Bobby Darin e os Herman's Hermits, mas ganhou fama quando passou a representar os interesses dos Rolling Stones e dos Beatles. Klein terminou nos tribunais com ambas as bandas.
Alguns fãs dos Beatles chegam a dizer que o então empresário do grupo foi um dos responsáveis pelas tensões que levaram John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison a separararem-se.
No entanto, posteriormente, Klein trabalhou com Lennon e Yoko Ono, além de ter ajudado Harrison a organizar o beneficente, Concerto para Bangladesh.

Os Deep Purple são multado por tocarem as suas próprias músicas

O RussiaToday.com, informou que um tribunal russo multou os britânicos dos Deep Purple por tocarem "ilegalmente" as próprias músicas, durante um show realizado no dia 19 de Outubro de 2008, na cidade de Rostov On Don, no sul da Rússia.
De acordo com o tribunal, os músicos deveriam ter obtido uma autorização da ONG russa "Russian Author's Society" para uma performance pública das suas canções.
A organização representa os direitos dos artistas estrangeiros na Rússia, mesmo que eles não dêem permissão para que a ONG os represente.
A decisão foi encarada por blogueiros russos como uma "fantástica idiotice".
Este parece ser o modelo, no qual a nossa querida ASAE, se inspirou, mas recorda-me, uma anedota, em que se conta, que quando Deus, andava ocupado a criar o mundo, ia assobiando uma melodia. Nisto, apareceu o diabo, e multou Deus, por infracção dos direitos de autor.
Para onde caminha a humanidade ?!?!?!?

domingo, 5 de julho de 2009

The Wild One , faleceu há cinco anos.

Marlon Brando, imortalizado no papel de Don Vito Corleone, no filme "O Padrinho" (1972, dirigido por Francis Ford Coppola), morreu no 1º de Julho de 2004, há cinco anos, devido a problemas pulmonares.
Descendente de irlandeses e nascido no Estado de Nebraska a 3 de Abril de 1924, o actor foi expulso de um colégio e de uma academia militar em Minnesota, aos 16 anos - nesta última, foi reprimido por insubordinação.
Em 1943, mudou-se para Nova York e começou a frequentar aulas de actuação.
Em menos de um ano, Brando estreou a peça I Remember Mama, na Broadway. Em 1950, teve seu primeiro papel nos cinemas, em The Man. No ano seguinte, Brando estrelou a versão cinematográfica de A Streetcar Named Desire ( actuou igualmente na peça teatral), pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar, facto que se repetiria em Viva Zapata! (1952), Júlio César, (1953), e On The Water Front (1954), quando finalmente foi galardoado com a estatueta de melhor actor.
Apesar de ter ficado de fora da disputa de 1953, o filme The Wild One, abriu os olhos do público para o personagem rebelde Johnny Strabler. Em cima de uma motocicleta, vestindo um blusão de cabedal negro, Brando consagrar-se-ia como um dos símbolos da geração encantada também por James Dean e Elvis Presley.
Além de actuar, Brando dirigiu - pela primeira e única vez em sua carreira - One Eyed Jacks (1961), uma história de cowboys. No filme, Brando, interpretou, o papel de um ex-ladrão em busca de vingança, substituindo Stanley Kubrick - que havia sido demitido pelo próprio actor.
A partir dos anos 60, o astro tornaria público o engajamento em causas sociais, defendendo os Direitos Civis e os Direitos dos Indígenas nos Estados Unidos. Brando deixaria isso ainda mais claro ao recusar o Oscar de melhor actor pela actuação em O Padrinho. Na ocasião da entrega do prémio, uma actriz, representando uma mulher amero índia, subiu ao palco para pronunciar o protesto de Brando ao tratamento dado por Hollywood aos índios norte-americanos.
No mesmo ano, o actor contracenou com Maria Schneider em O Último Tango em Paris. Repleta de cenas de sexo, a fita causou furor no mercado cinematográfico e foi proibida em diversos países. Anos depois, na década de 80, Brando fez uma pausa na sua carreira e fugiu dos olhos da mídia, mudando-se para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, comprada por ele em 1966. Foi nessa época que o actor começou a enfrentar problemas com o excesso de peso e abuso de bebidas alcoólicas. Em 1989, voltou aos ecrâns em A Dry White Season e The Freshman, em que parodiou o personagem Vito Corleone na iniciação de Matthew Broderick na gangue italiana. Na sequência, Brando teve papeis secundários em filmes como Don Juan di Marco (1994) e A Ilha do Doutor Moreau (1996). The Score (2001) marcou a sua última aparição em filmes.
Marlon Brando casou-se quatro vezes e teve seis filhos, um deles adoptado. O mais velho da prole, Christian, abalou a família ao assassinar o cunhado Dag Drollet, namorado de Cheyenne, em 1990. Cinco anos depois, Cheyenne suicidou-se.
Ao morrer, Brando deixou uma lista de instruções detalhadas para seu funeral. No documento, o astro pediu que o seu amigo e actor Jack Nicholson comandasse a cerimonia de cremação de seu corpo, em cerimónia reservada à família.

sábado, 4 de julho de 2009

Al Jardine - A Postcard From California

O ex-Beach Boys, Al Jardine, convidou os Fleet Foxes para um encontro no seu estúdio em Los Angeles para conversar sobre uma possível participação no próximo álbum "A Postcard From California", o seu mais recente trabalho de estudio, ainda sem data de lançamento, mas já com capa.
Al Jardine, de 66 anos, declarou sobre os Fleet Foxes.
"Eles são fantásticos. Têm o tipo de vibração dos Beach Boys e também harmonias muito bonitas", disse.
Em entrevista ao Pitchfork, o vocalista e guitarrista do Fleet Foxes, Robin Pecknold, retribuiu os elogios de Al Jardine.
"Jardine, foi fantástico. Realmente, é uma pessoa muito cordial", afirmou.
"A Postcard From California" vai contar ainda com as contribuições de Brian Wilson , o actor John Stamos, Neil Young, Steve Miller e Flea, baixista dos Red Hot Chili Peppers.
Uma velha canção dos Beach Boys "A California Saga", gravada em 1973, com Neil Young, David Crosby e Stephen Stills também pode vir a fazer parte deste trabalho.
De acordo com o músico norte-americano, a sonoridade do disco, seguirá uma linha pós-Beach Boys. Ou seja, surf music de refrãos marcantes.
"A Postcard From California" terá 12 faixas. Além das inéditas, Al Jardine resgatou canções da época dos Beach Boys, como ‘Help Me, Rhonda’ e ‘Honkin’ Down the Highway’.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Michael Jackson, o artista que vale mais morto que vivo


Foi há menos de uma semana que Michael Jackson, o auto-proclamado “Rei da Pop“, morreu. Mas há quem diga que o artista já tinha morrido há muitos anos atrás. Na verdade, os trágicos acontecimentos do dia 26 de Junho foram apenas o culminar de um lento processo de auto-degradação física e psicológica. Quem acabou por lucrar de uma forma cruel e cínica com o falecimento de Michael Jackson foi a sua antiga editora, a Sony Music, que certamente já não esperava que o artista voltasse a ser a galinha de ovos de ouro que nos idos anos 80 ele foi. O que não é de estranhar, tendo em conta que no star system…

A morte vende sempre mais do que a decadência

Não foi preciso passar nem um dia para que as vendas de álbuns antigos de Michael Jackson subissem por aí acima. Em Portugal, a colectânea de melhores êxitos The Collection subiu automaticamente para o terceiro lugar do Top oficial da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP). Lá por fora, nove dos 10 discos que constam do Top Pop Catalog Albums da Billboard pertencem a Michael Jackson ou aos Jackson 5. Este Top consiste num ranking dos 50 discos mais vendidos que foram editados há mais de 18 meses. Para além disso, o artista conseguiu a façanha de ocupar 25 posições dentro de 75 possíveis da tabela Hot Digital Songs da Bllboard referente aos singles digitais mais vendidos.Sem contar com a onda avassaladora de notícias sobre o passado sombrio, as ocorrências da morte, a autópsia e as homenagens póstumas que inundaram os media tradicionais ao longo dos últimos dias, esse crescimento súbito das vendas foi também certamente influenciado pelo aumento de airplay das músicas de Jackson nos EUA. De acordo com dados da Nielsen BDS revelados à Billboard, na semana passada os seus temas foram para o ar 67.383 vezes, o que representou um crescimento de 1.735 por cento face à semana anterior.

Até os piratas não se fizeram rogados e desataram a descarregar tudo o que apanharam à mão relacionado com o “Rei da Pop“. Actualmente, o nome de Michael Jackson continua a ocupar a lista dos torrents mais descarregados na secção de música do MiniNova, com sete colectâneas de todos os seus temas nos dez primeiros lugares. No Pirate Bay, Jackson ocupa quatro dos dez primeiros lugares. O mesmo se passou no YouTube, com os vídeos de “Rock With You”, “Thriller” e “Billie Jean” a atingirem números de visualizações estratosféricos.

É a Zombieconomia!


Por este andar, se os discos de Michael Jackson continuarem a vender como pãezinhos quentes a Sony Music acabará por ganhar dinheiro depois da morte do artista do que durante a vida dele. É a “Zombieconomia“, como Umair Haque lhe chama no seu blog na Harvard Business Publishing. Ao consultar um artigo do New York Times de 2006 segundo o qual Jackson teria recebido da Sony Music 300 milhões de dólares (212 milhões de euros) em royalties das vendas de discos desde o início dos anos 80, Haque fez as contas e colocou a questão:

Se a maior estrela Pop do mundo apenas ganhou 12 milhões de dólares (8,5 milhões de euros) ao ano com os seus discos, porque é que alguém haveria de querer fazer música séria? Para onde é que o resto do dinheiro foi? Mas é óbvio que foi para os bolsos das editoras discográficas! Será que elas utilizaram-no para lançar música com mais qualidade? Não – elas editaram Britney Spears e Lady GaGa. E foi assim que assinaram a sua sentença de morte: ao desinvestir na qualidade (…)
Contudo, os maiores gestores de fundos de investimento ganham regularmente centenas de milhões. Existe aí uma diferença de ordem de magnitude (…)
Isso é o grande problema por detrás da Zombieconomia. Nós não remuneramos as pessoas por criarem, desenvolverem, apoiarem e até mesmo remisturarem activos. Nós recompensamo-las por alocarem os mesmos activos de sempre. Isso não é uma economia: é apenas uma dança de cadeiras musicais.

Este conceito de Zombieconomia é bastante adequado nomeadamente para descrever se todo um sistema económico baseado no copyright que se alimenta apenas das glórias do passado porque é concebido para ganhar dinheiro à custa dos velhos êxitos e que não ajuda em nada à produção de mais obras criativas. Tanto mais se tivermos em conta os conflitos travados ao longo de anos entre Michael Jackson e a Sony Music – então Sony BMG.
Em 2000, quando Jackson estava a pensar recuperar a propriedade das fitas-mestras dos seus originais no intuito de se encarregar por si próprio da promoção dos seus álbuns antigos e relançar a sua carreira, o artista viu-se impossibilitado de fazer devido aos termos do contrato assinado com a Sony BMG. Com efeito, o contrato encontrava-se redigido de uma forma que o impossibilitava de recuperar a posse das suas gravações senão dentro de uns bons largos anos. O culpado: o advogado que negociou o contrato em seu nome que por infelicidade era também representante legal da Sony BMG.

Uma máquina de fazer dinheiro à custa do copyright chamada Beatles


Outra exemplo da Zombieconomia em funcionamento refere-se à Sony/ATV Music Publishing, uma joint-venture detida a meias entre Jackson e a Sony Music desde 1995 que para além de 750 mil composições escritas por artistas como Elvis Presley, Bob Dylan e Eminem, controla também os direitos de publishing das 267 composições dos Beatles escritas por John Lennon e Paul McCartney antes da separação dos Fab Four em 1971.
Desde então, a Sony/ATV tentou por diversas vezes – sem sucesso – adquirir essa verdadeira mina de ouro a Michael Jackson. No entanto, o cantor recusou-se sempre. Só em 2005 e já numa altura em que as suas finanças estavam bastante debilitadas é que Jackson deu finalmente o braço a torcer e aceitou uma proposta da Sony Music de vender o direito a adquirir metade – ou seja, 25 por cento – das suas acções na Sony/ATV sob a forma de opção.
No início do ano e à medida que a sua saúde se ia deteriorando, o artista deu a entender que pretendia reverter a parte que ainda controlava relativa aos direitos sobre as composições dos Beatles a Paul McCartney ou aos representantes legais dos Beatles, de acordo com um fonte não identificada citada pelo jornal britânico The Daily Mirror.
Seja como for, parece quase certo que a Sony/ATV não tenciona desfazer-se dos direitos sobre o catálogo dos Beatles, estando a Sony mesmo disposta a fazer uso do seu direito de opção para adquirir metade da participação de Michael Jackson. Alguns analistas da indústria calculam que o valor do catálogo detido pela joint-venture ronda os mil milhões de dólares (700 milhões de euros), um montante 20 vezes superior aos 47,5 milhões de dólares (33,5 milhões de euros) desembolsados em leilão por Jackson no ano de 1985.
É claro que tal valorização desmesurada de músicas compostas há quase quatro décadas atrás não teria sido possível sem a existência de um direito de autor que actualmente se prolonga até aos 70 anos após a morte do autor. A indústria musical alega que tal protecção é necessária para assegurar o sustento dos herdeiros dos autores. Mas porque é que a sociedade tem que pagar por algo que não irá beneficiar em nada a criatividade e o progresso das artes e das ciências – algo que é, afinal de contas, o propósito inicial do direito de autor?

De que forma estaremos nós a fomentar a criação de mais obras primas como as dos Beatles?

Não estaremos mais uma vez perante um fenómeno de Zombieconomia?

by Miguel Caetano in remixtures
(foto de Oceania Rock segundo licença CC-BY-NC 2.0; foto de Caesar Sebastian segundo licença CC-BY-NC-SA 2.0; foto de dag segundo licença CC-BY-NC 2.0)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Feliz 30º aniversário, Sony Walkman!


Foi há exactamente 30 anos atrás, no dia 1 de Julho de 1979, que a Sony deu a conhecer ao mundo o Walkman, o primeiro aparelho portátil que convenceu de facto as pessoas a aderirem à ideia de ouvirem música em movimento. É certo que o rádio transístor, mais conhecido por rádio de pilhas ou rádio de bolso, já tinha inaugurado a era da música em movimento no início dos anos 50.
Nesse sentido, se é verdade que o engenheiro germano-brasileiro Andreas Pavel foi o primeiro a ter a ideia ao inventar o seu Stereobelt em 1972, na prática foi o leitor de cassetes da empresa de Akio Morita a popularizar o conceito de música em movimento. Depois de ter tentado sem sucesso que várias fabricantes de electrónica comercializassem o seu aparelho, Pavel lá conseguiu patentear o Stereobelt em alguns países do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Alemanha e Itália). No entanto, isso de pouco lhe valeu na hora de receber royalties da Sony relativos ao Walkman.
Mas foi de facto com o Walkman que a ideia de criar a nossa própria banda sonora para a vida em movimento na cidade se tornou uma realidade acessível ao comum dos adolescentes. E se hoje em dia já quase ninguém usa cassetes para ouvir música, a verdade é que boa parte da mística dos tempos do Walkman perdurou até aos dias de hoje. Veja-se a moda das mixtapes, de agregar um conjunto coerente de canções de modo a exprimir um determinado estado de espírito. Pois se até mesmo o iTunes recorre a esse mesmo imaginário para vender mais downloads!


O modelo original do Sony Walkman chamava-se TPS-L2 e foi posto à venda apenas no mercado japonês. O aparelho tinha sido concebido em 1978 pelo engenheiro japonês Nobutoshi Kihara a pedido do seu patrão Morita que queria arranjar uma forma de ouvir operas durante as suas viagens entre o Japão e os Estados Unidos.
O modelo original do Sony Walkman chamava-se TPS-L2 e foi posto à venda apenas no mercado japonês. O aparelho tinha sido concebido em 1978 pelo engenheiro japonês Nobutoshi Kihara a pedido do seu patrão Morita que queria arranjar uma forma de ouvir operas durante as suas viagens entre o Japão e os Estados Unidos. Comparado com as 140 gramas que um iPod Classic de 120 GB pesa, o TPS-L2 era um autêntico matacão (390 gramas). A acrescentar a isso, os auscultadores pesavam 45 gramas. Mas o pior de tudo é que o preço de 33 mil ienes (242 euros) também não era nada convidativo.
De qualquer modo, isso não o impediu de se tornar um autêntico fenómeno de vendas, tendo vendido mais de 1,5 milhões de unidades em apenas dois anos após o seu lançamento. Dez anos depois, as vendas superaram a fasquia dos 50 milhões de exemplares. Em 1995, a Sony informou que o número de aparelhos Walkman vendidos em todo o mundo ascendia aos 186 milhões.
Apesar do Walkman ter tido vários nomes por altura do seu lançamento (”Soundabout” nos Estados Unidos, e “Stowaway” no Reino Unido, por exemplo) e não obstante o facto de Akio Morita ter desde o princípio detestado esta designação, este foi o nome que acabou por vingar. Isto deve-se ao facto da divisão de marketing da Sony ter concluído que uma alteração do nome seria demasiado dispendiosa e arriscada. Até porque não levou muitos anos até que o Walkman se incorporasse na linguagem corrente, tendo mesmo a designação sido adicionada ao Petit Larousse em 1981 e ao Oxford English Dictionary em 1986.
Hoje em dia, apesar da Associated Press afirmar que a Sony já vendeu mais de 385 milhões de leitores Walkman um pouco por todo o mundo, a verdade é que já desde há muito que o nome Walkman deixou de ser apenas sinónimo de leitor de cassetes. Em meados dos anos 80 a empresa introduziu o Discman, uma versão do Walkman correspondente a um leitor de CDs portátil. Mais tarde, tentou popularizar um formato próprio chamado MiniDisc que não correspondia a mais do que um CD de tamanho reduzido. Por fim, em 1999 acabou por introduzir um leitor de MP3s. Hoje em dia a marca Walkman refere-se a uma linha de telemóveis multimédia comercializados pela Sony-Ericsson.
Mas se a história do Walkman é tão rica e cheia de recordações que ainda perduram nos cérebros de todos os fãs de música com mais de 30 anos e menos de 50 – e até mesmo dos melómanos que odeiam qualquer distorção da qualidade áudio das suas músicas preferidas! -, porque é que a Sony não se deu ao trabalho de comemorar com mais pompa e circunstância esta efeméride? Bem, a razão é simples: a verdade é que as finanças do gigante japonês não vão lá muito bem de saúde. Por outro lado, o domínio esmagador da Apple no campo da música móvel quer através do iPod quer do iPhone não dá muita margem de manobra para grandes comemorações. Afinal de contas, em apenas oito anos a marca da maçã já conseguiu vender mais de 210 milhões de iPods em todo o mundo. E a avaliar pela experiência de um miúdo de 13 anos como este aqui, não será tão cedo que a companhia de Steve Jobs irá abandonar os tops de vendas de aparelhos de música móvel.

By Miguel Caetano in Remixtures

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Top Ten, dos que da lei da morte se foram libertando, aos 27 anos.

Há coincidências muito estranhas, mas a que aqui dou noticia hoje, é talvez a que mais empobreceu a humanidade, já que, aos poucos, foi levando talentos, que ainda tinham muito para dar aos seus semelhantes. Uma breve investigação, revelou 10 casos de mortes prematuras, de nomes da música, e que faleceram todos com 27 anos. Coincidência ???
Aqui vai o Top Ten, de músicos desaparecidos, na "flôr da idade".

1 - Kurt Cobain (Nirvana)
Considerada como uma das maiores tragédias da música nos anos 90, a morte de Kurt ainda é algo misterioso que envolve várias teorias conspiratórias. Aparentemente, Kurt cometeu suicídio, mas muitos asseguram que sua ex-esposa Courtney Love, tem muito a ver com sua morte e que Kurt foi na verdade assassinado, a seu mando.
Kurt faleceu no dia 5 de Abril de 1994 aos 27 anos.


2 - Brian Jones (Rolling Stones)
Jones ajudou a fundar os Rolling Stones, porém não aproveitou o sucesso da banda e, ao contrário dos outros membros, preferiu isolar-se e aproveitar sozinho uma vida de luxo e excessos. Na época, os rumores eram de que o afogamento de Jones foi causado devido ao abuso de drogas e álcool, porém anos mais tarde Frank Thorogood,um construtor que tinha feito algumas remodelações na casa de Jones, revelou que o afogou acidentalmente durante uma discussão, pois, ele não lhe pagou o que devia.
Brian Jones foi encontrado morto no dia 3 de Julho de 1969 aos 27 anos.



3 - Jimi Hendrix
Outra morte que ainda não teve um final explicado de maneira satisfatória foi a de Jimi Hendrix, um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Reza a lenda que Jimi morreu sufocado com seu próprio vómito após uma overdose de vinho tinto e medicamentos. Muitos de seus fãs acreditam que Hendrix se suicidou, porém recentemente seu ex- roadie James ‘Tappy’ Wright, escreveu um livro chamado "Rock Roadie" no qual revela que Jimi foi assassinado por Michael Jeffery, seu empresário na época, e a sua morte foi planeada para o executor do plano, receber um seguro de vida, de Jimi Hendrix.
Jimi Hendrix faleceu no dia 18 de Setembro de 1970 aos 27 anos.



4 - Jim Morrison
A morte de Jim Morrison, vocalista dos Doors, também é outro acontecimento misterioso que nunca ninguém conseguiu explicar. Morrison foi encontrado morto devido a uma suposta overdose de heroína, porém, amigos e conhecidos do músico afirmaram que Jim não era usuário deste tipo de droga. Após a morte de Jimi Hendrix, Brian Jones e Janis Joplin, todos aos 27 anos, Jim Morrison, costumava dizer que ele seria o próximo a fazer parte da lista.
Jim Morrison faleceu no dia 3 de Julho de 1971 aos 27 anos.



5 - Janis Joplin
Considerada a primeira diva do rock, Janis Joplin foi a primeira personalidade da área musical, a "abrir" a impressionante temporada de mortes causadas por drogas pesadas. Janis perdeu-se no mundo da heroína no mesmo ano em que fez uma visita ao Brasil, e aonde optou por fazer um tratamento para se livrar das drogas, porém, o tratamento não foi seguido e Joplin faleceu devido a uma overdose de heroína.
Janis Joplin faleceu no dia 4 de Outubro de 1970, aos 27 anos.



6 - Robert Johnson
As verdadeiras causas da morte do bluesman Robert Johnson nunca foram reveladas. São várias as versões: whisky envenenado, sífilis aguda, assassinado com um tiro na cabeça e até mesmo um suposto pacto com o demónio.
Robert Johnson faleceu no dia 16 de Agosto de 1938 aos 27 anos.



7 - Ron "Pigpen" McKernan (Greatful Dead)
Ron "Pigpen" McKernan não possuía uma função exacta nos Greatful Dead, McKernan além de ser fundador da banda, também actuava como vocalista, guitarrista, percussionista, teclista além de outras actividades. No meio a tantas funções, McKernan, encontrava sempre uma maneira de reservar algum tempo para se embebedar e foi exactamente este relacionamento tão próximo com o álcool que lhe tirou a vida com uma hemorragia gastrointestinal.
Ron "Pigpen" McKernan faleceu no dia 8 de Março de 1973 aos 27 anos.



8 - Dave Alexander (The Stooges)
Dave Alexander, baixista dos Stooges, assim como a maiorias dos músicos da época, fazia uso descontrolado e excessivo do álcool, o que resultou numa grave pancreatite, que lhe causou a morte.
Dave Alexander faleceu no dia 10 de Fevereiro de 1975 aos 27 anos.



9 - Pete de Freitas (Echo & The Bunnymen)
Pete além de baterista dos Echo & The Bunnymen, era também produtor da banda e faleceu num acidente, quando perdeu o controle da moto em que seguia.
Pete de Freitas faleceu no dia 14 de Junho de 1989 aos 27 anos.



10 - Richey James Edwards (Manic Street Preachers)
Richey James Edwards era guitarrista e compositor da banda galesa de rock alternativo Manic Street Preachers, e as verdadeiras razões de sua morte nunca foram divulgadas pois nada realmente indica que Edwards tenha realmente falecido. O músico simplesmente desapareceu no dia 1 de Fevereiro de 1995 sem deixar vestígios. Após muitas investigações, todas sem sucesso, em Novembro de 2008 Edwards foi dado como morto.
Richey James Edwards "faleceu" no dia 1 de Fevereiro aos 27 anos.