domingo, 31 de julho de 2011

Kurt Cobain, "persona non grata", na sua cidade natal.

Foi por água abaixo a tentativa de homenagem por parte dos moradores de Alberdeen, localizada no estado de Washington (EUA), a Kurt Cobain.

Em reunião realizada na última quarta-feira , 27 de Julho, o conselho municipal da cidade natal do ex-líder dos Nirvana, votou contra a proposta que previa rebaptizar a Ponte Alexander Young Street, construída sobre o Rio Wishkah, para Ponte Kurt Cobain.

A ponte é indirectamente citada em um dos versos da canção "Something in the way", última faixa do álbum "Nevermind", responsável pelo sucesso mundial da banda.

Já o Rio Wishkah aparece no título do disco póstumo lançado em 1996, gravado ao vivo, chamado "From the muddy banks of the Wishkah".

Foram 10 votos contra e apenas 1 a favor da honraria ao músico, que se suicidou em 1994. Os principais motivos para tamanha rejeição foram exactamente, o seu suicídio, o seu histórico relativo ao abuso de drogas e as declarações negativas que Cobain costumava fazer sobre sua cidade natal.

Apesar da negativa, o mesmo conselho decidiu nomear uma pequena faixa de terra localizada dentro Rio Wishkah de Cobain Landing, uma espécie de consolo para os fãs do musico.

Cantor, guitarrista e principal compositor dos Nirvana, Kurt Cobain foi encontrado morto no dia 8 de Abril de 1994, com um tiro na cabeça, em Seattle, nos EUA. Ao lado do corpo, uma espingarda. Os peritos dizem que o suicídio teria acontecido três dias antes. O cadáver de Cobain foi encontrado em casa. Tinha 27 anos.

sábado, 30 de julho de 2011

Jack Kerouac, o pai da "beat generation"

Jack Kerouac nasceu em Lowell, Massachusetts, em 12 de Março de 1922; era o mais novo de três filhos de uma família de origem franco-canadiana.

Começou a aprender inglês apenas aos seis anos de idade, estudou em escolas católicas e públicas locais e, como jogava futebol americano muito bem, obteve uma bolsa para a Universidade de Columbia, em Nova York.


Nesta cidade conheceu Neal Cassady, Allen Ginsberg e William S. Burroughs.

Deixou a faculdade no segundo ano, depois de forte discussão, com o técnico de futebol, indo morar com uma ex-namorada, Edie Parker, tendo nessa época entrado para a Marinha Mercante em 1942 – dando início às jornadas infindáveis que se estenderiam por boa parte de sua vida.

Em 1943 alistou-se na Marinha, de onde foi dispensado por razões psiquiátricas. Entre uma e outra viagem, voltava para Nova York e escrevia o seu primeiro romance, The Town and the City, publicado em 1950, sob o nome de John Kerouac. Este primeiro trabalho era fortemente influenciado pelo estilo do escritor norte-americano Thomas Wolfe e foi bem recebido.

Em Abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser On the Road.

Kerouac escrevia em prosa espontânea, como ele chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. O manuscrito foi rejeitado por diversos editores.

Em 1954, começou a interessar-se por budismo e, em 1957, On the Road foi finalmente publicado, após inúmeras alterações exigidas pelos editores. O livro, de inspiração autobiográfica, descreve as viagens através dos Estados Unidos e México de Sal Paradise e Dean Moriarty. On the Road exemplificou para o mundo aquilo que ficou conhecido como a "geração beat" e fez com que Kerouac se transformasse num dos mais controversos e famosos escritores de seu tempo – embora em vida tenha tido mais sucesso entre o público do que da crítica e rejeitou sempre o título de “pai da beat generation”.

Seguiu-se a publicação de The Dharma Bums – um romance com franca inspiração budista –, The Subterraneans em 1958, Maggie Cassidy, em 1959, e Tristessa, em 1960.

A partir daí, Kerouac tendeu politicamente, à direita: passando a criticar os
hippies e apoiou a guerra do Vietname.

Publicou ainda
Big sur e Doctor Sax, em 1962, Visions of Gerard, em 1963, e Vanity of Duluoz,em 1968, entre outros.

Visions of Cody
, é considerado por muitos o melhor e o mais radical livro do autor, e só foi publicado integralmente em 1972.

Morreu em St. Petersburg, Flórida, em 1969, aos 47 anos, de cirrose hepática. Morava, então, com sua mãe e sua mulher, Stela.

Escreveu ao todo vinte livros de prosa, e 18 de ensaios, cartas e poesia.


Fomt LePM Pocket

sexta-feira, 29 de julho de 2011

The Flamin’ Groovies - Teenage Head

Não resisti à tentação de escrever algo sobre um de meus discos preferidos, lançado por uma das minhas bandas favoritas, no início dos anos setenta. Estou a falar, ou melhor, a escrever, sobre o álbum Teenage Head, dos Flamin’ Groovies. Lançado em 1971 – o mesmo ano em que eu nasci – Teenage Head, é um dos meus álbuns de cabeceira desde o mês passado. Isso mesmo, até alguns dias, eu nunca tinha ouvido os Flamin’ Groovies. Fico a perguntar-me como pude sobreviver por 39 anos sem ter este disco e os demais da banda na minha colecção.

Exagero da minha parte? Lógico que sim, mas nós, os coleccionadores de discos e amantes da boa música, somos assim mesmo, exagerados, compulsivos e passionais. O que me fascina em manter esta paixão é justamente quando acontece algo assim: o sujeito passa trinta anos de sua vida coleccionando discos, vive cercado por milhares de álbuns dos mais diversos artistas, dos mais renomeados aos mais obscuros, e um dia chega um amigo, e trás para ouvir um disco que não conhecemos, de uma banda a qual nunca ouvi-mos nada, e mediatamente após a primeira audição sabemos que não poderemos mais viver sem esse disco, que a vida não faria mais sentido.

E não estou a falar de uma daquelas incontáveis bandas de hard rock dos anos setenta que lançaram apenas um ou dois discos e desapareceram rumo ao eterno ostracismo, mas de uma banda que lançou uma discografia considerável numa existência de relativa longevidade. Saber que essa paixão é infinita é exactamente o combustível que a alimenta, que a faz perdurar, transformando uma febre da adolescência numa paixão duradoura que nos acompanhará por toda a vida, já que o sujeito, agora um individuo de meia idade beirando os quarenta, pode continuar a ter o prazer de descobrir coisas “novas” (embora também com quase quarenta anos) pelo resto da vida.

A colecção nunca estará completa, jamais terá fim. Nunca conheceremos tudo. Se fosse diferente, que graça teria?

Não é que eu nunca tenha ouvido falar nos Flamin’ Groovies. Lembro-me de já ter esbarrado na capa de Supersnazz, o primeiro disco do grupo, em alguma loja de discos durante essas andanças. Também recordo de ler um verbete sobre o Teenage Head no livro 1001 Albuns You Must Hear Before You Die (1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer), mas ouvir a banda, nunca. Confesso que até então a minha curiosidade por eles não tinha sido despertada.

Tudo mudou há alguns dias, quando fui apresentado aos Flamin’ Groovies. Desde então tenho ouvido seus álbuns exaustivamente, decorando cada detalhe, como um Marcel Proust em busca do tempo perdido. Talvez em minha euforia, eu esteja sendo precipitado em já estar dedicando um texto a eles, afinal ainda não somos íntimos, faz poucos dias que nos conhecemos, mas é irresistível, pois desde o tardio primeiro momento, soube que me acompanharão pelo resto dos dias que ainda viverei.

É mais uma banda que envelhecerei ouvindo, e que ainda servirá de trilha sonora para muitos acontecimentos que ainda me estão por vir.

The Flamin’ Groovies é uma banda californiana de San Francisco, formada por volta de 1965 por Ron Greco, Cyril Jordan e Roy Loney.

Somente em 1969 lançaram o seu primeiro álbum, Supersnazz, já sem Greco. Na formação estavam Cyril Jordan (vocal e guitarra); Roy Loney (vocal e guitarra); George Alexander (baixo, harmônica e vocal); Tim Lynch (guitarra, harmônica e vocal) e Danny Mihm (bateria). Embora também assíduos no Winterland e no Fillmore de Bill Graham, os Flamin’ Groovies não lembram em nada a sonoridade de seus vizinhos Grateful Dead, Jefferson Airplane e Moby Grape, que dominavam a preferência dos hippies da ensolarada baía de San Francisco. O som dos Flamin’ Groovies era mais cru e distorcido, “garagista”, como se jogassem os Rolling Stones, Chuck Berry, Trashmen, Kingsmen, blues e rockabilly num misturador.

Em 1970 lançam o segundo disco, Flamingo, um fantástico álbum de garage rock, onde a crueza da produção se encaixa brilhantemente nas bem elaboradas harmonias do grupo, com destaque para Heading For The Texas Border, um “rockão” de primeira – que hoje em dia é executada ao vivo nos shows da banda Raconteurs, de Jack White. Há ainda uma cover de Keep a Knockin’ de Little Richard. Não vou me estender falando sobre Flamingo, já que optei em dissecar o próximo álbum, Teenage Head, mas não saberia dizer qual dos dois é melhor, haja vista que ambos são essenciais. Optei por Teenage Head por razões emotivas, já que foi o primeiro álbum da banda que ouvi e que me tornou de imediato um eterno fã do conjunto.

Lançado na mesma época em que os Rolling Stones lançavam Sticky Fingers, o terceiro álbum dos Flamin’ Groovies, Teenage Head, logo despertou comentários na imprensa sobre algumas similaridades entre os dois álbuns – o que eu vejo como um exagero, pois não identifiquei nada gritante que justifique o facto.

Mick Jagger numa entrevista na época teceu comentários elogiosos sobre o disco dos Flamin’ Groovies, dizendo que eles fizeram óptimos blues e rocks de raiz, revisitando-os num contexto actual e moderno.

O petardo inicia com High Flyin’ Baby, com riffs e arranjos que me remetem ao óptimo álbum Safe as Milk de Captain Beefheart and his Magic Band (1967). A segunda faixa, City Lights, é uma balada country onde se destaca o som do dobro, lembrando um pouco Gram Parsons e algumas faixas do álbum Beggar’s Banquet dos Rolling Stones (1968), como Dear Doctor e Prodigal Son, precedendo o rock Have You Seen My Baby?, que define bem a sonoridade agressiva do grupo. O lado A encerra com Yesterday’s Numbers, que também lembra os Rolling Stones, sendo que a introdução faz referência a música Get Off Of My Cloud.

O lado B começa com a faixa-título. Teenage Head e lembra-me um pouco The Troggs, uma banda que sempre admirei. O disco prossegue com 32-20, um blues de Robert Johnson que recebe um belo arranjo roqueiro, onde as guitarras são substituídas por dobros.

Evil Hearted Ada é totalmente rockabilly anos cinqüenta e bem poderia fazer parte de algum dos primeiros discos de Elvis Presley, Gene Vincent ou Eddie Cochran. Doctor Boogie é um grande rock-blues onde as harmônicas comandam a harmonia e a melodia com primor.

O disco encerra com Whiskey Woman, que começa com uma bela introdução no violão e aos poucos se transforma em mais um grande rock. Agora deixamos o vinil descansar e passamos para o CD para ouvir as bonus tracks.

Nas faixas bônus predominam covers de clássicos do rock, como Shakin’ All Over (Johnny Kidd and The Pirates); That’ll Be the Day (Buddy Holly); Louie Louie (Richard Berry); Walkin’ The Dog (Rufus Thomas); Scratch My Back (Slim Harpo) e Carol (Chuck Berry). Completa o CD o outtake Going Out Theme. Falando em covers, durante a sua carreira os Flamin’ Groovies fizeram diversas regravações, como Let It Rock; Almost Grown e Sweet Little Rock’n’Roller (Chuck Berry); Hey Hey Hey Hey (Little Richard); I’m a Man (Bo Diddley); Baby Please Don’t Go (Big Joe Williams); Slow Down (Larry Williams); Miss Amanda Jones e Blue Turns To Grey (Rolling Stones); I Can’t Explain (The Who); Something Else (Eddie Cochran); There’s a Place; Please Please Me e From Me To You (Beatles) e Flyin’ Saucers Rock’n’Roll (Billy Lee Riley).

Poucos meses depois do lançamento de Teenage Head, Roy Loney abandonou a banda e foi substituído por Chris Wilson, que ao lado de Cyril Jordan, iniciou uma mudança gradual na sonoridade dos Flamin’ Groovies, tornando-os mais pop sem perder a veia roqueira que sempre caracterizou o grupo. Após a entrada de Chris Wilson, a banda mudou-se para Inglaterra.

Continuaram lançando bons discos até 1979, ano da dissolução da banda. os anos oitenta, Cyril Jordan e George Alexander retomaram as atividades dos Flamin’ Groovies com novos integrantes, voltando a se separar em 1992.

Os Flamin’ Groovies voltaram a reunir-se para uma apresentação no Azkena Festival em Mendizabala, em Espanha, em 11 de Setembro de 2004.

Em 2005, Cyril Jordan formou uma nova banda, The Magic Christian – mesmo nome de um ótimo filme de humor negro de 1969 estrelado por Peter Sellers e Ringo Starr. Roy Loney e o ex-baterista dos Flamin’ Groovies, Danny Mihm, formaram a banda The Phantom Movers, além de participarem de gravações com a banda Young Fresh Fellows. Em 2008, Roy Loney e Cyril Jordan se reuniram para uma pequena turnê, com músicos das bandas The A-Bones e Yo La Tengo como banda de apoio.

Continuo a perguntar-me por é que eu nunca tinha ouvido os Flamin’ Groovies antes, mas como diz o provérbio: “Mais vale tarde, do que nunca”.

Fonte: Arménios - Por: Maurício Rigotto

Maurício Rigotto, o Morto, foi um dos primeiros kolunistas d’Os Armênios, em 2006. Um dos maiores coleccionadores de discos de Rock do norte gaúcho, o escritor e DJ é também um grande especialista em cinema e literatura. Foi integrante do power trio Aliás Comemos, o mais underground do sul do Brasil nos anos 1990.Hoje, mantém um blog pessoal, além da coluna “Todas as Notas” no caderno Blitz, do jornal Diário da Manhã. É também colaborador do site Collector´s Room.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

The Who na estrada com Quadrophenia ?!

Pete Townshend anunciou nesta quarta-feira que vai ressuscitar os Who com Roger Daltrey e realizarem uma turnê centrada na rock ópera de sua autoria, "Quadrophenia" no ano que vem. As informações são do jornal britânico "The Guardian".

"Tenho 66 anos de idade, não tenho uma audição perfeita, e se eu ouvir música muito alta, fico com um zunido enorme nos meus ouvidos. Mas não ficamos todos?", perguntou Townshend.

Há quatro meses, Townshend e Daltrey tocaram juntos no Royal Albert Hall, mas, apesar do sucesso, o problema de audição de Townshend colocou o futuro da parceria em risco.

"Se a minha audição fôr um problema, não vamos adiar shows, vamos acabar", disse o guitarrista.

Algum tempo depois, Daltrey anunciou que faria turnê do disco "Tommy" sem Townshend.

No começo desse mês, Daltrey disse ao "Daily Mail" que "Pete está quase surdo".

"Minha audição está melhor do que nunca", foi a resposta de Townshend no seu blog.

No ano que vem, completam-se 10 anos da morte do baixista dos Who, John Entwistle.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Neto de Bob Dylan, optou pelo rap.


Pablo Dylan, neto de Bob Dylan, entrou no negócio do avô. Numa entrevista ao site AllHipHop, Pablo de 15 anos falou sobre o nascimento da sua carreira de rapper e o legado de seu avô.

"Meu avô, é o Jay-Z de sua época. Definitivamente tem um legado no qual muitas pessoas se inspiram", diz Pablo. "Tem uma opinião forte sobre minha música e eu o amo até a morte."

Apesar de se inspirar mais em rappers como Eminem, o jovem Dylan diz que a música do seu avô também teve forte impacto nele.

"É claro que fazemos duas coisas diferentes, e eu não quero que as pessoas me vejam pelo que ele fez. Mas, o que eu tenho feito, de um ponto de vista musical e pessoal, é definitivamente influenciado por ele", afirma Pablo. "Todas as pessoas com quem convivo, influencia-me, e eu aprendi muito com ele apenas por ouvir os seus discos. Mas espero que a sua música continue viva através do que eu fizer pelo resto da minha vida."

Pablo Dylan, acabou de lançar a primeira mixtape, 10 Minutes, que podem fazer o download clicando aqui .

Ouçam um pouco das habilidades e da rima do jovem Dylan aqui abaixo,neste clip do tema "Top of the World"

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Al Pacino - Untitled Phil Spector Biopic.

Na noite de 02 de fevereiro de 2003, Phil Spector, produtor musical que tem no seu currículo trabalhos com os Beatles e os Rolling Stones, além de ter produzido diversas bandas sonoras em vários filmes, entrou no House of Blues para mais uma noite em Los Angeles.

A recepcionista, Lana Clarkson, uma loira de 40 anos, era mais uma actriz frustrada. Já tinha feito trabalhos para a TV e uma "ponta" em Scarface (1983), mas ainda sonhava com a fama.

Os dois deixaram juntos o local rumo a casa de Spector. Depois de algumas bebidas e uma discussão, Phil Spector, terá alvejado Lana Clarkson, na varanda da mansão, com um tiro na boca.

Spector foi indiciado por homicídio em Setembro de 2004, mas ficou em liberdade depois de pagar uma fiança de U$S 1 milhão. Em 2009, um novo julgamento, arrastado por cinco meses e 27 horas de deliberação dos jurados, condenou-o, a 19 anos de prisão.

Enquanto a defesa tentava provar que Lana se tinha suicidado, a promotoria montava o retrato de Spector como alguém que gostava de misturar bebida, com armas de fogo e bater em mulheres.

É esta a história que o director David Mamet está recriando para a TV, com Al Pacino na pele do produtor. O filme ainda leva o título provisório de Untitled Phil Spector Biopic e deve centrar-se na relação de Spector, já na cadeia, com os seus advogados.

No ano passado, Pacino foi premiado por outro filme feito para a TV, onde viveu um polémico médico que ajudava seus pacientes com a eutanásia, em You don’t know Jack.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Fotos dos Beatles vendidas por 360 mil dólares em leilão

NOVA YORK, USA — Fotos inéditas da primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos, em 1964, foram arrematadas nesta quarta-feira por uma soma total de 360 mil dólares na Christie's de Nova York.

As 46 fotos em preto e branco tiradas pelo fotógrafo Mike Mitchell quando tinha apenas 18 anos receberam exactamente 361.938 dólares, segundo a Christie's, que avaliava o material em cerca de 100 mil dólares.

O leilão, chamado de "The Beatles iluminados: obras descobertas de Mike Mitchell", foi realizado no Rockefeller Plaza.

A fotografia mais concorrida, que mostra os Beatles de costas com as suas silhuetas marcadas pela luz ao fundo, obteve 68.500 dólares, superando em muito a previsão de 3 mil dólares.

As fotos de Mitchell captam o momento exacto da explosão da "Beatlemania" nos Estados Unidos, que teve seu primeiro show em 11 de Fevereiro de 1964, no Washington Coliseum.

"O concerto no Washington Coliseum faz parte de um momento de definição na carreira dos Beatles e permanece como um acontecimento importante de sua história, e Mike Mitchell estava lá para o capturar", destacou a Christie's.

A emoção dos fãs pode ser vista nesta colecção de fotografias, entre as quais ficou registada a chegada dos Fab Four à estação de comboios e á conferência de imprensa que antecedeu o histórico concerto.

O jovem fotógrafo fez ainda várias fotos quando John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison deram um concerto em Baltimore (Maryland) a 13 de Setembro de 1964.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Paul McCartney - The Love We Make

LOS ANGELES (Reuters) - Um documentário sobre as experiências de Paul McCartney em Nova York imediatamente depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001 vai estrear por ocasião do décimo aniversário do ataque, disse o canal de TV, norte-americano Showtime nesta terça-feira.

"The Love We Make" narra a jornada pessoal do ex-Beatle pela devastada Nova York em 2001, e os preparativos para um show beneficente que aconteceu seis semanas depois do atentado.

Na manhã de 11 de Setembro de 2001, McCartney estava dentro de um avião que tevea sua descolagem abortada em Nova York por causa do ataque com jactos comerciais sequestrados contra as torres gémeas do World Trade Center. Quando voltou a Nova York, Paul, ajudou a organizar o show intitulado "Concerto para a Cidade de Nova York."

O filme, a branco e preto, contém cenas de McCartney ensaiando para o show, conversando com nova-iorquinos nas ruas e encontrando-se, nos bastidores, com David Bowie, Mick Jagger, Bill Clinton, Leonardo DiCaprio e outros.

"Houve tanto sofrimento resultante do 11 de Setembro que é difícil imaginar como seria possível trazer alívio para aqueles que foram atingidos pelo ataque, e honrar aqueles bombeiros, policias e equipes de resgate que perderam as suas vidas na sua heróica tentativa de ajudar os outros. Mas Paul tinha a resposta: a música e um filme que contassem toda a história", disse o director do documentário, Albert Maysles.

"The Love We Make", título que evoca a canção "The End", gravada pelos Beatles em 1969, será exibido a 10 de Setembro pelo canal Showtime. Será um dos vários especiais de TV e livros lançados por ocasião do décimo aniversário do atentado.

Maysles é um dos documentaristas pioneiros dos Estados Unidos, e faz filmes de não-ficção desde a década de 1960 -- o que inclui "Gimme Shelter", sobre a tournê dos Rolling Stones em 1969, e "Grey Gardens", de 1975, que foi ainda adaptado para uma peça da Broadway e filme de ficção. Seu irmão e parceiro David Maysles morreu em 1987.

(Reportagem de Jill Serjeant)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Boogie 4 Stu, em vinil.



Talvez nem todos saibam, mas os Rolling Stones tinham um pianista que foi um dos fundadores da banda, e que na época de lançamento comercial desta, foi "afastado", da linha da frente por Andrew Loog Oldham, manager do grupo. Enquanto esteve vivo ( faleceu em 1985), Ian Stewart tocou em TODOS os discos do grupo (menos no Beggars Banquet, de 1968).

Apesar de Nicky Hopkins e Billy Preston terem participações especiais em algumas gravações, o “sexto Stone” era Stewart. Ele esteve lá desde os primórdios (em 1962) e nunca foi um membro “oficial” por pura canalhice.

Mas apesar de não aparecer nas capas dos discos, Ian Stewart, toca em mais álbuns do que Brian Jones, Mick Taylor ou Ronnie Wood, e ele era de facto um Rolling Stone.

Ian Stewart ainda tocou piano em Drinking Muddy Water, um blues-rock dos Yardbirds, e também em Rock’n'Roll (sem ser creditado) e Boogie With Stu, ambas do Led Zeppelin.

Esse herói obscuro do rock, teve este ano um, mais do que digno, tributo. Organizado pelo amigo e também pianista Ben Waters, Boogie 4 Stu reuniu nomes como Jools Holland, PJ Harvey e todos os Rolling Stones, incluindo o baixista Bill Wyman (Mick Taylor não participou das gravações mas tocou no show de lançamento do tributo). Lançado em CD, o disco-homenagem conta com capa de sir Peter Blake (que também fez a capa de um tal Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band).

O detalhe é que, apesar de ser facilmente encontrado em CD, Boogie 4 Stu acaba de ser lançado numa edição limitadíssima em vinil. O lançamento é oficial e foi prensado no Japão com altíssima qualidade. São apenas 300 exemplares! O LP é duplo, tem capa gatefold (dupla) e vem com um livreto de 8 páginas. Se não bastasse, as duas faixas bônus exclusivas do CD japonês estão presentes na versão em vinil: são gravações ao vivo inéditas do Rocket 88, a banda de Ian Stewart.

Para sorte dos fãs ocidentais, o vendedor autorizado, disponibilizou algumas (poucas) cópias do disco também no Ebay.

Confiram a lista completa das faixas dos discos:

  • Lado A

1 – Boogie Woogie Stomp
2 – Rooming House Boogie
3 – Worried Life Blues
4 – Boogie For Stu

  • Lado B

1 – Make Me A Pallet On Your Floor
2 – Midnight Blues
3 – Lonely Avenue
4 – Watchin’ The River Flow (composição de Bob Dylan)

  • Lado C

1 – Roll ‘Em Pete
2 – Suitcase Blues
3 – Bring It On Home To Me (Rocket 88)

  • Lado D

1 – Kidney Stew
2 – Chicago Calling (Rocket 88)

Fonte: Stones Planet Brazil