Começou a aprender inglês apenas aos seis anos de idade, estudou em escolas católicas e públicas locais e, como jogava futebol americano muito bem, obteve uma bolsa para a Universidade de Columbia, em Nova York.
Nesta cidade conheceu Neal Cassady, Allen Ginsberg e William S. Burroughs.
Deixou a faculdade no segundo ano, depois de forte discussão, com o técnico de futebol, indo morar com uma ex-namorada, Edie Parker, tendo nessa época entrado para a Marinha Mercante em 1942 – dando início às jornadas infindáveis que se estenderiam por boa parte de sua vida.
Em 1943 alistou-se na Marinha, de onde foi dispensado por razões psiquiátricas. Entre uma e outra viagem, voltava para Nova York e escrevia o seu primeiro romance, The Town and the City, publicado em 1950, sob o nome de John Kerouac. Este primeiro trabalho era fortemente influenciado pelo estilo do escritor norte-americano Thomas Wolfe e foi bem recebido.
Em Abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser On the Road.
Kerouac escrevia em prosa espontânea, como ele chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. O manuscrito foi rejeitado por diversos editores.
Em 1954, começou a interessar-se por budismo e, em 1957, On the Road foi finalmente publicado, após inúmeras alterações exigidas pelos editores. O livro, de inspiração autobiográfica, descreve as viagens através dos Estados Unidos e México de Sal Paradise e Dean Moriarty. On the Road exemplificou para o mundo aquilo que ficou conhecido como a "geração beat" e fez com que Kerouac se transformasse num dos mais controversos e famosos escritores de seu tempo – embora em vida tenha tido mais sucesso entre o público do que da crítica e rejeitou sempre o título de “pai da beat generation”.
A partir daí, Kerouac tendeu politicamente, à direita: passando a criticar os hippies e apoiou a guerra do Vietname.
Publicou ainda Big sur e Doctor Sax, em 1962, Visions of Gerard, em 1963, e Vanity of Duluoz,em 1968, entre outros.
Visions of Cody, é considerado por muitos o melhor e o mais radical livro do autor, e só foi publicado integralmente em 1972.
Morreu em St. Petersburg, Flórida, em 1969, aos 47 anos, de cirrose hepática. Morava, então, com sua mãe e sua mulher, Stela.
Escreveu ao todo vinte livros de prosa, e 18 de ensaios, cartas e poesia.
Fomt LePM Pocket
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