“É melhor do que ir a uma aula”, disse Paul McCartney sorrindo enquanto subia para o palco, aonde fez uma apresentação-surpresa, no auditório de uma escola de artes em Astoria, no Queens, USA, na última quarta-feira, 9 de Outubro. Os 400
alunos amontoados no auditório da "Frank Sinatra School for the Arts" deram a sua total comcordância, e encheram a sala.
McCartney e a sua banda tocaram 13 músicas, incluindo três faixas do novo disco, dele, New,
e vários clássicos dos Beatles e dos Wings – tocando sempre
com o mesmo inesgotável entusiasmo levado às arenas e estádios na tournê Out There deste ano.
Tony Bennett, que nasceu em Astoria e fundou a escola em
2001, compareceu ao evento, assim como a esposa de McCartney, Nancy
Shevell, comemorando o segundo aniversário do casamento com Macca (um
dia de muitas lembranças marcantes: também seria o aniversário de 73
anos de John Lennon).
O show foi filmado pelo iHeartRadio e será postado
online no Yahoo! hoje, 14 de Outubro.
McCartney subiu ao palco depois das 14h, começando com “Eight
Days a Week” – e pouco importou o facto de a maioria do público ter
nascido 30 anos ou mais depois do lançamento da música. Continuou
por mais 90 minutos, com pausas curtas para responder a perguntas da sua
plateia estudantil e de Jim Kerr, antigo DJ de rádio de Nova York. Como
sempre, McCartney parecia genuinamente feliz por estar no palco,
ovacionado pela multidão.
“Eu poderia estar em casa a vêr televisão
agora”, afirmou num dado momento. “Mas prefiro estar aqui.”
Paul estava visivelmente divertido enquanto falava com os
estudantes.
“Como está?”, perguntou um aluno do último ano.
“Groovy!”, respondeu McCartney. Os jovens aspirantes a artistas estavam
mais interessados em ouvir sobre a juventude de McCartney como músico.
“Quando eu comecei, tinha muito medo de errar no palco”, contou depois de uma menina perguntar qual teria sido a maior lição que ele
aprendeu logo no início.
“Mas então percebi que as pessoas não ligam.
Eles até gostam!”
“Como é que consegue criar tantas melodias memoráveis?”,
perguntou Kerr posteriormente. McCartney fez uma pausa.
“Hum...para ser sincero, não sei. Obrigado pelo elogio, mas eu realmente não penso
no que eu faço. Eu simplesmente amo o que eu faço.”
Isso ficou óbvio assistindo á sua actuação. McCartney passou do baixo
Hofner para dois violões acústicos, e ainda para o piano, cantando com
alma o tempo todo. Depois de fechar com a emocionante “Hey Jude” e fazer
uma reverência junto a sua banda, parecia quase relutante na hora
de sair do palco. McCartney fez um rápido sinal de “paz e amor” para a
multidão, e os estudantes, ao deixarem o auditório, iniciaram um coro
infinito de "na-na-na-na", que ecoou pelos corredores da escola.
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