sábado, 1 de outubro de 2011

Os Beatles, não actuavam para plateias segregadas

Uma lista de exigências feita pelos Beatles em 1965 para realizar um show nos Estados Unidos incluiu a recusa da banda em tocar diante de uma plateia em que brancos e negros estivessem segregados.

A lista de exigências formulada pela banda deverá ir a leilão na cidade americana de Los Angeles no próximo dia 20 de Setembro e a expectativa é de que o documento alcance um um valor próximo dos 5 mil dólares.

O contrato que especifica as exigências do lendário grupo de Liverpool mostra que os Beatles tinham um posicionamento claro em relação à política racial discriminatória em vigor nos Estados Unidos, num momento em que o movimento de direitos civis comandado por Martin Luther King começava a ganhar força.

No ano anterior, Luther King recebera o Prêmio Nobel da Paz pela sua campanha pacífica de desobediência civil contra a política segregacionista ainda em vigor em boa parte dos Estados Unidos.

O documento com as pré-condições para tocar no Cow Palace, em Daly City, no Estado americano da Califórnia, mostra ainda uma humildade que destoa das listas de exigências feitas pelos artistas actualmente.

O documento, assinado pelo empresário do grupo, Brian Epstein, diz que a banda não iria tocar diante de ''uma plateia segregada'' e solicita um camarim contendo ''quatro camas portáteis, espelhos, um recipiente para para guardar gelo, uma televisão portátil e toalhas limpas''.

O grupo faz ainda um prosaico pedido por ''eletricidade e água''.

As únicas exigências mais elaboradas foram pedidos de que ''150 policiais uniformizados forneçam proteção'' à banda e a solicitação de ''um palco especial para a bateria de Ringo (Starr)''.

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