quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Magic Dragon, levou a Mary...

Mary Travers, cantora que se tornou famosa como sendo um terço do trio Peter, Paul and Mary, morreu na passada quarta feira, 16 de Setembro de 2009, aos 72 anos, no hospital Danbury, no estado americano de Connecticut.
A notícia da morte foi divulgada pela porta-voz do grupo, Heather Lylis. A cantora lutava havia anos contra a leucemia.
Junto a Peter Yarrow e Noel Paul Stookey, Mary formou, no início dos anos 1960, o trio que se tornaria conhecido pelo activismo político,dentro e fora do palco, e por apoiar, nas canções que gravava, as questões mais candentes de seu tempo. A versão do trio para a música "If I Had a Hammer", de Pete Seeger, gravada em 1963, tornou-se num hino pela igualdade racial nos Estados Unidos. A canção chegou a ser recuperada no ano passado durante a eleição de Barack Obama. Outros sucessos do grupo incluem Lemon Tree, Puff (The Magic Dragon), Leaving on a Jet Plane.
Nomes de destaque do resgate americano do folk nos anos 1960, Peter, Paul and Mary foram intérpretes frequentes de outra estrela do mesmo movimento, um então jovem compositor: Bob Dylan. A versão do trio para "Blowin' in the Wind", gravada em 1964, tornou a música num sucesso de audiência mundial, e alcançou o topo das listas dos discos mais vendidos na época, ajudando a transformar a enigmática canção num hino pacifista dos anos 60.
O engajamento político do grupo estendia-se para além dos palcos: protestaram activamente contra a Guerra do Vietnãme e a favor das liberdades civicas.
Nascida em Louisville, no Kentucky, USA, em 1936, Mary Allin Travers mudou-se ainda adolescente para Nova York para cursar a renomeada, Little Red School, da qual foi expulsa.
Passado algum tempo, trabalhando como cantora, Mary juntou-se a Peter e Paul em 1961.
O grupo começou por ser empresariado por Albert Grossman, também responsável pela carreira de BobDylan.
O trio desfez-se em 1970, afectado, irónicamente, pela guinada provocada pelo próprio Dylan ao utilizar a guitarra eléctrica no conservador cenário da folk.
Mary prosseguiu em carreira solo e gravou cinco álbuns. O grupo retomou suas actividades em 1978 e continuou a fazer espéctaculos, até há cerca de dois anos, altura em que Mary, adoeceu, tendo-lhe sido diagnosticado, uma leucemia, da qual viria a falecer.


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