quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os melhores discos de estreia, segundo o NME!

O respeitado jornal/site britânico, NME, uma das referências da imprensa musical mundial, divulgou uma lista dos melhores discos de estreia dos últimos cinquenta anos. Sem ordem de importância, ele seleccionou um disco por ano, de 1960 a 2009. Como sempre, vai avisando para aqueles que discordam (e que são muitos) ou têm suas próprias preferências, que entrem no site e votem nos seus favoritos. De toda forma, segue aqui a lista oficial.

Anos 60


  • Joan Baez - Joan Baez (1960): Uma grande definição para a década que se iniciava, o folk mostrava que a música era um veículo para as novas ideias e opiniões.
  • The Shadows - The Shadows (1961): A fúria dos instrumentos dava um recado para os novos tempos e o guitarrsita Hank Marvin inaugurava um estilo que mostrava porque é que a guitarra seria o grande ícone do rock.
  • Bob Dylan - Bob Dylan (1962): Ele ainda não mostrava plenamente que seria o maior poeta do rock, mas algo de prometedor estava presente do começo ao fim deste disco.
  • The Beatles - Please Please Me (1963): Gravado em apenas um dia, representava toda energia que esta banda tinha a oferecer; uma paulada nos ouvidos do mundo, e o início de uma revolução.
  • Dusty Springfield – A Girl Called Dusty (1964): Na década das revoluções, uma artista que provou como as mulheres deveriam se comportar a partir de então; o fim do conformismo.
  • The Who - My Generation (1965): Se os Beatles tinham as canções, os Stones a atitude, o The Who tinha a fúria explícita neste som, que trazia para o disco todo o sonho elaborado nas garagens, pelos jovens que só tinham a música como saída.
  • The Mothers Of Invention - Freak Out! - The Mothers of Invention (1966): A sátira, inteligência, competência e virtuosidade musical, Zappa trazia intelectualidade na sua música para o mundo pop e não é a toa que pode ser considerado o ancestral do “college rock”.
  • The Velvet Underground - The Velvet Underground & Nico (1967): Um dos discos de estreia mais ignorados e posteriormente "cultuados" de todos os tempos. Outra prova da junção de rock e arte. Além de revelar Lou Reed.
  • The Band - Music From Big Pink (1968): A banda de apoio de Bob Dylan mostrou o seu talento e a faixa “The Weight” virou um ícone do rock urbano americano.
  • The Stooges - The Stooges (1969): Para muitos, o primeiro álbum punk da história. Três músicas do disco: “Real Cool Time”, “Not Right” e “Little Doll”, foram escritas na véspera da gravação do disco, só para completar o repertório.

Anos 70


  • Black Sabbath - Black Sabbath (1970): O disco que, provávelmente, inventou o heavy metal.
  • Thin Lizzy - Thin Lizzy (1971): Disco que mostrava outros caminhos para o rock e revelava o talento idiossincrático de Phil Lynott.
  • Neu! - Neu! (1972): Este o disco, que inventou o Motorik (termo criado pelos jornalistas alemães para descrever a batida utilizada pelas bandas de Krautrock da Alemanha nos anos 60 e 70), rivaliza com a estreia do Velvet Underground como disco mais citado e menos vendido de todos os tempos.
  • New York Dolls - New York Dolls (1973): O disco favorito de Morrissey mostrava o glitter, glam rock, de Nova Iorque; o baile de carnaval do rock.
  • Brian Eno - Here Come the Warm Jets (1974): Revelou por que Eno seria um dos maiores produtores do mundo; criou um disco de avant-garde glam art-pop como se fosse algo natural.
  • Patti Smith - Horses (1975): Mais poeta do que intérprete, Patti Smith intelectualizou o punk e tornou-se um ícone feminino do rock'n'roll.
  • Ramones - Ramones (1976): Rock rápido, objectivo e directo. Mostraram novamente a fórmula básica.
  • Sex Pistols - Never Mind The Bollocks (1977): Um divisor de águas; nunca o marketing foi tão verdadeiro.
  • Devo -Q: Are We Not Men? A: We Are Devo! (1978): Criou uma linguagem própria; ainda soa moderno após 30 anos.
  • Joy Division -Unknown Pleasures (1979): Apesar de filmes, livros e colectâneas que tentam contar a história desta banda mítica, a reposta já estava neste disco.

Anos 80


  • Killing Joke -Killing Joke (1980): Enquanto Blondie e The Jam levavam o punk em direcção ao pop, os "Killing Joke" fzeram o contrário, levando o punk ao sector industrial, tornando-se fonte de inspiração para grupos diversos, de Nirvana ao Metallica.
  • Depeche Mode -Speak and Spell (1981): Pop com sabor novo e obscuro.
  • ABC - Lexicon Of Love (1982): A fórmula do POP bem conseguida.
  • REM - Murmur (1983): Disco que seria a estrutura para o “indie rock”. Nunca o simples foi tão sofisticado!
  • The Smiths - The Smiths (1984): O melhor pop star britânico desde Bowie e a melhor dupla de compositores desde os Beatles.
  • The Jesus and Mary Chain - Psychocandy (1985): Resultado da mistura, num liquidificador: The Velvet Underground, Phil Spector, The Ramones e The Shangri-Las, servidos com o modernismo indie britânico.
  • Beastie Boys - Licensed To Ill (1986): Colisão entre o hip-hop e o punk, feito por três nova-iorquinos niilistas.
  • Guns N' Roses - Appetite for Destruction (1987): Axl Rose trazia o rock de volta, em verso e “pose”.
  • My Bloody Valentine - Isn't Anything (1988): Ruído com compromisso: criou o rock “shoegaze”.
  • The Stone Roses -The Stone Roses (1989): Mostrou ser possível unir rock, dança e atitude independente; virou referência para o que viria daí para frente.

Anos 90


  • The La's - The La's (1990): Lee Mavers mostrou que o revisionismo dos anos 60 era o caminho do futuro.
  • Massive Attack - Massive Attack - Blue Lines (1991): A Banda Sonora da madrugada.
  • Manic Street Preachers - Generation Terrorists (1992): Resumo do pop britânico de todos os tempos, unindo elementos do rock desde os anos 50, misturados com raiva e brilhantismo.
  • Suede - Suede (1993): Sedutor, sexy e jovem, um pilar do britpop dos anos 90.
  • Oasis - Definitely Maybe (1994): Um disco definitivo…
  • Elastica - Elastica (1995): Tão intenso, que o próximo disco só sairia 4 anos depois...
  • Super Furry Animals - Fuzzy Logic (1996): Obra única, que soou diferente de tudo da época.
  • Roni Size & Reprazent - New Forms (1997): Popularizou o drum’n’bass, mas não por muito tempo.
  • Lauryn Hill - Miseducation Of Lauryn Hill (1998): Reinvenção do “soul” moderno, com pitadas de R & B, hip-hop e ainda de Sly Stone e The Doors.
  • Eminem -The Slim Shady LP (1999): Único branco capaz de fazer um Rap respeitado pelos negros.

Anos 2000


  • Coldplay - Parachutes (2000): Mostra como uma banda nova se pode tornar pop e ainda conseguir ser original.
  • The Strokes - Is This It (2001): Resgatado o rock an roll, fez o CD lembrar o vinil.
  • The Libertines - Up the Bracket (2002): Trouxe o Rock and Roll de volta à Grã Bretanha, em música e atitude.
  • Dizzee Rascal - Boy in Da Corner (2003): Este rapper, compositor e produtor musical britânico saiu do undergound para o estrelato, com um disco de estreia escolhido por muitos como o melhor do ano.
  • Kanye West - The College Dropout (2004): Este é um rapper, cantor e produtor musical americano, nascido em Chicago, ficou famoso no início de sua carreira como produtor da Roc-A-Fella Records e mostrou que, nem sempre, “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”.
  • Arcade Fire - Funeral (2005): A tristeza soando de forma eufórica.
  • Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am... (2006): Numa época em que as vendas de disco começavam a cair, tornou-se o disco de estréia mais vendido do Reino Unido de todos os tempos. A energia contida explicava o porquê disto.
  • Klaxons - Myths Of the Near Future (2007): Responsáveis por conceituar o “punk new rave”.
  • Crystal Castles - Crystal Castles (2008): Uma dupla de canadianos que soube misturar tudo, mostrando que vale mais o uso que a posse.
  • The XX - XX (2009): 'XX' é um daqueles raros álbuns de estreia que soa como o trabalho de uma banda no auge da criação.

Sem comentários: