sábado, 31 de janeiro de 2009
Coachela Festival USA, 2009
Afinal,sempre se realizou o Roof Show
Liderado pelo músico Yuri Pool, uma banda canadiana "cover" dos Beatles recriou o último show dos Fab Four, tocando no telhado de um prédio na cidade de Londres - em Ontário, no Canadá. YESSSSS.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Ashford e Simpson,The Real Thing
O CD,The Real Thing,contém 16,Greatest Hits,em 65 minutos, de actuação ao vivo,bem como um link,dando hipóteses de se baixar da net,ringtones,audio e video streams, links para comprar Cds e toda a memorabilia do duo.
The Real Thing,DVD e Blu Ray,contém,mais de 90 minutos,de actuações ao vivo de 18 temas do reportório do duo,filmado em HD,com sarround e digital,sound. Parece-me bem.
Bob "Forever Young" Dylan
Bob Dylan,e o Will.i.m, front man dos Black Eyed Peas.Tal e qual.O Dylan, vai sacar três milhões de dólares,por minuto,pagos pela Pepsi,já que de um jingle publicitário se tarata.
Aquilo deve estar mal, lá na conta bancária do Bob, pois, pela primeira vez, o cota, autorizou o uso do seu,“Blowin’ in the Wind”,num spot publicitário, no Reino Unido, para um anuncio da Co-operative Group, e agora vai numa de patrocinar a tal de Pepsi.
Super Bowl é o nome conhecido como o jogo final da liga de Futebol Americano (NFL) nos Estados Unidos. Disputada desde 1967, a partir da junção das duas principais ligas do desporto no país (NFL e AFL), é o maior evento desportivo e a maior audiência televisiva do país, assistido anualmente por milhões de pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo.
MusiCares 2009
Anunciados estão: multi nomeada Adele,quatro vezes vencedores e sete vezes nomeados, Coldply, seis vezes vencedores dos Grammy,FooFighters,o nomeado Josh Groban,o vencedor de um Grammy Raul Malo, três vezes vencedor Tim McGraw, e muitos outros.
Haverá também um leilão "on line", aonde serão leiloados alguns objectos doados por artistas que já foram nomeados, ou que ganharam o Grammy. Entre esses objectos,está uma guitarra de Eric Clapton assinada por este, uma harmónica de boca assinada e que já foi soprada diversas vezes pelos lábios de Bob Dylan, uma fotografia assinada, da Janis Joplin e outros objectos.
Se estiver curioso, clique aqui e leia mais sobre esta matéria..
Os Lennon, juntos ?!..Talvez não.
"Quando é que a Fox e Roger Friedman,(fontes da noticia) falam verdade ?"
O "frisson" causado pela noticia da Fox, e a irritação de Julian,deve-se sobretudo ao passado, ao facto de que as relações entre os Lennon, filhos e mãezinhas, não tem sido das mais pacificas. Ora vejamos.
Após o assassinato de John Lennon, em 1980, os Lennon, zangaram-se, e têem vivido um pouco de costas voltadas. Tudo, porque a mamã de Sean, Yoko Ono, não deu á mamã de Julian, Cynthia Powell, o que ela achava ter direito, do espólio de John. Feio, mas acontece nas melhores famílias.
Ironicamente, não podem ser mais parecidos. Gentis, amistosos, e com algum talento, digo eu. Julian, conseguiu alguns hits, quando tinha os seus vinte anos, com "Valotte" e "Too Late For Goodbyes", entre 1984-85.
Sean, lançou um par de álbums Indie (Independentes), e um outro pela Capitol, a editora de seu pai John.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Como cantar, 36 Musicas, só com 4 acordes
No essencial, está muito bem observado. Oiçam.
O Cócas está de volta
O BOOM! Studios contratou Roger Langridge (Fred the Clown, Fing Fang Four) para escrever e desenhar uma nova revista mensal trazendo novas aventuras do Cócas, Gonzo, Miss Piggy e companhia.
"Fui chamado para escrever uma história dos Muppets para a extinta revista Disney Adventures”, conta Langridge.
“Fiz umas 15 páginas com o meu humor meio vaudeville meio Monty Python, mas só usaram uma até a revista ser cancelada. Achei que o assunto tivesse morrido aí, mas alguns meses depois o pessoal da Disney e do BOOM!, viu o meu trabalho e as coisas recomeçaram a acontecer.”
Como todo fã, o novo autor tem os seus preferidos na trupe.
“Meu Muppet favorito na criação de roteiros é o Gonzo, embora eu esteja a escrever uma divertidíssima edição com a Piggy em destaque”, explica Langridge. “Mas os personagens têm várias camadas, como uma cebola. A ansiedade do Fozzie diverte-me bastante – eu gosto de todos eles!O meu favorito quando estou desenhando é o Fozzie. Statler e Waldorf são muito divertidos também. A Piggy é a mais complicada, porque ela precisa ser desenhada certinho ou a semelhança se perde. Muitos dos outros permitem um pouco de flexibilidade.”
Questionado sobre uma das marcas registadas do lendário programa de TV, Langridge diz:
“Claro que eu adoraria ter astros convidados – talvez personalidades históricas, para evitar problemas com direitos de imagem. Nas primeiras quatro edições, entretanto, o foco estará todo nos Muppets.”
“Uma coisa é que eles são retro e modernos ao mesmo tempo. Eles têm muitos elementos de ‘família com problemas’ que precedem até os Simpsons, e uma química indefinível entre os personagens; por outro lado, eles estão muito ligados às raízes do showbiz – eles moram num teatro de vaudeville! Grande parte da graça do programa e vê-los lidando com esses problemas para o bem do show. Mas claro que trabalhar com personagens tão famosos tem seus problemas".
“Uma coisa complicada é deixar os roteiros de um jeito que a Disney e eu gostemos. Tenho muitas piadas – aquelas sobre comediantes suicidas, por exemplo – que não se encaixam no mundo dos Muppets, e ainda tenho que resistir à pressão da Disney para incluir muitas cenas com abraços grupais”, brinca o artista.
A nova versão em quadrinhos do Muppet Show chega às bancas e comic shops americanas em Março. O preço de capa é US$ 2,99.
Cream - A História - Parte II
Finalmente, numa cinzenta tarde do mesmo mês de Abril daquele ano, Baker, depois de muitos drinks para esfriar a cabeça e armado da cara mais amável e da maior humildade deste mundo, resolveu vencer o seu orgulho e ir à casa de Bruce.
Janet, a esposa de Bruce, atendeu à porta, e lá estava aquele esquálido e alto cara ruivo de olhos esbugalhados, querendo falar com Jack. A figura era por demais engraçada, quase um espantalho de feições irlandesas! Na hora em que viu Baker, Bruce não pôde acreditar, e a reação de grande surpresa inicial logo foi substituída por suposições cheias de enigmas sobre o que deveria qurer aqule sujeito, que praticamente o expulsara da banda de Graham Bond.
Durante os quase quarenta minutos em que colocaram a sua conversa em dia, Baker e Bruce foram, aos poucos, concordando em guardar os velhos fantasmas dentro do armário, e Baker foi o mais humilde, sincero e simpático individuo que poderia ser. Mais de uma vez pediu desculpas pelas implicâncias do passado e tentou resumir, em poucas palavras, o quão bom poderia ser acompanhar Clapton e partilhar com ele as suas idéias musicas, pois o "kid" era muito bom também e tinha grandes planos para os três. É bom lembrar, afinal, que estar junto com Clapton naqueles dias, como ainda hoje, não era algo para se considerar pouco – afinal, estar com Clapton era estar com Deus!
No fim da conversa, devidamente acompanhada pelo tradicional "five o'clock tea", Bruce marcou um lugar para os três se encontrarem e resolverem tudo, e mais: com os seus instrumentos, para verem se realmente a química rolava. Não é preciso nem dizer que a jam inicial, ocorrida dois dias depois, foi a confirmação de que os três precisavam para saber se eram capazes de dominar o mundo.
Um dos locais preferidos para os ensaios, nesta época, era o pavilhão de basquete de uma velha escola em Willesden, a poucos quilómetros de Londres – a boa acústica do lugar, um antigo prédio praticamente abandonado, ajudava a dar vazão às suas ideias revolucionárias. Bruce trabalhava já em algumas poesias que poderiam servir de letras às composições do grupo, enquanto Clapton exercitava uns riffs no melhor estilo de Buddy Guy, como frontman não declarado da banda. Ele tinha deixado os ensaios dos Bluesbreakers , poucos dias antes, e apesar de uma de suas últimas participações efectivas no grupo ter sido um single em que cantava pela primeira vez, a clássica “Rambling On My Mind”, ele preferiu deixar os vocais da nova banda a cargo de Bruce, mais experiente no assunto. Baker, por sua vez, esmurrava sem dó o seu instrumento, denunciando já ali uma tendência de mostrar serviço e segurar, da melhor forma que pudesse, um som que para todos eles era algo incrivelmente novo de se fazer. Ele mesmo dizia: “A formação de trio requer muito dos músicos que dela participam. Como um baterista desde tipo de banda, eu precisava fazer o máximo que pudesse para preencher todas as lacunas de som, mantendo o ritmo todo o tempo, e traduzir, da melhor forma e com coesão, as ideias que tínhamos.” Foi dele e de Clapton, aliás, a preocupação inicial sobre a idéia de um nome para o grupo. Após a visita de um repórter da Melody Maker, Chris Welch, convidado por Baker para ver o que os três estavam a preparar, Welch avisou a Baker: “Arranjem um bom nome para o grupo e mantenham-me informado. No mês que vem, queremos publicar sobre vocês com exclusividade.” Uma matéria de uma página da Melody Maker de 11 de Junho de 1966 anunciava, com alarde, e sob o título “ERIC, JACK E GINGER JUNTAM-SE!” o que Welch havia visto (e apreciado bastante): “Um sensacional ‘grupo de grupos’(referindo-se ao facto de todos já terem vindo de bandas famosas), estrelando Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker, está sendo formado”. O artigo, que vinha com o propósito de matar a absurda curiosidade que acometia os fãs de Clapton sobre o que o ídolo vinha fazendo na época, ainda dizia que a formação realmente deveria ser a de um trio e que Bruce seria o possível vocalista. A matéria da Melody Maker provocou alarde na Swingin’ London – todos estavam loucos para saber que tipo de som estaria vindo de três super músicos como aqueles. A felicidade só não atingiu os ex-grupos de Clapton e Bruce, que não haviam anunciado formalmente a tais conjuntos que eles estavam debandando. Desnecessário dizer que John Mayall (apesar do seu conhecido liberalismo) e Manfred Mann ficaram bastante desapontados – Mayall, especialmente, por haverem lançado recentemente o LP Blues Breakers: John Mayall with Eric Clapton. O nome do disco dava aos fãs a impressão errônea de que Clapton, dividindo as honras da casa com o líder, ainda estava com o grupo.
Era hard rock puro e descontrolado, como a equipe do jornal Record Mirror se orgulhava de dizer. Na mesma publicação, no entanto, Clapton dava mostras de um certo descontentamento, revelando os planos do grupo para coisas ainda melhores:
“Estávamos um pouco nervosos em Windsor. Ainda vai levar uns dois meses para a gente ficar ‘okay’ mesmo. Já estamos treinando uns bons quatro números, próprios, e alguns clássicos...”.
Os primeiros tempos mostram uma certa confusão no rumo do grupo na sua tentativa de acertar o passo com o seu estilo – inicialmente, não bem resolvido comercialmente.
Primeiro, Clapton tentou direccioná-los para uma linha de rock dadaísta, que estava começando a aparecer na Inglaterra de 1966, com os grupos aderindo a ideias psicodélicas ainda nascentes e ingénuas, como os famosos happenings em shows ao vivo: apresentações pop inusitadas, com a pretensão de mostrar ao público alguma mensagem ou filosofia do grupo, por mais doida que fosse. Iam desde shows dentro de zoológicos até o grupo praticando o famoso “ritual de destruição” dos seus instrumentos ao final do show, um encerramento caótico iniciado por Pete Townshend do The Who, e seguido por bandas durante praticamente todos os anos seguintes da história do rock – vide o Nirvana, em plena aurora grunge.
Poderia haver, ainda, a leitura de poesias e coisas estranhas acontecendo no palco enquanto a banda tocava, como grupos teatrais fazendo mímica – um pouco do clima non sense destes hypes (as tais apresentações pop exóticas) daqueles dias estranhos pode ser visto na seqüência que figura uma apresentação da ex-banda de Clapton, os Yardbirds, agora já com Jeff Beck e Jimmy Page, num clube londrino, no filme clássico de Michelangelo Antonioni, Blow Up , e que hoje se tornou uma referência obrigatória bem mais por este trecho, que retrata com incrível singularidade o espírito louco daqueles tempos, do que por qualquer outra mensagem hermética que tenha a passar.
Pois bem: influenciado pelos novos conceitos da arte pop que despontavam, e que já lhe haviam sido apresentados na Escola de Arte na qual estudara, Clapton pôs na cabeça que as apresentações do Cream deveriam conter elementos inusitados, como perus pintados de rosa soltos no palco enquanto eles tocavam, múltiplas luzes estroboscópicas girando, e até bonecos de plástico e de borracha espalhados pelos cantos – como um insuspeito gorila com a enorme inscrição “Molly” na barriga.
“Tenho que confessar que era algo bem ridículo, mas fazia parte dos conceitos que estávamos experimentando”, disse Clapton posteriormente ao Los Angeles Times, na primeira tournée deles pelos EUA. Gradativamente, as idéias dadaístas e de arte pop foram sendo abandonadas, à medida que o grupo notou que estava se preocupando muito menos com tais badulaques e parafernália do que com a equalização, a qualidade de som e a organização dos seus imensos altifalantes,colunas,Marshall no palco (adquiridas após um contrato de Stigwood com os fabricantes, garantindo publicidade). Somente um grupo de Cambridge, os Pink Floyd, levaria adiante pelos anos seguintes, com sucesso, a conjugação entre música e tais idéias psicodélicas.
O segundo passo em falso (ou incerto) dos Cream foi a sua estreia discográfica.
Como compositores, a equipe já estava bem engendrada: um amigo de Bruce, o poeta Pete Brown, foi trazido para o grupo, para os ajudar a compor material para a banda. O interessante é que Brown era velho conhecido também de Baker, que já o havia acompanhado, anos antes, em recitais de poesia musicados com jazz. Então, Baker e Brown experimentaram compor juntos inicialmente, mas como todas as tentativas de escrever uma música foram infrutíferas, pelo facto de juntos eles invariavelmente caírem na risada lembrando de alguma piada ou fato engraçado, Janet, a esposa de Bruce, dispôs-se a compor com Baker. Este, mais inibido então, começou a trabalhar a sério com ela, e desta parceria saiu “Sweet Wine”, uma dos grandes êxitos do primeiro LP do Cream, "Fresh Cream" lançado em Dezembro de 1966.
Aquela música, um típico tema vaudeville conduzido com leveza ao piano que dava a todos a impressão de que os Cream estavam mais para cabaret band do que grupo de rock, deixou meia Inglaterra com um ponto de interrogação na cabeça. Pouco ou nada tinha do hard rock intenso apresentado em Windsor. Foi Bruce que saiu em defesa do grupo, em declaração concedida na Melody Maker:
“Devo admitir que na verdade queríamos chocar as pessoas, havia um desejo neste sentido”. O choque, entretanto, passou despercebido das tabelas de sucesso: apesar de seu som bluesy extremamente agradável e original, “Wrapping Paper” atingiu a posição 34 nos charts britânicos. Ainda um mês depois, numa aparição do grupo na Rádio BBC, para a apresentação em primeira mão de algumas das músicas que iriam compor o seu álbum de estreia, Clapton foi questionado pelo apresentador do programa, Brian Mathew, acerca do som apresentado no primeiro single. O guitarrista respondeu:
“Eu tenho que admitir que queríamos surpreender os fãs um pouquinho, pois não queríamos que eles nos aceitassem simplesmente como uma blues band. Pretendemos algo mais que isso.” Dadas as palavras divinas, era a hora de apresentar a música – e o Cream emendou com uma versão arrebatadora de “Sweet Wine”, que deixou quem estava ouvindo o programa daquela noite aliviado. O corinho cheio de harmonia pop fresca e contagiante como introdução, a bateria tribal selvagem de Baker, o baixo forte e compressor de Bruce e seus vocais poderosos, o solo hipnótico de Clapton: aquele era o Cream que todos queriam ouvir, e que estaria presente no primeiro álbum.
Na verdade, “Wrapping Paper” representou não só uma dor de cabeça inicial para a banda no seu relacionamento com os fãs e imprensa, como também nos seus relacionamento internos – abalados já antes e no início de sua história devido à notória animosidade entre Bruce e Baker, conflito este que novamente veio à baila pelo facto de “Wrapping Paper” ter sido creditada a “Bruce /Brown”, quando Baker insiste, até hoje, que na verdade esta canção foi escrita por todo o grupo, como uma contribuição conjunta, num ensaio no estúdio. A alegação de Baker e a relutância de Bruce em aceitá-la constituiriam mais um ponto na longa trajectória de discórdias entre ambos, a ter continuidade num futuro bem próximo.O que muitos não compreendem, até hoje, é o carácter bastante comercial que foi dado aos Cream pelos seus próprios membros desde o início do grupo – eram uma banda que, apesar de sua imensa criatividade e brilho, era notavelmente projectada para dar certo, no melhor estilo das pop bands inglesas da época, como Herman’s Hermits ou os Yardbirds após a saída de Clapton. Com todo um mercado pop alavancado com esmero por Beatles, Rolling Stones e, um pouco mais tarde, The Who, todos queriam a sua fatia de sucesso no meio. Especialmente musicos talentosos como Clapton, Bruce e Baker, já cansados do binómio “grande popularidade -pouco dinheiro” previamente alcançado nos circuitos blueseiros. O Rover descapotável de Baker adquirido por ele com o dinheiro ganho por ter contribuído com uma simples música para o lado B do single “Substitute”, dos The Who, fomentava tais expectativas. A simples declaração, bastante sincera, por sinal, de Clapton ao jornal musical Disc & Music Echo, de novembro de 1966, era uma prova gritante disto:
“Nós (o Cream) queremos fazer dinheiro. Tenho trabalhado já há muito tempo por muito pouco e achei que já era hora de fazer algo a respeito para mudar isso”.
Sem dúvida, estavam fazendo. Planeado para dar totalmente certo, o álbum Fresh Cream lançado em 9 de Dezembro de 1966,tornou-se,ao longo dos dias seguintes,num sucesso estrondoso. Resultado de dias inteiros da banda trancada no estúdio, ensaiando, tirando novas ideias e testando novas sonoridades, resultantes das arrojadas inovações técnicas trazidas pela produção de Robert Stigwood (apelidado pelo grupo de “Old Stigbot”), o LP trazia 11 faixas, que davam ao público do rock inglês o que eles queriam: um Cream pesado e dinâmico, psicodélico e bluesy ao mesmo tempo, competentes o suficiente para fazer frente a medalhões da época como a tríade santa do som pop britânico: Beatles, Rolling Stones e The Who.
Fresh Cream foi um sucesso: atingiu a sexta posição nas paradas britânicas, fazendo todos esquecerem o fracasso do primeiro single da banda, e conseguiu chegar ao número 39 nos EUA sem qualquer grande divulgação em território americano, mais na base do “de boca em boca” – nada mal para uma estréia, o que indicava já um proeminente sucesso além do Atlântico.
De Fevereiro a Março de 1967, durante a apoteótica tournée feita pela Europa (datas na Alemanha, Irlanda, Suécia e Dinamarca já contavam com lotações esgotados), os fãs do grupo presenciaram o aperfeiçoamento de uma das suas mais sagradas instituições: as grandes improvisações ao vivo, feitas no palco como uma forma de dar mais espaço aos músicos para as suas habilidades individuais, bem como para compensar a falta de prática ou de interesse em tocar algumas músicas do álbum que não haviam sido bem treinadas para a execução pública. Na verdade, isto já tinha começado logo após o Festival de Windsor, nas primeiras apresentações do grupo, quando descobriram que não detinham repertório grande o suficiente para animar a plateia durante uma hora e meia, ou duas – desta forma, apelaram para os seus vastos conhecimentos musicais, e começaram a emendar as poucas músicas que haviam treinado com longas codas e intermezzos instrumentais variados, tornando uma prática comum em seus shows o casamento da liberdade jazzística com o peso do hard rock. Estavam criando, sem qualquer pretensão ou plano pré-estabelecido, uma espécie de celebração que seria feita por milhares de grupos de rock dali em diante, sempre se espelhando neles. Os admiradores iam à loucura com tamanho ataque sensorial – algumas “viagens” em cima de músicas como “NSU” e “Spoonful” duravam até vinte minutos, dependendo da inspiração que rolasse no momento, formando paredes de som intensas construídas por insistentes camadas de baixo, guitarra e bateria sobrepondo-se, umas às outras!
De volta à Inglaterra, os Cream tinha mais algumas apresentações pela frente, mas os numeros atingidos com as vendas de discos fez com que a Polydor, a sua gravadora, se interessasse sobremaneira em fazê-los embarcare no grande lance da Invasão Britânica, e mexeu os cordelinhos junto a Robert Stigwood para que uma sólida tournée aos EUA fosse planeada.Em poucas semanas, através de contactos com o DJ norte-americano Murray Kaufman, o célebre “Murray the K”, foi organizado um grande evento pop em solo americano, chamado “Música em Quinta Dimensão”, que tinha de tudo para atrair as grandes massas jovens do país, loucas por ácido e som, aos seus concertos, no RKO Theatre, em Nova Iorque. E o melhor: tendo o Cream como carro-chefe, ao lado de outros nomes célebres como os Lovin’ Spoonful e The Who. Começava a era dos grandes festivais, e o Music in Fifth Dimension era mais uma dessas oportunidades de várias bandas facturarem conjuntamente, tocando um set de duas ou três músicas cada uma, e dando ao público a oportunidade de experimentar concertos ecléticos e variados, com diversos artistas. Para os Cream, no entanto, a experiência foi desanimadora, pois a má organização do evento deixou más impressões nos rapazes acerca de sua chegada ao Tio Sam: “Passamos a considerar estes tipos de show uma piada. Primeiro, pelo set apertado, não houve tempo para que Ginger tocasse o seu solo, e quase fomos expulsos do palco pelos organizadores. Depois, disseram-nos que o nosso equipamento não poderia ser trazido, e tivemos que usar o do The Who para fazer o show”, relembra Clapton.
A bem da verdade, a primeira visita do Cream aos EUA serviu mais por três coisas, fundamentais: a mudança de visual, a descoberta de novos equipamentos e sonoridades, e o LP Disraeli Gears.
Haight-Ashbury e o movimento hippie estavam em plena efervescência quando os Cream aterraram em solo americano. A psicodelia, com as suas cores esfuziantes e cabelos longos, havia atingido o seu estágio mais avançado em todo o mundo, mas guardava diferenças geográficas – na Inglaterra, por exemplo, os jovens ligavam-se mais nos fatos tweed e em inspirações vindas dos mods e dândies londrinos, com os seus coletes, camisas de tecidos finos e casacos de veludo - uma tendência que virou febre após Brian Jones, dos Rolling Stones, um dos maiores dândies que o rock já teve, deixar clara a sua preferência por este tipo de roupa. Basta ver o guarda-roupa de gente como Mick Jagger, Roger Daltrey ou de grupos como Status Quo e The Herd naquele ano para verificar o que estava sendo o visual teenager dos britânicos nesta época. As cores e roupas de inspiração indiana, inclusive as batas, ainda demorariam quase um ano para virar sensação. Neste contexto, o hippie americano era bastante diferente: inspirada pelos paraísos artificiais induzidos pelo LSD tomado à luz de muito sol das praias californianas, – que estavam a anos-luz das foggy streets de Londres – a juventude passava a vestir-se de roupas bem mais alegres e vivas, de um colorido psicodélico contagiante e bem a la vonté. Camisas esvoaçantes, lenços à exaustão, tecidos vindos da Índia: a nova moda era introduzida por bandas quentes como Love, Beach Boys e os The Mamas and the Papas. Contagiado pelo que viu (e ouviu), e por todo aquele visual ousado, o pessoal do Cream resolveu embarcar naquela: as cabeleiras de Clapton e Baker, já ficando vastas, deram oportunidade a loucos penteados afro que eles urdiram com a ajuda de cabeleireiros fashion de Nova Iorque e suas permanentes. Bruce, renegando o seu lado “negão”, não quis fazer o mesmo com o seu cabelo, mas tratou de trocar o seu figurino para o que havia de mais moderno e arrojado para a época, no que foi prontamente acompanhado pelos outros. Quando regressou a Londres para a realização de mais algumas datas antes da gravação do novo LP, os Cream já eram a banda com o visual psicodélico clássico que os consagraria – lá se iam as primeiras fotos promocionais do grupo, vestidos com tímidos uniformezinhos de prisioneiros, ou de couro, como pilotos da força aérea britânica.
É Clapton quem conta, em entrevista concedida a um jornalista americano, nos anos 80, o resultado de suas peregrinações pelos estúdios e lojas de equipamentos musicais de Nova Iorque naqueles dias: “O pedal wah-wah utilizado em todas as sessões de gravação de Disraeli Gears comprei-o em Nova Iorque, numa excelente loja de instrumentos musicais que eu achei por lá, a Manny’s. Tinha um som incrível, que dava um efeito impressionante, que eu usei largamente em “Tales of Brave Ulysses”. As inovações técnicas advindas com a estadia do grupo nos EUA fizeram-se refletir, também, no modo de gravar.
Os estúdios da Atlantic, em Nova Iorque, foram escolhidos como novo reduto musical do grupo, e ali foram gravadas as duas primeiras faixas que figurariam no próximo trabalho da banda: “Lawdy Mama” e a emblematicamente psicodélica “Strange Brew”, cantada por Clapton. Quando retornaram à Inglaterra, em 12 de Abril, levaram as fitas daqueles novos sons que fariam gerações delirarem por anos e anos adiante. Para Clapton, então, em nova entrevista à Disc & Echo Music, a experiência de gravar em solo americano tinha se revelado inigualável:
“Os engenheiros de som por lá são inacreditavelmente sábios musicalmente, tanto que até parece que são um outro membro da banda. Eles são magos musicais, e não apenas engenheiros de som.”
Após cumprirem algumas datas em alguns clubes ingleses ansiosos por verem o seu espectáculo de peso e blues, os Cream voltariam aos EUA, eleito o seu novo lar inspirador, onde gravariam as outras faixas de seu histórico segundo álbum, Disraeli Gears, que ainda demoraria uns bons meses para ser lançado – em muito, devido a problemas burocráticos com executivos da gravadora que não estavam achando muito “potencial criativo” nas novas faixas.
O futuro trataria de provar quão erradas estavam aquelas pobres almas. As novas músicas, repletas de influências psicodélicas e cheias de um som cheio e vibrante proporcionado pelos estúdios da Atlantic, que dava maior dimensão à música heavy do grupo, iam sendo geradas, uma a uma, numa explosão de criatividade. Eram dias mágicos nos estúdios aqueles, e agora, junto à “gang” do Cream, estava um novo e precioso elemento: o baixista de ascendência grega Felix Pappalardi, grande amigo da banda desde os seus primeiros shows e uma espécie de roadie que os acompanhava aonde quer que fossem, agora dando também um suporte musical: “Strange Brew”, o novo single programado para lançamento no mês de junho, havia sido composto por ele, sua esposa, Gail Collins, e Eric Clapton.
“Strange Brew” era um blues lisérgico e visceral embalado pela dança envolvente entre a guitarra de Clapton, alçando riffs fenomenais um após o outro, e o baixo de Bruce, conduzidos ritmicamente pela percussão precisa de Baker. Os vocais agudos de Clapton faziam a cama para adiante ele solar à vontade, com grande criatividade, enquanto a cozinha massacrava ao fundo. Um grande sucesso. Mas não menor, talvez, do que o lado B do compacto: a épica “Tales of Brave Ulysses”, até hoje considerada uma das melhores canções do Cream. Era uma balada heavy em tom majestoso, cantada com imponência por Jack Bruce sobre a jornada do célebre personagem da literatura grega, e que dava margem a um dos melhores usos da guitarra wah-wah em uma canção de rock até hoje, emoldurando todo o som da música e conferindo-lhe uma atmosfera toda mágica. Clapton, aliás, preferia esta canção ao lado A do single. Ambas fariam parte do álbum Strange Brew.
Por falar em Clapton, este deu um verdadeiro arroubo de arrogância no regresso dos Cream a Inglaterra em Junho daquele ano, mas não sem razão: na verdade, a sua polémica declaração, que irritou profundamente alguns ingleses mais bairristas, era um murro indirecto no olho da imprensa oportunista:
“É uma grande chatice viver em Inglaterra neste momento. Toda gente, anda obcecado por Jimi Hendrix, e se alguém ousa tocar uma frase diferente ou a mais, na guitarra é logo acusado de estar a copiá-lo!”, declarou um revoltado Clapton à Disc & Music Echo. Clapton respondia a uma crítica feita por Lulu. Comentando o novo single dos Cream, “Strange Brew”, na mesma revista, ela dizia: “Clapton Cabeludo realmente ficou todo Hendrix, não é ?Ele é espectacular, mas tudo o que eu ouço dele, soa-me a Hendrix.”
Bom, era uma visão totalmente distorcida da verdade: qualquer crítico com um mínimo de sensibilidade musical distinguiria muito bem os estilos de tocar guitarra de Clapton e de Hendrix.
O lendário guitarrista Jimi Hendrix havia aportado em Londres no final de 1966, levado pelo ex-baixista dos Animals, Chas Chandler, agora convertido em empresário musical, e estava a fazer o maior sucesso acompanhado da banda que Chandler arranjara para ele, o Experience. Por sinal, eram um trio, o que levantou rumores, posteriormente, sobre a intenção de Chandler de formar um grupo justamente como os Cream, que já eram bastante populares, quando o Jimi Hendrix Experience começou os seus primeiros ensaios. Os dois grupos acabariam formando a linha de frente do então nascente rock pesado: ambos eram atordoantes nas suas apresentações e gravações, apresentavam guitarristas apaixonantes e absurdamente inspirados, e sugeriam um visual “alienígena” e um clima psicodélico que agradava às platéias da época.
A obsessão inglesa pelo Jimi Hendrix Experience, entretanto, acabaria rendendo uma rivalidade saudável entre eles e os Cream que, ao modo dos Beatles e Rolling Stones, acabaram até por ficar muito amigos, cruzando-se em aeroportos e em casas nocturnas célebres da época – como no Whisky A Go Go, de Los Angeles, EUA, assiduamente frequentado por Clapton e Hendrix, que volta e meio trocavam telefonemas por lá e riam das comparações feitas pela imprensa entre ambos.
Durante o período de Junho a Novembro de 1967, os Cream realizam algumas das suas mais quentes apresentações, antecedendo o lançamento de seu fervorosamente aguardado novo disco, e tocando faixas dele durante elas, que levam as plateias ao delírio. Tocam na sétima edição do Festival de Windsor, num concerto de agradecimento pelo sucesso anterior por lá, assim como em San Francisco, EUA, lotando o Fillmore Auditorium e deixando extasiados os críticos musicais norte-americanos, que elevam os Cream à condição de culto, maravilhados com o brilhantismo, o domínio musical e os improvisos do grupo no palco. Tocam no Whisky A Go Go, em Los Angeles; em Boston, Massachusetts; no Café Au Go Go, em Nova Iorque. Para finalizar, enchem de gente o Grande Ballroom, de Michigan, dando um show irrepreensível. Do Los Angeles Free Press ao Melody Maker, a imprensa não se cansa de elogiar a banda e o seu virtuosismo musical. Finalmente, na edição de 18 de Outubro de 1967, a prestigiada Time declara nas suas mundialmente lidas páginas:
“A turnê dso Cream pelos EUA é a maior e mais bem sucedida aventura musical ocorrida desde os Beatles e Rolling Stones.”
Clapton, vingado perante a imprensa musical inglesa, diz simplesmente:
“Acho que somos mais bem conhecidos e admirados aqui do que imaginávamos...”
Novembro de 1967 testemunha o lançamento de Disraeli Gears, que, confirmando todas as expectativas, chega ao topo das vendas tanto norte-americana quanto britânica, terminando por conceder ao grupo o status de lendas vivas do rock.
Além do sensacional trabalho de arte de Martin Sharpe, fazendo da capa do LP um verdadeiro delírio ácido de cores e imagens, chamam a atenção faixas como a atemporal “World of Pain”, a ultra-psicodélica “SWLABR” (originalmente intitulada “She Was Like a Bearded Rainbow”), de letra surrealista e ritmo inebriante, e a dramática balada “We’re Going Wrong” que são até hoje consideradas clássicos absolutos do rock, e são uma visão bem mais profunda e contemplativa das possibilidades criativas do hard rock lisérgico. Talvez, no entanto, não mais do que o maior êxito do álbum: uma das músicas pelas quais o Cream será eternamente lembrado, “Sunshine of Your Love”, capitaneada por uma das frases de guitarra mais inspiradas e copiadas da história do rock. Este blues pesado e sincopado, cantado com grande garra por Bruce e Clapton, além de apresentar um solo sensualíssimo de Clapton e um dos mais perfeitos casamentos de baixo e bateria de todos os tempos, figurando alguns dos melhores momentos sonoros do grupo.
O sucesso e a ovação geral, bem como a energia criativa, haviam chegado ao seu nível mais alto. Agora, era curtir cada vez mais e ir além... ou descer vertiginosamente, em declínio. Ou, possivelmente, os dois.
A continuar, em próximos posts.
Fontes:Denio Alves
A História do Rock (Edições Som Três, 1982)
Eric Clapton – Por Ele Mesmo (Ed. Martin Claret, 1992)
John Platt, Disraeli Gears (Schirmer Books, 1998)
Chris Welch, Strange Brew (Castle Communications, 1994)
Brian Hogg & Robert Whitaker, In Gear (UFO Books, 1992)
Cream - A História - Parte I
Obviamente, todo este período de euforia na História da Música Popular mundial foi a porta para que várias modas e tendências musicais fossem introduzidas. E em Inglaterra, terra dos Beatles, dos seus sucessores Rolling Stones e de uma nova e sensacional banda chamada The Animals, em 1964, o negócio era o blues.
Claro. Logo ficou evidente aos jovens britânicos que toda aquela explosão de criatividade dos grupos emergentes tinha a sua razão de ser numa só raiz – pois todos, com ou sem influências de country & western, doo-woop, motown ou até mesmo rythim n’ blues, acabavam sempre bebendo daquela água original, de preferência barrenta das margens do Mississipi (Muddy Waters). Dessa forma, então, é que nasceu, na capital absoluta das novidades, Londres, o movimento dos jovens puristas de blues.
A partir daí, o show acabou, e o ingresso daquela noite ficou valendo pela curiosidade de se ver Bond e Heckstall-Smith tentando apaziguar os ânimos de seus colegas de banda, num desconcertante “deixem-se disso”.
Fontes:
Denio Alves
A História do Rock (Edições Som Três, 1982)
Eric Clapton – Por Ele Mesmo (Ed. Martin Claret, 1992)
John Platt, Disraeli Gears (Schirmer Books, 1998)
Chris Welch, Strange Brew (Castle Communications, 1994)
Brian Hogg & Robert Whitaker, In Gear (UFO Books, 1992)
Parabéns a Jonny Lang (1981)
Um erro colossal.
Houve sempre dúvidas acerca da autoria do quadro, dizendo os especialistas na técnica de pintura de Goya, que este nunca teria pintado aquele que foi durante anos, considerado o seu "masterpiece".
As duvidas aumentaram, ou desapareceram, quando o curador do museu e "expert", na arte do século 19, José Luis Díez, descobriu, no canto da tela, as iniciais A.J. Voilá!
Juliá, colaborou com Goya, nos frescos de Santo António da Igreja Florida em Madrid, e normalmente, assinava os trabalhos, com estas iniciais.Os assistentes de Goya, copiavam frequentemente as obras do mestre.
Pioneiro nas técnicas do século 19,Goya é considerado como sendo o primeiro "artista moderno", com um penetrante e incisivo ponto de vista da humanidade. O Colosso,figura de um gigante que rompe através das nuvens, com as pessoas aterrorizadas em baixo,foi pintado durante a Guerra Peninsular, que envolveu, França, Inglaterra, Portugal e Espanha, entre 1808, e 1814.
Há um inventário das obras de Goya, e feito em 1812,que refere um quadro chamado,O Gigante.
Outros, especialistas, dizem que as pessoas horrorizadas que aparecem no quadro,representam a loucura da guerra.
Fonte:The Times,Graham Keely,em Barcelona
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
The Shadows, a sombra de Hank Marvin
Copiavam nota a nota, numa verdadeira escola prática de guitarra. Também,com aquele fog Londrino, não dava mesmo jeito nenhum, andar a passear por Picadilly Circus, ou visitar a Ecrã inteiro
Em 1960 resolveram aventurar-se numa carreira instrumental e colocaram um tema delicioso chamado "Apache" em primeiríssimo lugar nos hit parades mundiais e, que se viria a tornar no tema mítico dos solos de guitarra.
Em 1997 comprei um disco que tinha sido lançado recentemente chamado "Twang! A tribute to Hank Marvin & The Shadows", onde inúmeros fãs (e que fãs) prestavam, cada um com o seu estilo, as suas sinceras homenagens à influencia do mestre.
Ritchie Blackmore - "Apache"
Brian May - "FBI"
Tony Iommi - "Wonderful Land"
Steve Stevens - "The Savage"
Hank Marvin - "The Rise and Fall of Flingel Bunt"
Peter Green - "Midnight"
Neil Young & Randy Bachman - "Spring is Nearly Here"
Mark Knopfler - "Atlantis"
Peter Framptom - "The Frightened City"
Keith Urban & Stewart Copeland - "Dance On"
Andy Summers - "Stingray"
Bella Fleck & Fleck Tones - "The Strangler"
Tem desde trovão e tempestade (Tony Iommi), sol mediterrânico (Steve Stevens), uns ventos atravessados (Neil Young) e até um solzinho morno de outono (Knopfler), mas a pegada de Hank Marvin é inconfundível e quando entra sua faixa, "The Rise and Fall of Flingel Bunt" parece que chegou o dono da "chincha", e berrou :
"Com licença, quem joga sou eu!".
Assim como a de Chet Atkins, Scotty Moore, Cliff Gallup e de tantos outros, a guitarra de Marvin foi e ainda é uma bússola para muitos "guitar heroes "e a homenagem é muitas vezes comovente. Faltou o Brian Setzer que é um fã assumido, mas ao ouvir o solo do renascido das cinzas, Peter Green, o coração enche-se de alegria.Twang!A não perder.
Michael Jackson,soma e segue
A ação acusa Jackson de “conduta fraudulenta,maliciosa e opressora” e traz, em anexo, o acordo fechado em 1983, entre Landis e o cantor, que incluiria pagamento não apenas pelo vídeo, mas também por um documentário dirigido por ele.