sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Xaile

O Xaile,é um grupo de música portuguesa,de «música planetária portuguesa», como diz Johnny Galvão, um dos fundadores do grupo, há cerca de quatro anos. Nas suas composições, aonde se nota o traço forte e arrojado de Galvão, verificamos que chulas e malhões, fado e canto alentejano podem coexistir com o hip-hop o jazz e o funk.
Influências de José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Banda do Casaco e Madredeus namoram com a música dita celta,com o flamenco,a música árabe, africana ou brasileira. Sem barreiras, sem pudores, sem vergonha, o que também quer dizer, com um sentido pop raríssimo no nosso país.
Marie, Lília e Bia, são as três cantoras, instrumentistas e bailarinas,são as três pontas do Xaile.
Marie, luso-francesa com um pé em Paris e outro no Algarve, a fazer um mestrado em Literatura Oral Tradicional, fez parte durante alguns anos dos Alambique, Dazkarieh e Avalon Ensemble. No Xaile canta, toca gaita-de-foles galega, variadíssimas flautas de Bisel e adufe.
Lília, portuense mas transmontana de coração, estudante de Artes do Espectáculo também na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tem formação em dança, pertenceu a um rancho folclórico e participou em vários espectáculos de teatro e televisão. No Xaile, Lília canta, toca harpa céltica e percussões.
Bia é açoriana, arquitecta, e passou por grupos rock e tunas universitárias (refundou a Arquitectuna, na Faculdade de Arquitectura de Lisboa)e está no Xaile, com paixão, onde canta, toca guitarras, cavaquinho e percussões.
Na origem, do grupo, estão dois músicos e compositores, Rui Filipe Reis e Johnny Galvão.
Rui Filipe, compositor das músicas e co-letrista, produtor, arranjador e instrumentista (teclas, programações, acordeão) do Xaile, tem formação clássica em piano, trabalhou como instrumentista e arranjador durante vários anos com Dulce Pontes, participou em musicais com Pedro Osório e José da Ponte e, desde há dois anos, é um dos responsáveis pela produtora Raga, em que desenvolve projectos próprios de composição e produção.
Johnny Galvão saiu de Portugal nos finais dos anos 60 e desenvolveu a maior parte do seu trabalho de instrumentista e produtor em Espanha (onde trabalhou na renovação do flamenco com Paco de Lucia e Manolo Sanlucar e no cruzamento do flamenco com outras linguagens, nomeadamente com Miguel Rios, o duo feminino Las Grecas, Los Chorbos ou no álbum «Delírios Ibéricos», que juntou Rão Kyao com os Ketama) e no Brasil (em que, nos anos 80, produziu trabalhos de vários grupos e artistas como Leo Jaime, no polémico álbum «PhodaC», e Raimundo Fagner). Johnny Galvão criou também música para teatro, cinema e publicidade, antes de regressar a Portugal. Aqui, integrou a banda de Vicky Paes Martins,Os Blue Jeans, durante os anos 1987/88. Foi o director musical e arranjador,além de viola solo.
Pedro,Teclas-Johnny Galvão Gtr.-Vicky,Voz-Pedro Bragança,Batera-João Nascimento Bx.

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