terça-feira, 30 de junho de 2009

Festivalmed - World Music - Loulé

A semana que passou, 24, a 28 de Junho, meti-me nas minhas tamanquinhas, e fui, até ao Algarve, mais exactamente até à mourisca cidade de Loulé.
Não propriamente a banhos, mas sim assistir, ao melhor, senão um dos melhores festivais de World Music, aqui na Europa, a 6ª edição do "Festivalmed", festival do mediterrâneo - world music.
O festival, espalhou-se pelas cinco noites, e foi um regalo.
Desde tasquinhas, recheadas, não só com os sabores Algarvios, - o Xarém, a Massinha de Peixe, a Galinha com Grão, e mais não digo, para evitar a baba no teclado, - até aos Kebabs, e mais iguarias de outros países, as ruas empedradas, estavam pejadas de gente dos mais variados escalões etários e classes sociais.
Muitos Hippies, perdidos no tempo, na bruma do charro, vendendo os seus artigos "artesanais", alguns Marroquinos, com os seus produtos típicos, de couro e panos coloridos, malabaristas, artistas de circo, palhaços, foi um verdadeiro festival multi cromático, e multi sensorial.
Cinco palcos, espalhados pelas ruas fechadas, com um excelente visual cénico, todos eles, estavam em sequência, sempre ocupados.
Dos artistas, podem consultar aqui. A variedade. foi extensa e de muita qualidade.
O nosso Camané, foi rei e senhor na noite de Sábado, dia 27. O espaço destinado ao publico, não esteve tão recheado, como nos outros dias, mas os presentes eram apreciadores e admiradores deste intérprete, da expressão musical Portuguesa.
A noite que teve mais afluência, foi a de sexta-feira, em que a Orquestra Buena Vista Social Club, vinda directamente de Cuba, foi o chamariz. Para mim, revelou-se uma desilusão. Um "dejá vue", com pouco impacto sonoro e visual. Esperava mais.
A noite de encerramento, domingo, dia 28, foi apoteótica, com a "La Notte della Taranta", comandada pelo ex -Police, Stewart Copland, na bateria, e que esteve em dúvida até á hora do espectáculo, já que Stewart, sofria de fortes dores nas costas, o que quase o impediu de actuar. Mas felizmente e com a ajuda do seu massagista, lá foi, para trás das peles, e deu um show imenso, para gáudio dos presentes.
Deixo para o fim duas referências. As que mais gozo me deram: "Bajofondo", e "Ojos de Brujo".

Bajofondo

Um “colectivo de compositores, cantores e artistas”: é assim que os Bajofondo se auto-intitulam. Liderado por Gustavo Santaollala, vencedor de Grammy de melhor produtor e de Óscar e Globo de Ouro pelas bandas sonoras de “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) e “Babel” (2006), o colectivo de origem argentino-uruguaia é um dos embaixadores do electro-tango (ou tango electrónico) que, como o nome indica, caracteriza-se por fundir o tango acústico com música electrónica.
Para além de Santaollala (guitarra, percussão e voz), integram os Bajofondo Juan Campodónico (programação, sampling, guitarra, beats), Luciano Supervielle (piano, teclados, scratching), Javier Casalla (violino), Martín Ferrés (bandoneón), Gabriel Casacuberta (baixo vertical, baixo eléctrico), Adrián Sosa (percussão), e Verónica Loza (VJ, voz).
Em 2002 lançaram o álbum de estreia “Bajofondo Tango Club”, editado pela Vibra Records e, a partir de então, a fama nunca mais os largou. Venderam mais de 300 mil exemplares com esta primeira edição, e viram distinguido o seu trabalho com o Grammy Latino de Melhor Álbum Pop. Seguiram-se “Supervielle” (2004), “Remixed” (2006) e “Mar Dulce”, o mais recente trabalho da banda, editado em 2007, que inclui a participação de convidados especiais como Nelly Furtado, Mala Rodriguez, Juan Subirá, Gustavo Cerati e Elvis Costello.
E o sucesso dos Bajofondo está longe do fim. “Mar Dulce” tem sido invariavelmente aplaudido pela crítica, em todo o mundo:
“Mar Dulce tem de ser considerado um sucesso, devido à sinergia existente entre a letra, a interpretação e a produção, como um todo, que poucos demonstram”. (All Music Guide)
“Sem dúvida que, da primeira à última nota, “Mar Dulce” (mar doce) é um mergulho delicioso”. (Village Voice)
Os Bajofondo estrearam-se no MED há dois anos, com um concerto que encerrou a 4ª edição do festival, a 1 de Julho de 2007. A performance encantou de tal forma a organização que, este ano os Bajofondo voltam a ser convidados pelo MED, o que significa uma repetição no cartaz pela primeira vez.
Página Web Oficial - http://www.bajofondo.net
Página MySpace - http://www.myspace.com/bajofondomardulce

Bajofondo - Parte 1 - Making of "Mar Dulce"



Bajofondo - Parte 2 - Making of "Mar Dulce"





Ojos de Brujo

Este grupo, de Barcelona formou-se em 1996, da vontade de experimentar fusões e inovar na interpretação dos sons tradicionais do flamenco. Hoje, a banda é uma das principais embaixadoras mundiais do novo flamenco, um género que se funda no mais tradicional som de nuestros hermanos, apostando na modernidade que a experimentação de fusões permite. Arriscam revisitar as origens do género, experimentando misturar com sonoridades que respiram uma grande variedade de influências. O resultado é um novo ângulo, o flamenco do século XXI.
“Vengue” é o primeiro álbum dos Ojos de Brujo, auto-editado em 1999, que chamou a atenção da crítica e abriu uma janela para um futuro promissor. Seguiu-se “Bari”, em 2002, também produzido pelos próprios, que alargou o espectro e fez chegar mais longe as sonoridades do colectivo catalão. “Bari” foi o passaporte para a banda marcar presença no Womad e em alinhamentos de referência como os Festivais de Glastonbury e Roskilde, de onde adveio o reconhecimento internacional. Este álbum foi editado nos quatro cantos do mundo, da Europa, aos Estados Unidos, da Austrália aos Emiratos Árabes Unidos.
O sucesso internacional de “Bari” levou os catalães a integrar a lista de premiados dos BBC Awards, em 2004, onde foram distinguidos como melhor grupo europeu de world music (Manu Chao, Son de La Frontera e Thierry Titi Robin eram os restantes nomeados)
Em 2006, os Ojos de Brujo editaram “Techarí”, o terceiro projecto discográfico, um encontro com muitos outros músicos: os senegaleses Daara J, Martirio, Maxwell Wright (beatbox), o pianista Roberto Carcasses, Nitin Sawney, Pepe Habichuela, Asian Dub Foundations, Raul Rodriguez, entre outros.
A palavra “Techarí” significa liberdade, em língua cigana. E a própria banda descreve-a como “a química que flui dos seus concertos, a atitude perante o que sucede no mundo, a sensualidade das coisas pequenas”. Os Ojos de Brujo seguem assim o seu caminho “em qualquer lugar do mundo”, como filhos da “rumba vadia” e do flamenco poliglota, celebram a liberdade, a sensualidade da música e a riqueza do ritmo contagioso.
Os seus concertos são festas de experimentação sonora, onde a música nómada e mestiça se mistura com os sons do mundo, “comunicando, criando e festejando”.
A banda catalã iniciou, em Abril deste ano, a digressão de “Aocaná” (“Agora”, em caló), que dará a conhecer aos quatro cantos do mundo as variadas fusões de géneros que influenciam os temas que interpretam, do reggae ao hip-hop, do tango ao flamenco. Portugal está na rota de nuestros hermanos, que sobem ao palco do MED a 25 de Junho (5ª feira), naquela que será a primeira actuação do colectivo de Barcelona em terras lusas depois de integrarem o cartaz do Festival Sudoeste, em 2007.
“Em palco, os Ojos de Brujo actuam como se a energia musical pudesse originar uma revolução”. É assim que o New York Times descreve a performance deste colectivo, que agora o público português pôde constatar, ao vivo, no segundo dia do MED 2009.
Página Oficial Web : http://www.ojosdebrujo.com/
Página no My Space : http://www.myspace.com/ojosdebrujo




Os Chickenfoot, já facturam

Alguns dos maiores nomes do rock juntaram-se para formar um novo supergrupo e optaram pelo nome de "Chickenfoot" (literalmente, Pé de Galinha), que admitem ser um nome um pouco sem nexo. Vejam mais aqui.
Embora este possa não ser do agrado de todos, os veteranos dos Van Halen, Sammy Hagar e Michael Anthony, o baterista Chad Smith, dos Red Hot Chili Peppers,e o guitarrista Joe Satriani subiram nas listas de vendas americanas com o seu álbum de estreia, intitulado "Chickenfoot", este mês.
"Chamamo-nos "Chickenfoot" como brincadeira, as pessoas começaram a gostar, e então Chad lançou o desafio, 'vamos criar uma banda de verdade'", contou Hagar durante uma animada entrevista animada da banda em Londres, onde o grupo se apresentou, num espéctaculo, incluido na sua primeira tournée europeia.
"Joe tinha uma banda chamada The Squares. De repente, Chickenfoot pareceu-nos um óptimo nome", brincou Hagar.
Ele e Anthony costumavam fazer jam sessions juntos no clube de Hagar no México, e, quando Smith se juntou a eles, tudo se encaixou.
Smith, que ainda toca com os Chili Peppers, sugeriu que formassem um grupo, e Satriani foi convidado para ser a última peça do quebra-cabeças.
Os quatro membros do Chickenfoot, somados, já venderam dezenas de milhões de discos e apresentaram-se em milhares de shows ao longo dos anos, mas o
entusiasmo juvenil de sua aventura mais recente vem do facto de estarem a recomeçar outra vez.
"Apesar de todos já sermos nomes conhecidos e termos tocado noutras bandas, somos uma banda nova", disse Hagar à Reuters.
O baixista Michael Anthony disse que não gosta do termo "supergrupo."
"Quando ouço o termo supergrupo, penso em alguma coisa pré-fabricada. Se a química não existe, vocês podem ser os melhores músicos do mundo, mas a coisa não
sairá como isto tem saido."
"Este grupo nasceu da amizade entre nós. Nesse sentido, foi algo mais orgânico."
A banda fez uma série de apresentações pequenas nos EUA antes de voar à Europa em tournée. No final de Setembro, voltará à América do Norte para encerrar esse
período de viagem.
"Somos uma banda nova, e quando se é uma banda nova, precisamos apresentar-nos em clubes e tocar para os nossos fãs", disse Smith.
"Não estamos tocando temas dos Van Halen, do Joe ou dos Chili Peppers, estamos a tocar Chickenfoot."
O álbum de estreia do Chickenfoot, lançado no início de Junho, estreou como número 4 na lista de vendas pop americana e número 1 na lista de música independente.
Conservou a sua posição na lista pop na semana seguinte, caindo para 7º na semana mais recente.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

The Kinks, terão documentário, sobre a sua carreira.

Ray Davies, ex-vocalista dos Kinks, revelou ao jornal The Independent que a banda vai ser o tema de um documentário. Julien Temple, responsável pela gravação de alguns dos primeiros shows dos Sex Pistols, está cotado para dirigir a fita. Em 2007, Temple informou que planeava um filme sobre a banda, previamente chamado, à época, de Kinkdom Come - no entanto, o título oficial ainda não foi confirmado.
Responsável pelo recente Joe Strummer: O Futuro Está Para Ser Escrito (2007), sobre o frontman dos Clash, Temple já trabalhou com os Kinks na direção dos clipes de "Come Dancing" e "Don't Forget To Dance".
Com planos para gravar um novo disco a solo em Nashville, nos Estados Unidos, Ray afirmou que sente falta de tocar com a sua ex-banda.
"Preciso dizer: sinto saudades dos Kinks. Ouvi 'Lola' no rádio há alguns meses e fiquei maravilhado com a introdução", disse.
"Eu conseguia sentir a energia e poder do meu irmão Dave [Davies, guitarrista principal do Kinks]. Jimmy Page e Eric [Clapton] são grandes guitarristas técnicos, mas não seria possível conseguir o mesmo deles."
Apesar da saudade, Ray descarta uma reunião do grupo, mas garante que parcerias com ex-companheiros ainda poderão acontecer.
"Vou continuar a tocar com os ex-membros da banda como o [baterista] Mick Avory de tempos em tempos. Com Dave, muito disso é psicológico. Vou guiá-lo nisso e educá-lo, forçá-lo, e quando for a hora certa, suponho que irei até gritar com ele de novo", explicou Davies.
A última vez que os três estiveram juntos para uma performance ao vivo foi em 1996.
Sobre os planos com o irmão, Davies acrescentou que devem trabalhar juntos em breve. A dupla, conhecida pelas suas desavenças durante a carreira dos Kinks, ficou mais próxima depois de Dave ter sofrido um infarto, em 2004.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Barbra Streisand lança álbum de jazz com Diana Krall

Barbra Streisand, juntou-se à cantora e pianista canadiana Diana Krall para gravar o seu primeiro álbum, após quatro anos de interregno na sua carreira de cantora.
O álbum estará pronto no dia 29 de Setembro, e chamar-se-á, "Love is the answer" , e é ao primeiro álbum de estúdio de Streisand na a sua nova gravadora, a Columbia Records, desde "Guilty pleasures", em 2005, e o "Live in concert", em 2006.
No ano passado, Streisand estava preocupada com a campanha eleitoral dos Estados Unidos, mas a cantora-actriz disse este ano, que conseguiu voltar ao ramo do entretenimento, porque com um novo presidente na Casa Branca, ela pode relaxar de novo.
"'Love Is the answer' apresenta a artista como uma cantora de cabaré e de jazz de pureza emocional, profundidade e maturidade", diz o comunicado da Columbia Records, parte da Sony Corp.
No novo álbum, Streisand trabalha pela primeira vez com a vencedora do Grammy Diana Krall e o seu quarteto de guitarra, baixo e bateria, bem como o compositor Johnny Mandel, com quem já tinha trabalhado no álbum "Back to Broadway", em 1993.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Álbum de originais, inéditos de Harrison, em preparação.

George Harrison, deixou um grande número de músicas inacabadas, que serão trabalhadas por Jeff Lynne, um dos seus companheiros no supergrupo The Travelling Wilburys.
Segundo o site Undercover, uma fonte contou que Jeff Lynne e George Harrison estavam próximos e trabalharam juntos no período final de vida do ex-Beatle.
"Ele é o homem certo para trabalhar neste material", terá dito George, antes de falecer.
Recentemente, a viúva de Harrison, Olivia, revelou que gostaria de fazer algo com as músicas incompletas de seu marido.
"Há um monte de canções. Algumas estão mais próximas de serem acabadas do que outras, e para essas eu pedirei ajuda, a Jeff, para que as termine e produza".
Esta não será a primeira que Lynne trabalha num disco do ex-Beatle. Em 2002, o ex-integrante da Electric Light Orchestra produziu o álbum "Brainwashed".
A notícia surge pouco tempo após o lançamento da compilação "Let It Roll", apenas com músicas de amor compostas por Harrison, e que foi mal recebida pelos fãs.

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

A operadora de televisão por cabo Virgin Media anunciou que vai fazer um parceria com a gravadora Universal para oferecer downloads gratuitos ilimitados de música para assinantes, com uma taxa mensal.
As empresas descreveram o novo serviço como pioneiro, embora advogados especialistas afirmem que a medida não é suficiente para resolver o problema da indústria musical. O sistema deve começar a funcionar antes do Natal deste ano.
A gravadora Universal tem na sua lista de artistas, nomes como U2, Elton John, Rolling Stones, Amy Winehouse e Duffy.
O preço deve ficar próximo das 30 libras. No entanto, haverá um serviço mais barato para os assinantes que desejarem baixar apenas algumas músicas, que vão poder ser ouvidas em MP3 Players, i-Pods, telemóveis, ou computadores.
A Virgin Media informou ainda que, assim que o serviço entrar em funcionamento, vai suspender a conta dos assinantes que compartilharem arquivos ilegalmente.
De acordo com dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica [FIIF], a receita com a venda de músicas pela internet cresceu, no ano passado, em 25 por cento, chegando a US$ 3,7 bilhões. No entanto, estima-se que 95 por cento dos downloads sejam ilegais.

domingo, 21 de junho de 2009

Paul McCartney - High In The Clouds

Paul McCartney, vai compôr a banda sonora, de um filme de animação, que será adaptado do seu livro , High in the Clouds.
A Variety , noticia, que Rob Minkoff , realizador do, The Lion King, será o eleito para conduzir a realização desta adaptação, e que é um dos 11 projectos, da Unique Features, companhia de produções do, ex-New Liners, Bob Shaye , e Michael Lynne.
High in the Clouds, conta-nos a história de um esquilo, que procura um santuário animal ,tropical.
Geoff Dunbar, é o artista que criou todas as ilustrações, para o livro, e é um dos mais conceituados directores de animação, tendo já criado diversos pequenas metragens de filmes de animação, tais como, Rupert and the Frog Song, igualmente tendo como parceiro, Paul McCartney.
Entre os prémios que lhe foram já atribuídos, contam-se dois BAFTAs, uma Palme d'Or, um Golden Bear, e o Grand Prix and La Spiga d'Ore.
Paul McCartney, um criativo, não só na música, mas igualmente em literatura infantil, colaborou diversas vezes com Dunbar, pois este "bichinho", de contador de histórias, sempre o acompanhou, desde a sua infância, altura em que devorava todas as publicações de Walt Disney.
Paul verá assim, uma das suas histórias, nos ecrans de cinema, e nós, miúdos e graúdos, de certeza que nos iremos deliciar, com os temas da banda sonora, do "Avô Macca".

sábado, 20 de junho de 2009

Sting - If On A Winter's Night?

Sting confirmou, através do seu site oficial, o lançamento de um novo álbum solo intitulado "If On A Winter's Night?".
O disco será lançado em 27 de Outubro, e foi inspirado no que ele chama de sua estação favorita, o inverno.
"O tema inverno é rico em inspiração e material. E por filtrar todas esses estilos diferentes num único álbum, espero ter criado algo de novo e refrescante".
O álbum virá com duas canções de Sting, "Lullaby For An Anxious Child" e "The Hounds Of Winter" [lançadas no álbum Mercury Falling, de 1996], além de canções tradicionais britânicas. O disco é o primeiro do cantor desde 2006, "Songs From The Labyrinth", apenas com composições de John Dowland.
O último álbum de material original foi, em 2003, "Sacred Love".

sexta-feira, 19 de junho de 2009

MySpace, reduz o numero dos seus colaboradores.

A rede social MySpace decidiu reduzir para cerca de mil o número de trabalhadores. Para além da conjuntura económica difícil, com as receitas publicitárias a serem afectadas, o site tem sofrido uma concorrência forte do Facebook.
Num comunicado divulgado hoje, o presidente executivo da empresa, Owen Van Natta (que já trabalhou no Facebook), explica a medida como sendo “necessária para a saúde a longo prazo do MySpace” e para devolver à companhia uma “cultura de start-up”.
O MySpace, contudo, está já longe dos tempos em que era uma start-up – tal como está distante do período áureo de 2005, ano em que foi comprado por 580 milhões de dólares (419 milhões de euros, ao câmbio actual) pelo magnata dos media Rupert Murdoch, dono da News Corporation.
Nos meses que se seguiram à compra, o preço pago por Murdoch foi até várias vezes visto como muito reduzido – especialmente porque a Google decidiu, em 2006, pagar 900 milhões de dólares (faseadamente e até 2010) para colocar anúncios e o serviço de pesquisa Google no MySpace.
O acordo com a Google, contudo, termina no próximo ano e é improvável que seja renovado, pelo menos nos mesmos termos.
Rupert Murdoch também já deu a entender que não há uma estratégia segura para o outrora muito promissor MySpace.
O MySpace é uma rede social que se tornou particularmente popular entre os fãs de música e na qual várias artistas fazem questão de ter uma página. A fonte de receitas, como é típico neste tipo de serviços, é a publicidade.
Apesar da presença de músicos de renome e de acordos com editoras de musicais, a popularidade do MySpace – tal como as receitas – tem sido afectada pelo recuo do mercado publicitário e pela emergência de redes rivais, particularmente do Facebook.
O Facebook, depois de se tornar a rede social da moda nos EUA (sobretudo entre o apetecível mercado de jovens universitários, a quem no início era exclusivamente destinado), alastrou-se a outros países. E Portugal, onde o Hi5 foi em tempos a rede social mais conhecida, não é excepção.
Na história da Web, há vários episódios de sites que conseguiram elevados patamares de popularidade (e, por vezes, de rentabilidade), acabando por cair em pouco tempo.
Só os escritórios nos EUA deverão ser afectados pelos despedimentos e a empresa não tornou claro qual a poupança que espera obter.
Por: João Pedro Pereira,no Publico

Yusuf , perdoa.

Yusuf Islam, declarou que perdoou os Coldplay pelo suposto plágio de sua música "Foreigner Suite" em "Viva La Vida". Apesar disso, numa entrevista ao Daily Express, reiterou que mantém a afirmação de que os Coldplay copiaram a sua melodia.
"Mantenho o que disse. Eles copiaram a minha música, mas eu acho que não foi de propósito. Eu mesmo copiei coisas minhas sem saber que já tinha feito antes. Anoto o que acho que é uma boa melodia e percebo que é a mesma coisa que já tinha feito".
"Eu não quero que eles [Coldplay] achem que eu estou com raiva deles. Gostaria de me sentar e tomar um chá com eles".
Os Coldplay já respondem num processo, que lhes colocou o virtuoso Joe Satriani, pelo memso motivo, plágio da sua canção "If I Could Fly", com a mesma "Viva La Vida".

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Faleceu, aos 75 anos, Bob Bogle, dos Ventures

Bob Bogle, viola solo e cofundador da banda de surf rock The Ventures, conhecida pelos hits instrumentais da década de 1960 como “Walk, don’t run”, morreu aos 75 anos.
Don Wilson, o outro cofundador da banda, disse ao jornal “The News Tribune”, de Tacoma., que Bogle adoeceu no fim de semana e morreu no último domingo (14 de Junho).
O grupo vendeu milhões de discos e influenciou inúmeros guitarristas. Entraram para o Rock And Roll Hall of Fame em 2008. O site do Hall of Fame celebra os Ventures como “o mais bem sucedido conjunto instrumental na história do rock and roll”.
“Walk, don’t run”, chegou ao segundo lugar da Billboard em 1960, e uma outra versão, “Walk, don’t run ‘64’”,chegou à oitava posição em 1964. Entre os outros sucessos da banda estão “Perfidia” e a música tema da série “Hawaii 5-0”.
O grupo nasceu em 1958 em Tacoma. Bogle tocava viola solo e baixo no início, e Wilson tocava viola ritmo. Nokie Edwards, e o baterista Howie Johnson,mais tarde seria substituído por Mel Taylor, completavam a formação.
“A nossa aspiração era não ter que levantar nada mais pesado que uma guitarra (para trabalhar), disse Wilson em 2008.
“Mas cresceu para algo tão grande, que ficamos internacionalmente conhecidos”.
Os Ventures foram particularmente populares no Japão, onde Wilson e Bogle se apresentaram, em duo na sua primeira tournée em 1962 porque o produtor não tinha dinheiro para pagar aos outros dois membros.
Os dois americanos causaram uma impressão tão forte, lembrou Wilson em 2008, que quando a banda voltou ao país em 1964, 6.000 pessoas estavam á espera deles no aeroporto. Foi tão grande a surpresa, que Wilson, levou algum tempo a realizar que aqules milhares de jovens, estavam ali no aeroporto,para ver os Ventures.



Movimento na web quer criar o Partido Pirata Português

Seguem as pisadas de países como Espanha ou Suécia, que já elegeu um eurodeputado defensor da causa
São jovens, estão ligados a todas as redes sociais, reúnem-se, por enquanto, num fórum online e no Messenger.
"A longo prazo, o nosso objectivo é a criação de uma base sólida para a oficialização do Partido Pirata Português", diz Oleksandr Malichevskyy, 20 anos, estudante de informática.
O movimento em solo nacional tem pouco mais de um mês e foi inspirado pela oficialização do Partido Pirata Espanhol, subsidiário de uma já longa corrente internacional que defende o fim dos direitos de autor e patentes, para uma sociedade em que a conhecimento flua livremente. O sucesso rebentou nas últimas eleições europeias, quando o pai dos partidos piratas, o sueco Piratpartiet, conseguiu eleger um eurodeputado.
"Não queremos a abolição total dos direitos de autor, mas a sua reformulação", atalha Oleksandr na janela aberta no Messenger, onde estão outros cinco mandatários do movimento. "Promove-se um excessivo lucro da entidade promotora da criação, e não do criador em si", resume Miguel Gonçalves, 22 anos, jurista.
Querer alterar a legislação, de forma a anular a noção de pirataria, é o "caminho natural", diz. "A legislação tem de acompanhar o progresso. A pirataria não prejudica a economia. A questão é se devemos oferecer especial protecção a determinadas indústrias", conclui António Aveiro, 31 anos, informático.
By: Marta F. Reis, no I

terça-feira, 16 de junho de 2009

McCartney - Meat Free Monday

Paul McCartney lançou na Grã-Bretanha a campanha "Segunda-Feira Sem Carne" ("Meat Free Monday"), numa tentativa de ajudar a combater as mudanças climáticas.
McCartney, suas filhas Stella e Mary e celebridades convidadas, incluindo Yoko Ono, percorreram um tapete verde no parque St.James, em Londres, apoiando a campanha que pede às pessoas que deixem de comer carne um dia por semana.
A campanha já foi lançada nos Estados Unidos e Austrália. Relatórios da ONU revelam que a criação de animais de corte é responsável por cerca de 18 por cento das emissões mundiais de gases estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta - mais que a indústria global de transportes. A redução do consumo de carne bovina, suína e de aves é frequentemente proposta como maneira de diminuir as emissões de gases.
"Muitos de nós nos sentimos impotentes diante dos desafios ambientais, e pode ser difícil avaliar todos os conselhos que recebemos sobre como fazer uma contribuição significativa para um mundo mais limpo, mais sustentável e mais saudável", disse McCartney no site oficial da campanha na internet.
"Designar um dia da semana no qual se deixa de consumir carne é uma mudança significativa que todos podem adoptar e que vai ao cerne de várias questões importantes, políticas, ambientais e éticas, todas ao mesmo tempo", disse McCartney no site www.supportmfm.org.
"Por exemplo, isso não apenas ajuda a combater a poluição, como também a promover melhor saúde, o tratamento ético dos animais, o combate à fome mundial e a promoção do activismo comunitário e político."
A mulher de McCartney, Linda, que morreu em 1998, foi defensora activa do vegetarianismo e dos direitos dos animais. Ainda é vendida uma linha de refeições sem carne que tem seu nome.

Moore, novo documentário

O novo filme de Michael Moore ainda não tem título, mas já tem trailer.
O director de Fahrenheit 11/9 e Tiros em Columbine aborda Wall Street e a crise financeira no seu próximo documentário. A previsão é de que a fita chegue aos cinemas em 2 de Outubro - um dia após o aniversário de um ano da aprovação do mega-pacote de US$ 700 biliões, para livrar Wall Street, o epicentro da economia norte-americana, da falência total.
O trailer não contém cenas do documentário, que é anunciado, simplesmente, como "o novo filme". Um sarcástico Moore toma a palavra para pedir doações aos presidentes de grandes instituições financeiras. Segundo o cineasta, o espectador poderá abrir a carteira para socorrer corporações como Citibank, Bank of America, AIG, Goldman Sachs e JP Morgan - todas sacudidas pela série de tremores financeiros iniciada em meados do ano passado.
"Você, por favor poderia generosamente doar algo?", Moore lança seu irónico S.O.S. corporativo.
De acordo com o blog The Playlist, crianças vestidas com uma camisa branca, na qual se lia "salvem os CEOs" (em inglês), foram até a plateia de um cinema nova-iorquino para colectar dinheiro para a "nobre causa" - e alguns espectadores, chegaram mesmo a contribuir.
Em Fevereiro, no seu site oficial, Moore convocou "alguns poucos bravos que trabalham na Wall Street ou na indústria financeira a dar um passo em frente e compartilhar comigo o que vocês sabem... ser um herói e ajudar-me a expôr o maior embuste da história americana".
Ao jornal USA Today, o cineasta revelou:
"Este filme não será uma lição em economia. Vai ser algo mais do tipo 'filme de vampiro'. Em vez de as personagens se alimentarem do sangue das vítimas, eles sugam o dinheiro. E nunca ficam satisfeitos."


Vola baixo de Sting, vai a leilão

A viola-baixo Fender, doada e autografada por Sting, é um dos objectos a leiloar pela Assoicação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) durante o concerto bianual da associação, a decorrer no Pavilhão Atlântico dia 02 de Julho.
O instrumento estará em licitação até ao dia do espectáculo juntamente com outros objectos oferecidos à APCL por personalidades das áreas da cultura, ciência, desporto e música.
Expostos no BES Arte & Finança, no Marquês de Pombal, estão também um quadro doado pela pintora Graça Morais, um das camisolas usadas por Luís Figo no Inter de Milão e as chuteiras com que Cristiano Ronaldo disputou a final da Liga dos Campeões Europeus.
Do leilão constam igualmente objectos pessoais doados por Mariza, Camané e Rui Veloso, entre outros.
Em palco no espectáculo bianual da APCL vão estar o maestro e tenor José Cura, a fadista Mariza, Luís Represas, Rui Veloso, Camané, Pedro Caldeira Cabral e Los Calchakis, acompanhados pela Orquestra Sinfónica e pelo Coro Lisboa Cantat.
Angariar fundos para a APCL, destinados a apoiar o Registo Português de Dadores de Medula Óssea e à investigação dedicada ao tratamento da leucemia, doença que afecta 1000 pessoas por ano em Portugal, são objectivos do espectáculo e do leilão, refere uma nota da organização.
Lusa/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Fado Genético.

Filho de fadista fadista é. Inventamos o ditado para contar esta história de fado genético, de pais, filhos e avós cujas vidas se tocam nas cordas de uma guitarra portuguesa.
Camané (ou Carlos Moutinho), Hélder Moutinho e Pedro Moutinho são fadistas, irmãos (não necessariamente por esta ordem) e levam as parecenças para fora das casas de fado.
"Na rua, confundem-me muitas vezes com o Pedro", conta Camané que, aos 42 anos, até fica satisfeito quando o comparam ao irmão, dez anos mais novo. Vozes à parte, as semelhanças físicas são evidentes:
"Acontece muito chamarem -lhe Camané, mas também já me chamaram Pedro umas quantas vezes." Não admira.
Camané, o mais pesado dos nomes Moutinho na actual cena do fado português, sobe hoje e amanhã ao palco do Centro Cultural de Belém acompanhado pela Orquestra Metropolitana de Lisboa - orientada pelo maestro Cesário Costa - e pelo pianista e compositor Mário Laginha.
É bem provável que na plateia estejam dois espectadores muito especiais.Manuel Paiva e Luísa Moutinho, os pais destes três fadistas, não perdem um concerto dos filhos.
"Vão sempre aos espectáculos de cada um de nós e têm muito orgulho", refere Hélder Moutinho, o irmão do meio.
Na família Moutinho, as influências vêm de cima. Manuel e Luísa também cantaram e, principalmente, viveram o ambiente das casas de fado. Camané lembra-se de descobrir as vozes de Amália, Lucília do Carmo e Alfredo Marceneiro na colecção de discos dos pais e recorda que um dos seus bisavós "também cantava".
Pedro Moutinho, que encontrámos na Tasca do Chico (Lisboa) para esta conversa, lembra-se de acompanhar a família:
"Desde que tenho memória de mim, associo-me à palavra fado e ao estar entre fadistas. Era difícil fugir a isto. Não me foi imposto, mas rodeava-me e ganhei-lhe gosto."
O gosto pelo fado começou, para Pedro, numa casa do Monte Estoril, onde cantou pela primeira vez aos 12 anos. Por essa altura, bem antes de encarar o fado a sério e de ser presença constante em casas como o Café Luso, no Bairro Alto, Pedro passou pelo Coro de Santo Amaro de Oeiras e pela banda Mini-stars.
"Coisas de miúdo", diz.
Uma década antes, já o miúdo Camané mostrava o que valia. Em 1979, com 11 anos, ganhou a Grande Noite do Fado no Coliseu de Lisboa. O primeiro disco haveria de chegar muitos anos e espectáculos de Filipe La Féria depois, em 1995, mas o fado sempre fez parte do seu quotidiano. "Cantava imenso em casa e lembro-me de o Pedro ser pequeno e adormecer a ouvir--me", recorda o fadista, para quem a carreira dos irmãos é "muito importante".
Camané acha que ter-se tornado fadista "foi decisivo" para que os irmãos seguissem o mesmo caminho. Hoje conversam regularmente sobre o trabalho, debatem ideias, partilham fados. "Acompanho a carreira deles e procuro saber sempre se as coisas lhes estão a correr bem."
Hélder Moutinho agradece a atenção do irmão, mas se há coisa que não quer é "ser conhecido como o irmão do Camané". Não é por mal - e não notamos ponta de ressentimento nas suas palavras -, mas Hélder quer fazer o seu próprio caminho "sem usar as muletas da família".
Foi sempre assim desde que, aos 24 anos, quando ainda só cantava em tertúlias de amigos, o convidaram para entrar nos circuitos das casas de fado. Hoje Hélder Moutinho é fadista, letrista, produtor e manager. Viaja com frequência ao estrangeiro para dar concertos e tem a sua carreira nas mãos.
Nestas conversas cruzadas com os três, vamos percebendo que é Pedro Moutinho, o mais novo, o laço que os une. Hélder fala do "último trabalho fantástico" do irmão, que acaba de editar o disco "Um Copo de Sol"; e Camané refere a partilha de fados, de experiências:
"Falo muito com o Pedro. Às vezes, ele recorre a algumas das pessoas que escrevem fados para mim. Está a fazer o seu caminho e isso alegra-me."
Bem pode dizer-se que, na história dos Moutinho, aquilo que os une é também o que os separa. Nenhum dos irmãos vê com bons olhos uma experiência a três em palco. Já existiram momentos, em mesas de fado, com Camané e Pedro Moutinho a trautearem umas quadras. Mas "nunca passou disso", diz Pedro Moutinho.
"Não me vejo a fazer nada com eles que possa ser comercializado, pelo menos, por enquanto. Não faz sentido nenhum", prossegue o fadista.
Hélder, que faz questão de ouvir a música dos irmãos, é da mesma opinião quando lhe perguntamos se gostaria de cantar com eles:
"Isso apenas será possível quando todos estivermos no mesmo patamar. Hoje, as pessoas iriam encarar isso como uma coisa de irmãos menos conhecidos que tentam subir à custa de outro mais conhecido."
Por : Hélder Beja, no I

Varuna - Mundo Novo

Varuna é a primeira banda lançada pela discográfica de Pedro Abrunhosa. Lançaram "Mundo novo", que, entretanto, resolveram apresentar em Matosinhos, no dia 19 na Fnac do MarShopping e ,a 28, na Fnac do NorteShopping. Pedro Abrunhosa conheceu o trabalho dos Varuna através do vocalista.
"O João André abordou-me. Demorámos um ano e meio a chegar a um consenso. Achei muito potencial e muita qualidade na música e gosto da atitude, da luta e da tenacidade", afirma. Abrunhosa esteve com João André nos Bandemónio e define o novo projecto do colega como "rock com coisas para dizer".O grupo confirma a prioridade na criação de músicas. "Dou muita importância às letras, a partir dos Varuna. Sempre toquei em bandas que cantavam em inglês. Quando ouves uma banda em inglês és capaz de escutar a música inteira e não pescar nada e, em português, é diferente. Sentes mais o que estás a ouvir. Ouves uma mensagem", confessa o guitarrista Ricardo Cavalera. Além da relevância da mensagem, cantam na língua mãe. "A sensação que me dá é que as pessoas nos respeitam à partida por cantarmos em português. E sentimos que ao fazer coisas em português, estamos a meter-nos numa tradição de rock português e a tentar seguir os passos daqueles que estiveram para trás ", ambiciona o líder do grupo.A identidade do colectivo esconde-se num nome intrigante. "Ouvimos o nome num disco de Stockhausen, em que ele repetia nomes de deuses. Um chamava-se Varuna. É um deus que implica continuidade e ligado às artes", explica o vocalista. Unido por "um sonho", o quarteto foi iniciativa de João André, que começou a gravar músicas e a procurar "as pessoas certas para os lugares certos".Formaram-se em 2006 e gravaram o CD, dois anos depois, naquelas que o baterista Guilherme Piedade refere como "muito boas condições". João André agradece a liberdade criativa possibilitada por Pedro Abrunhosa. "Não nos impôs qualquer tipo de condição na base do 'vocês têm que vender'. É uma aposta que não há muita gente capaz de fazer neste país", admite.Daí nasce "Mundo novo", descrito por João André como um álbum "de amor e fuga. É um disco de saída, querer estar num sítio diferente e querer amar esse sítio para onde vamos". "Falamos muitas vezes no Verão, porque é uma altura em que nos renovamos", aprofunda.A estrada dos músicos vai longa e as vantagens disso são inegáveis. "Não tem sido fácil e imagino o que é ser anónimo e tentar fazer isto - gravar um disco de rock português de música alternativa, tentar não cair nos lugares comuns, canções de amor, amor, amor. Graças ao facto de termos uma carreira fomos criando amizades na profissão", revela João André. "Embora tenhamos muitos gostos musicais em conjunto, viemos de meios diferentes e isso só acabou por enriquecer o resultado final", continua o baterista.Ainda um projecto recém-nascido, os Varuna inundam o repertório de variedade. Guilherme Piedade associa-o a um "estilo um bocado urbano, mas também suburbano. Outras músicas são mais pop e doces e outras são músicas abstractas, rudes", descreve. "Uma diversidade coerente", segundo Ricardo Cavalera que, no futuro, os Varuna pretendem inclinar mais para o género rock.O primeiro single, "Mundo novo (a nascer)", como refere Guilherme Piedade, engloba "o espírito do disco". Poderá ser ouvido na série "Morangos com açúcar" e o tema "Ama-me outra vez" já integra a banda sonora de uma telenovela. Existe "receio" em ficar ligado a produções da TVI, mas Cavalera garante que "é um risco que a banda está disposta a correr para divulgar o trabalho".

Varuna - Mundo Novo


1º vídeo do disco Mundo Novo Realizado por André Tentugal Animação por André Tentugal e Pedro Cruz

Fontes: Susana Faria, JN, MySpace

ALAS - America Latina En Accion Solidária

Apesar da crise económica, a cantora Shakira e a sua "Fundación ALAS" continuam a defender o direito das crianças à educação. Em Outubro, durante a XVIII Conferência Ibero-Americana, a diva falou com vários chefes de Estado que garantiram apoiar esta causa. No final do ano, estes líderes voltam a reunir-se em Portugal para medir os progressos alcançados.

O que distingue Shakira de outras celebridades com uma agenda política? A resposta é simples. Enquanto Bob Geldof ou Bono usam a sua influência para auxiliar populações e mudar realidades que não conhecem, a colombiana tenta apenas ajudar o seu povo, corrigindo as disparidades que sempre conheceu ao longo da sua vida.

Em Outubro de 2008, os principais líderes políticos da Península Ibérica e América Latina reuniram-se para a XVIII Cimeira Ibero-Americana. Estiveram em San Salvador o boliviano Evo Morales, o brasileiro Lula da Silva, o rei Juan Carlos de Espanha, ou o primeiro-ministro José Sócrates. Mas na sessão de encerramento, um nome destoava dos restantes: Shakira.

Num congresso dedicado ao tema "Juventude e Desenvolvimento", a cantora colombiana defendia a necessidade de "garantir os direitos básicos das crianças à educação", para assegurar o futuro da região. Sublinharia ainda que "por cada dólar investido na educação de uma criança, ela vai eventualmente devolver ao Estado 17 dólares". A intérprete falava em nome da sua Fundación ALAS (América Latina en Acción Solidaria), a organização não governamental sem fins lucrativos que ajudou a fundar em 2006.

Decidiu-se então que dentro de um ano, durante a XIX Cimeira Ibero-Americana, que se realiza entre 30 de Novembro e 1 de Dezembro no Estoril, se iam medir os progressos atingidos. Delinear-se-ão depois as metas a atingir numa segunda fase, antes das partes envolvidas se voltarem a reunir numa próxima cimeira, a realizar em 2010.

A Fundación ALAS, cujos co-fundadores incluem ainda os espanhóis Miguel Bosé e Alejandro Sanz, não é porém o único projecto de solidariedade social da diva, nomeada embaixadora da Boa Vontade da UNICEF em 2003. Shakira é ainda responsável pela Piez Descalzos Foundation, criada em 1995 e baptizada em honra do seu álbum homónimo. Já construiu cinco escolas na Colômbia, e a mais recente foi inaugurada em Fevereiro, na cidade natal da cantora, Barranquilla.

Apesar do trabalho desenvolvido pela primeira organização fundada por Shakira, é a ALAS que pode fazer uma diferença na América Latina. Basta recordar que entre os artistas que ao longo dos anos se juntaram à ONG se encontra o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Por outro lado, entre os seus presidentes e directores estão alguns dos homens mais ricos e influentes daquela zona do globo, incluindo Antonio de la Rua, namorado da cantora e filho de um antigo presidente argentino.

Luis Filipe Rodrigues,in DN

sábado, 13 de junho de 2009

Albums dos Óasis, em vinil

Todos os álbuns de estúdio e uma colectânea dos lados B, dos discos dos Oásis, chegam às lojas a 13 de Julho.
Os Oasis irão lançar todos os álbuns de estúdio da carreira, Definitely Maybe, (What's The Story) Morning Glory?, Be Here Now, Standing On The Shoulder Of Giants, Heathen Chemistry, Don't Believe The Truth, o recente Dig Out Your Soul e uma colectânea de lados-B , "The Masterplan", serão relançados sob o selo próprio da banda, Big Brother Recordings, no próximo dia 13 de Julho.
A divulgação foi feita peloo guitarrista Noel, que declarou ainda, ter compsto novas canções durante a tournée que os Oásis, fizeram pela América Latina.
Numa mensagem no seu site oficial, o grupo dos irmãos Gallagher informa, também, que haverá um número limitado de caixas para coleccionador. Os discos, terão capas inéditas.
No começo de Junho, o vocalista Liam Gallagher durante uma conferência de imprensa no lançamento da sua marca de roupas masculina, a "Pretty Green", falou sobre "Man of Misery", música inédita da banda, e que faz a banda sonora do clip promocional da referida marca de roupas, como sendo um dos tais temas novos, compostos, quando estavam na "estrada", no continente sul americano.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Perdro Khima, uma agradável surpresa.!!!


O interesse pela música começou cedo… muito cedo. Com 9 anos já consumia música de forma atenta e aos 14 deixou de ter qualquer dúvida em relação aos seus desejos para o futuro: ser músico.
Com um leque de referências bastante vasto, que percorre os mais variados universos musicais (Pixies, Nirvana, Alice in Chains, Guns’n’Roses, Radiohead, INXS, Lloyd Cole, Muse…), Pedro Khima descobre uma outra faceta que se viria a revelar, talvez, a sua mais importante característica: a composição.
A sua primeira experiência no mundo musical é feita através de um projecto que veio a granjear relativo sucesso: de seu nome Sally Lune.
Decorria o ano de 2001 quando o álbum de estreia “Stereo-Jukebox” foi editado servindo os temas “Suicide” e “Anaesthetic 25” como cartão de apresentação deste primeiro trabalho, tendo qualquer um deles conquistado posições de relevo no top de airplay nacional.
Pedro Khima, para além de assumir o papel de vocalista, assinou a autoria de todas as músicas e letras de “Stereo-Jukebox”, contudo, o facto de cantar em Inglês condicionou (de alguma forma) o percurso dos Sally Lune uma vez que a grande maioria do público não identificou e associou os temas que ouvia como pertencendo à banda.
Este foi o ponto de partida para uma nova abordagem de Pedro Khima em relação à música. Concentrado desde 2004 na preparação de um novo álbum, desta feita a solo e cantado em português, eis que é chegado o momento de apresentar o seu trabalho ao grande público.
Assente em canções fortes e marcantes, o álbum homónimo de Pedro Khima revela-nos a sua extraordinária capacidade de composição assim como a sua versatilidade e maturidade enquanto músico. Uma prova disso mesmo é o facto (inédito em Portugal) de, pela primeira vez, um artista ter actualmente 4 das suas canções integradas em séries televisivas.
O primeiro single extraído de “Pedro Khima” chama-se “Esfera” e tem sido presença forte numa das novelas actualmente em exibição na Televisão Portuguesa.
Outros temas em destaque no álbum são: “Lugar”, “Eu Sou Assim”, “O Gesto Que É Meu”, “Pincel”, “Saltar Até Morrer”, “Refúgio”…
In :http://www.pedrokhima.com/, Biografia



A musa de todas as bossas

Nara Leão gravou ao longo de sua carreira 30 LPs com reportórios variados e uma interpretação muito pessoal. Não possuía grande extensão vocal, mas era muito afinada. A jovem tímida, que ganhou um violão aos 12 anos, construiu uma carreira musical sólida na qual sempre apostou nos movimentos de vanguarda e de protesto.
Nara fez parte do grupo que criou a bossa nova, e foi a musa do ritmo que mudou a MPB. O ponto de encontro da turma da bossa nova, da qual participavam João Gilberto, Ronaldo Bôscoli e outros, era o apartamento dela e de sua irmã Danusa Leão, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no inicio da década de sessenta.
A cantora fez sua estreia no espectáculo "Pobre menina rica", a convite de Vinícius de Moraes, em 1963. Em seguida surpreendeu o público ao gravar em 1964 um disco com músicas de Cartola e Nelson Cavaquinho, completamente diferente da temática da bossa nova. O sucesso foi ainda maior quando cantou o samba de Zé Kéti e o baião de João do Vale, no Teatro de Arena em Copacabana, em 1965. Eram músicas que falavam de coisas que estavam a acontecer no Brasil e a musa da bossa nova passou a ser, a musa do protesto.
Um ano depois,voltou ás listas dos discos mais vendidos, com A banda, primeiro lugar no Segundo Festival Nacional de Música Brasileira, que revelou o compositor Chico Buarque.
Nara foi uma das primeiras intérpretes consagradas a apoiar a Tropicália, movimento que lançou entre outros a Caetano Veloso e Gilberto Gil.
No auge do regime militar Nara declarou numa entrevista :
"Os militares podem entender de canhão ou de metralhadora, mas não 'pescam' nada de política".
O então presidente Costa e Silva chegou a anunciar que iria "enquadrá-la" na Lei de Segurança Nacional, mas uma legião de intelectuais saiu em sua defesa, entre eles o poeta Carlos Drummond de Andrade, e impediu o general de a processar.
Casou-se em 1967 com o cineasta Cacá Diegues, um dos representantes do Cinema Novo. Um ano depois a cantora voltava aos palcos, deste vez, no Teatro Opinião, com o espectáculo "Liberdade, Liberdade", que foi censurado e ficou pouco tempo em cartaz.
Nara e Cacá foram morar em Paris em 1969 onde nasceram os dois filhos do casal. A partir de então dedicou-se quase que exclusivamente à maternidade, e matriculou-se no curso de psicologia.
Na década de 80 apareceram os primeiros sintomas de un carcinoma maligno, mas Nara não se entregou.
A cantora, retomou aos poucos sua carreira, apresentando-se com amigos e fazendo shows por todo mundo, principalmente no Japão, onde tinha um público cativo.
A Musa, deixou-nos aos 47 anos, a 7 de Junho de 1989.



quinta-feira, 11 de junho de 2009

Big Whiskey And The GrooGrux King

Dave Matthews Band alcançou o primeiro lugar no Top 200 da Billboard com o novo álbum "Big Whiskey And The GrooGrux King", numa das melhores estreias de 2009.
O disco vendeu 424 mil cópias, batendo o álbum de retorno de Eminem, "Relapse".
"Big Whiskey And The GrooGrux King" é o quinto álbum da banda norte-americana a debutar no topo da lista.
"Relapse" caiu para o segundo lugar, com 141 mil exemplares; seguido de "Uplifter", do 311, com 59 mil cópias. Completam o Top Five, "21st Century Breakdown", do Green Day; e a trilha sonora "Hannah Montana: The Movie".



quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ray Charles morreu há cinco anos

"O único, o verdadeiro génio".
Era com esta definição, que Frank Sinatra falava de Ray Charles.
Este ícone do jazz e do R&B faleceu há exactos cinco anos, em 10 de Junho de 2004, aos 73 anos.
Natural de Greenville, na Flórida, Ray perdeu a visão aos sete anos de idade, devido a uma doença não diagnosticada. Logo após o incidente, tornou-se aluno de uma escola especial para cegos e surdos, no mesmo Estado, onde desenvolveu as habilidades musicais que mais tarde o tornariam mundialmente famoso.
Através da rádio, nos anos 40, Ray teve o primeiro contacto com o jazz e o blues. Ray Charles, passou a integrar diversas bandas do género, essencialmente como pianista. Em 1947, Ray rumou para Seattle, a fim de montar um grupo próprio.
Lá, conseguiu o seu primeiro contrato com a Swing Time Records - "Confession Blues" foi o primeiro tema do músico lançada no mercado. Cinco anos depois, a então iniciante Atlantic Records, incluiu o cantor na sua lista de artistas - posteriormente composta por outros nomes da área do jazz, de peso, entre outros, Charles Mingus e John Coltrane.
Com "I Got A Woman", de 1954, Ray ganhou a atenção do público norte-americano, atravessando depois as fronteiras geográficas e alcançando o resto do mundo.
Na sequência do sucesso, vieram os hits "número-um" das paradas "This Little Girl of Mine", "Lonely Avenue", "Mary Ann" e "Drown in My Own Tears". O primeiro álbum do músico, homônimo, acabou por ser lançado, apenas em 1957 (o disco foi relançado em 1962 sob o título Hallelujah I Love Her So).
Um acordo mais lucrativo com a ABC Records deu fim à parceira com a Atlantic em 1959. Foi com a nova gravadora que Ray lançou o aclamado Modern Sounds in Country and Western Music, em 1962, além de outras faixas emblemáticas, entre elas "Hit the Road Jack" (1959), "Unchain My Heart" (1961) e "Georgia On My Mind" (1960), que se tornou o hino oficial do Estado da Geórgia em 1979.
Ray também se envolveu com participações em filmes e séries, a partir de 1961, depois de aparecer no filme Swingin' Along. O lado "actor" do cantor ganhou destaque na participação no filme "The Blues Brothers", em 1980.
Frequentes apresentações em grandes eventos, como no Blues Passions Cognac Festival, na França, e no concerto em prol da paz, no Coliseu, em Roma, (ambos em 2002), fizeram parte da agenda de Ray.
Quatro discos foram lançados entre o 2000 e 2004, sendo que os álbuns póstumos de estúdio Genius & Friends e Ray Sings, Basie Swings, foram colocados á venda em 2005 e 2006, respectivamente.
Pouco depois do falecimento do "Génio", a cinebiografia Ray chegou aos cinemas com Jamie Foxx no papel de protagonista. O filme foi dirigido por Taylor Hackford e contou com o acompanhamento do cantor durante todo o processo de produção. No entanto, o verdadeiro Ray não pôde assistir à premiere do filme, realizada em Outubro de 2004. O resultado final rendeu a Foxx o Oscar de melhor actor pela performance.


Deolinda, bem acolhidos pela crítica britânica.




O jornal britânico "The Times" elogia a actuação dos portugueses Deolinda em Londres, destacando a presença em palco de Ana Bacalhau e as canções que preenchem o álbum "Canção ao lado".
Os Deolinda actuaram a 4 de Junho no Institute of Contemporary Arts, em estreia em solo britânico, e a crítica do jornal britânico só foi divulgada na segunda-feira. O grupo tem estado em digressão pela Europa a apresentar o álbum de estreia, "Canção ao lado", que para o "The Times" é um dos mais estimulantes lançamentos do ano. "Ana Bacalhau e os seus companheiros poderão acabar por dar alguma luta à rainha do fado, Mariza", escreve o jornal.Para o diário a música dos Deolinda é alegre e travessa, afastando-se da imagem melodramática do fado, alguns dos temas têm um "subtil recorte indie-rock", a par de ritmos da música brasileira e cabo-verdiana.
Destaque para a presença em palco da vocalista Ana Bacalhau, que encarna a personagem Deolinda, uma "figura sensual abençoada por um infinito movimento de ancas e um contagiante sentido de humor". Da actuação, o "The Times" faz referência a canções como 'Clandestino', que evidencia o lado mais melancólico de Ana Bacalhau, 'Fon fon fon' e o satírico 'Movimento Perpétuo Associativo'.
No âmbito da digressão europeia, os Deolinda já actuaram em Paris, Madrid, Roma, Amesterdão, entre outras cidades. Nos próximos meses têm agendados vários concertos, sobretudo em Portugal, destacando-se passagens pelos Açores e Madeira, pelo festival Delta Tejo e por um regresso a Itália.
Os Deolinda, que se estrearam no ano passado com o álbum "Canção ao lado", já duplo platina, são constituídos por Ana Bacalhau (voz), Pedro Martins e o irmão Luís Martins (guitarras clássicas), e José Pedro Leitão (contrabaixo).
Em 2010, os Deolinda deverão editar um novo álbum de originais, com alguns dos inéditos que têm incluído no alinhamento ao vivo.

Lucy in the sky with diamonds

Mais de 40 anos depois de John Lennon ter escrito, "Lucy in the sky with diamonds", o seu filho, Julian Lennon, quis restabelecer o contacto com a mulher que inspirou o seu pai, John, a compôr a sua famosa canção e que, sofre de uma doença incurável.
Há dois meses, Julian Lennon, que vive em França, soube que Lucy O'Donnell, sofre de lúpus, doença na qual o sistema imunológico ataca as próprias células do organismo.
Lucy O'Donnell, que frequentou a mesma creche do condado de Surrey que Julian Lennon, tornou-se na "menina com olhos de caleidoscópio", num dos maiores sucessos dos Beatles, composta na época mais psicodélica do grupo.
O pequeno Julian desenhou na época, numa folha de papel, pequenas estrelas e disse ao pai que aquele desenho, era "Lucy no céu com diamantes", frase que o pai utilizaria como título de uma das músicas, incluída no álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", publicado em 1967.
O gesto de simpatia de Julian Lennon para com Lucy, ajuda-o também a lembrar, e homenagear o pai, diz o jornal, "The Sunday Times".
John Lennon divorciou-se da mãe de Julian quando este tinha apenas 5 anos para se casar com a artista japonesa Yoko Ono.
Pai e filho conviveram muito pouco durante alguns anos, mas acabaram por se reconciliar e conviver mais assiduamente.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mick Jagger não quer que sala de espéctaculos, seja transformado em igreja.

Mick Jagger está engajado numa campanha para evitar que um antigo cinema, próximo de Londres seja transformado em igreja, informa o site da rede britânica BBC.
O líder dos Rolling Stones quer que o EMD (também conhecido como Granada), localizado na cidade de Walthamstow, seja mantido nas estruturas originais que serviram de palco para shows da banda nos anos 60, onde também tocaram nomes como Beatles, The Kinks e The Who.
Após fechar as portas em 2003, o cinema foi vendido à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que planeava reformar o lugar. Porém, a permissão para realizar as obras foi negada pelo conselho da região, já que a construção é considerada património nacional da Inglaterra pela composição arquitectónica em estilo art deco no interior do prédio. Representantes da IURD chegaram a fazer uma exibição pública dos planos para converter o local numa igreja e devem pedir uma nova permissão para a reforma.
"É de partir o coração saber que um prédio tão bonito, histórico e centro de entretenimento seja tirado da comunidade local", lamentou o cantor.
"Apoio por completo a campanha para o manter aberto, para exibir filmes, música e artes para as gerações futuras".
O movimento para manter o EMD nos seus moldes e funções originais ganhou seguidores na internet, com a criação de uma comunidade no Facebook. Com 631 membros, o grupo online intitula-se a campanha de "Save the Walthamstow EMD cinema".Cliquem no link e juntem-se a esta comunidade.
Além dos internautas e da McGuffin Film Society, organização sem fins lucrativos que luta pela manutenção do EMD - anteriormente, financiava exibições no local, também anunciaram apoio à causa, a actriz e roteirista Meera Syal, o político e historiador Tony Benn, e o actor de séries de TV Tony Robinson.
"Cinemas e espaços para shows como o Granada são os vasos sanguíneos de nossa história cultural. Eles ajudaram a lançar a música popular britânica nos palcos mundiais e devem continuar a funcionar como lugares de entretenimento e diversão", concluiu Jagger.

"Complexo - Universo Paralelo", Mário e Pedro Patrocínio

Para fazer o filme "Complexo - Universo Paralelo", Mário e Pedro Patrocínio passaram cinco anos numa das piores favelas do Rio de Janeiro. Fizeram amigos, entrevistaram traficantes e escaparam a vários tiroteios
Venderam o carro, juntaram todas as poupanças, pediram ajuda aos pais e aos amigos. Mário e Pedro Patrocínio estavam decididos a fazer um filme que ninguém acreditava ser possível: o dia-a-dia nas favelas mais perigosas do Brasil - o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Conviveram com os habitantes deste aglomerado de 12 favelas durante cinco anos. Foram confidentes, amigos e nunca se deixaram abater pelas dificuldades de filmar na chamada Faixa de Gaza carioca. Os dois irmãos habituaram-se aos polícias armados, aos traficantes e a fugir de balas perdidas. "Às vezes ia comprar pão e começava toda a gente a fugir assim que se ouviam tiros. Aprendes rápido a conhecer os atalhos por onde escapar", conta Pedro Patrocínio, de 27 anos. Mesmo assim, ainda não estavam preparados para o que lhes ia acontecer.
Um dia depois de terminarem a primeira parte das filmagens, 1500 polícias invadiram o Complexo do Alemão e mataram dezenas de pessoas. A operação tinha como objectivo manter a segurança na cidade que ia receber os Jogos Pan-Americanos, de 2007. Pedro e Mário escaparam por pouco aos tiros. Mas a polícia nem era o que os assustava mais.
"Ficámos em pânico, porque as pessoas podiam pensar que tínhamos sido nós a passar algum tipo de informação", conta Mário, o realizador do filme. No entanto, a confiança ganha à custa de muitas horas de camaradagem não se perde assim.
"Passámos cinco anos a conhecer as pessoas, a ver os lugares, a comer churrasquinho, a fazer pesquisa e a conquistar a confiança. Numa reportagem de uma semana não se apreende a realidade."
Para fazer o filme "Complexo", os irmãos conseguiram um acesso nunca antes permitido a estranhos à favela. E não sabem de cor os números do orçamento do filme - teriam tanto para contabilizar: o computador emprestado, o microfone a prestações, as deslocações?
"É muito dinheiro e nenhuma produtora quis este projecto. Nem em Portugal, nem no Brasil. Achavam que era impossível entrar lá dentro", diz Mário.

Cemitério de jornalistas - As palavras Complexo do Alemão assustam qualquer brasileiro. É um dos bairros mais violentos e confrontos entre a polícia e traficantes são comuns. Em 2002, o jornalista Tim Lopes foi brutalmente assassinado pelos traficantes. O repórter da TV Globo levava uma câmara escondida, para captar imagens de um baile funk, onde, segundo as suas fontes, havia exploração sexual de adolescentes e venda de drogas. Quando foi descoberto, não tiveram piedade.
A fama do Complexo do Alemão também assustou os irmãos Patrocínio. Pedro lembra-se bem da primeira vez que Mário foi às favelas. "Estava há um ano no Brasil, a estudar cinema e nunca tinha entrado numa favela. Os meus amigos eram da zona sul e nunca tinham socializado com os do morro. Fiquei muito preocupado."
Eram 21 horas e Mário não dava sinal de vida. Tinha ido filmar um videoclip no Complexo do Alemão, mas estava a demorar mais do que o esperado. Ainda por cima, não atendia o telefone. "Ia ficando maluco! Esperei horas, até que ele chegou, quase à meia-noite", recorda Pedro. A experiência tinha sido tão boa, que o realizador de 30 anos convenceu o irmão mais novo a juntar-se a ele no dia seguinte.

Destino? - Mário Patrocínio, que começou a carreira como actor e mais tarde passou para a realização, entrou no universo do Complexo do Alemão, quase por acaso. Se não tivesse sido convidado para ajudar a realizar o videoclip do cantor Mc Playboy, talvez nunca teria feito o filme "Complexo". "Quando recebi o convite fiquei apreensivo. Pesquisei na internet e foi ainda pior. O meu amigo só me dizia: ?Vamos todos juntos e fé em Deus!?" Não foi precisa muita fé. Apesar da tensão inicial, assim que chegaram receberam-nos bem. "O Mc Playboy é muito respeitado, por isso ninguém ficou desconfiado. Fizemos muitos amigos e sentíamo-nos em casa. Aquilo é uma vilazinha, as pessoas convidam-te para te sentares à mesa e comeres com eles", contam. Estávamos em 2003, e os irmãos foram os únicos que continuaram a visitar o morro, depois do fim das filmagens. "Gostavam de falar connosco, chamavam-nos ?os portugas?. Queriam saber como era o nosso país."
Mário e Pedro viram ali uma oportunidade. "Há muito que andava à procura de um projecto e as histórias de coragem daquelas pessoas precisavam de ser contadas." Da ideia ao projecto final foram cinco anos. O ponto de viragem foi no Natal de 2005. "Trocámos um bacalhau e um bom vinho por material de filmagem e deixámos os nossos amigos para conhecer a favela", conta Mário. De 22 a 26 de Dezembro, filmaram as reuniões familiares, os churrascos e os foguetes.

Vidas banais Como é um dia normal na vida de quem mora nas favelas do Rio de Janeiro? É possível ser-se feliz num dos lugares mais perigosos do mundo e conviver paredes meias com o Comando Vermelho, que controla 80% do tráfico da cidade? É a essas perguntas que o filme, com estreia marcada para o início de 2010, procura responder. Há quatro personagens (ver caixa): uma mãe de família, Dona Célia, o presidente da Associação de Moradores, Senhor Zé, que vive na favela há 30 anos, o artista MC Playboy e uma figura sempre presente - o tráfico.
No filme assistimos às conversas como se estivéssemos lado a lado com as personagens e vemos a favela com os olhos de quem lá mora. Por isso, a câmara não se demora no lixo do chão, nem nos polícias armados até aos dentes, que espreitam em cada esquina. Só despertamos para a iminente violência quando ouvimos, a frase de uma criança, com cerca de 4 anos, ao colo da mãe.
"Eu vou matar todo o mundo, todo o mundo, quanto tiver uma arma", diz com o ar mais ternurento do mundo. A mãe, Dona Célia, contraria o filho.
"Vai trabalhar para ganhar dinheirinho." A frase impressionou os criadores do projecto. "Ninguém nasce a traficar drogas ou com uma arma na mão. Imagina que vives com a tua mãe e cinco irmãos. Se não fores trabalhar, eles passam fome. Basta dizer que és do Complexo do Alemão, para que as pessoas tenham medo. O que é que fazes? O caminho mais fácil é ir para o tráfico."
O filme estreia em Janeiro, primeiro no Brasil e depois em Portugal. Mas o Complexo do Alemão tem prioridade.
"Têm de ser os primeiros a ver. Foram eles que nos abriram as portas", explicam os autores. Mas o projecto Complexo não é apenas um documentário.
"Vamos ter um evento musical, uma exposição de fotografia e de artes plásticas. Vão ser acções de divulgação durante 6 meses. Queremos pôr as pessoas a reflectir."
por Vanda Marque, no I

Pato Donald, faz hoje 75 anos. Parabéns, Tio Donald.

Há exactamente 75 anos, passava pela primeira vez nos ecrãs dos cinemas norte-americanos mais uma "Silly Symphonie" Disney, "The Wise Little Hen", onde se estreou um dos mais importantes heróis de sempre: o Pato Donald.
Curiosamente, "a saída do ovo" poderia ter acontecido mais cedo, uma vez que ele já é mencionado no guião de um storyboard escrito por Walt Disney em 1931, tendo mesmo Ferdinand Horvath feito alguns esboços.
Mas acabou por acontecer eram decorridos pouco mais de dois minutos daquela animação baseada na fábula de Esopo, então criado pelo animador Dick Lundy, e interpretando o papel de um dos preguiçosos que se recusam a ajudar a galinha que quer plantar milho para mais tarde ter alimento, surgindo apenas no final para (tentar) comer os frutos do trabalho dos outros. De personalidade ainda indefinida, já possuía a (semi-ininteligível) voz característica, da responsabilidade de Clarence Nash, que contribuiu bastante para o seu sucesso junto do público, embora fosse mais alto e pesadão e tivesse patas maiores.
De seu nome completo Donald Fauntleroy Duck, viria a revelar-se impulsivo, irascível, convencido, irritável, implicativo, explosivo, incapaz de pedir desculpa e reconhecer os seus erros, certo de ter sempre razão e um grande azarado . Veio também a descobrir-se sobrinho do pato mais rico do mundo apesar de pobretão, tio dos irrequietos Huguinho, Zezinho e Luizinho (surgidos em 1937) e eterno namorado de Margarida (1940). Na origem, já vestia o chapéu e camisa de marinheiro azuis com lista branca que se tornariam a sua imagem de marca, mas ainda não soltava os seus inconfundíveis quacks!
Da sua carreira, constam cerca de 200 filmes animados, 12 nomeações para o Óscar e um conquistado (com "A face do Fuehrer", de 1943) e milhares de histórias de banda desenhada, onde se estreou no mesmo ano de 1934, numa adaptação de "The wise little hen", escrita por Ted Osborne e desenhada por Al Taliaferro, sendo datada de 1938 a primeira revista com o seu nome. Seria no entanto apenas com Carl Barks, que desenhou mais de 500 das suas histórias entre 1942 e 1967, que se tornaria tal qual o conhecemos hoje. Barks, com o seu humor sarcástico, humanizou o pato, dotando-o de alguns dos maiores defeitos do ser humano, usando-o para criticar a sociedade e os seus vícios, e tornando-o assim numa inesgotável fonte de gargalhadas. E foi na BD também que, mais tarde, surgiu como alter-ego do Superpato e interpretou, emulando Indiana Jones, os Duck Tales.
Hoje, se as histórias aos quadradinhos estão em perda há muito (com excepções como os países nórdicos, a Itália, a Alemanha ou a Índia) e a participação em filmes animados diminuiu drasticamente, substituído por heróis do momento, de enorme mas breve êxito, a sua popularidade mantém-se (quase) intacta, identificado por milhões de pessoas e continua a aparecer em milhares de produtos licenciados um pouco por todo o mundo.
Por, F.Celto e Pina, no JN

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Big Brother britânico, 2009, no Chanel 4.


Sob a promessa de ser o "mais cosmopolita" e com participantes "dos quatro cantos do mundo", começou, na quinta-feira, a nova edição do programa Big Brother britânico – com um brasileiro entre os moradores da casa.
O estudante Rodrigo Lopes, de 23 anos, é meio italiano e diz que se mudou para a Grã-Bretanha em busca de uma vida melhor. Foi descrito pela apresentadora do programa britânico como um rapaz "que acha que pode ser gay", já que actualmente "sai com homens e mulheres em quantidades iguais", embora "não tivesse interesse em homens antes de vir para a Grã-Bretanha".
Entre os outros 15 concorrentes, estão, uma ex-coelhinha da Playboy, um rico empresário formado na prestigiosa Universidade de Oxford, um estudante de moda iraniano que "lamenta não ter um pénis maior", um líder estudantil indiano virgem e uma cantora russa que fez sucesso no seu país natal.
Logo nos primeiros minutos do programa, os competidores ficaram a saber que antes de poder entrar na casa, vão ter que cumprir algumas tarefas. Quem não as cumprir, vai enfrentar o voto popular e pode ser expulso no domingo.
Nestes primeiros dias, os 16 "moradores" vão dormir no chão da sala e não vão ter acesso à cozinha ou ao WC.
Para tomar banho, vão usar um balde com água fria da torneira e só vão comer cereais, oferecidos pelo Big Brother.
Entre as outras novidades desta edição do BB britânico, está a proibição de falsos romances – para chamar a atenção do público. Para evitar fingimento, os outros moradores vão ser convocados a votar sobre a sinceridade do affair de seus colegas.