sexta-feira, 19 de junho de 2009

MySpace, reduz o numero dos seus colaboradores.

A rede social MySpace decidiu reduzir para cerca de mil o número de trabalhadores. Para além da conjuntura económica difícil, com as receitas publicitárias a serem afectadas, o site tem sofrido uma concorrência forte do Facebook.
Num comunicado divulgado hoje, o presidente executivo da empresa, Owen Van Natta (que já trabalhou no Facebook), explica a medida como sendo “necessária para a saúde a longo prazo do MySpace” e para devolver à companhia uma “cultura de start-up”.
O MySpace, contudo, está já longe dos tempos em que era uma start-up – tal como está distante do período áureo de 2005, ano em que foi comprado por 580 milhões de dólares (419 milhões de euros, ao câmbio actual) pelo magnata dos media Rupert Murdoch, dono da News Corporation.
Nos meses que se seguiram à compra, o preço pago por Murdoch foi até várias vezes visto como muito reduzido – especialmente porque a Google decidiu, em 2006, pagar 900 milhões de dólares (faseadamente e até 2010) para colocar anúncios e o serviço de pesquisa Google no MySpace.
O acordo com a Google, contudo, termina no próximo ano e é improvável que seja renovado, pelo menos nos mesmos termos.
Rupert Murdoch também já deu a entender que não há uma estratégia segura para o outrora muito promissor MySpace.
O MySpace é uma rede social que se tornou particularmente popular entre os fãs de música e na qual várias artistas fazem questão de ter uma página. A fonte de receitas, como é típico neste tipo de serviços, é a publicidade.
Apesar da presença de músicos de renome e de acordos com editoras de musicais, a popularidade do MySpace – tal como as receitas – tem sido afectada pelo recuo do mercado publicitário e pela emergência de redes rivais, particularmente do Facebook.
O Facebook, depois de se tornar a rede social da moda nos EUA (sobretudo entre o apetecível mercado de jovens universitários, a quem no início era exclusivamente destinado), alastrou-se a outros países. E Portugal, onde o Hi5 foi em tempos a rede social mais conhecida, não é excepção.
Na história da Web, há vários episódios de sites que conseguiram elevados patamares de popularidade (e, por vezes, de rentabilidade), acabando por cair em pouco tempo.
Só os escritórios nos EUA deverão ser afectados pelos despedimentos e a empresa não tornou claro qual a poupança que espera obter.
Por: João Pedro Pereira,no Publico

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