quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Pequeno Livro dos Beatles

O francês Hervé Bourhis parece que gostou da brincadeira que fez em “O Pequeno Livro do Rock”, lançado mo ano passado pela Editora Conrad. Depois do sucesso considerável do livro resolveu estender esse projecto para a banda que provavelmente é a maior de todos os tempos.

Os Beatles teêm uma edição dedicada somente para eles em que o autor demonstra o seu bom humor em ordem cronológica desde os primórdios da formação do grupo até os dias mais recentes.

Ao pegar esse novo trabalho é justo imaginar qual seria a sua pretensa relevância, visto que ao que tudo indica todas as histórias sobre os quatro rapazes de Liverpool já foram ditas e recontadas. No entanto, “O Pequeno Livro dos Beatles” (Editora Conrad, 168 páginas), não traz o tom da “Antologia” que a Cosac & Naif trouxe para cá ou da (excelente) obra escrita por Bob Spitz. É leve e descontraído e traz nas suas páginas, várias pequenas brincadeiras.
Os desenhos têm novamente um atractivo bem interessante, com caricaturas dos envolvidos e releituras de capas de discos, singles, cartazes dos espectáculos e matérias de jornais. Para quem não conhece a fundo a história dos “fab four”, vai deparar-se com várias curiosidades da carreira e mesmo quem as conhece de cor vai acabar por se interessar novamente, na leitura desta publicação.

Hervé Bourhis também insere uma classificação para os álbuns e comenta sobre cada um deles ao seu estilo peculiar. Adiciona novas secções como o “Se você gosta de Beatles, talvez goste de:”, onde indica outras bandas parecidas ou inspiradas, como também a irónica “Sou eu que acho ou parece mesmo?”, em que compara músicas do grupo com outras, como por exemplo, “Ticket To Ride” e “Girl Don’t Tell Me” dos Beach Boys. Os comentários seguem espirituosos como os que faz sobre o clássico “Abbey Road” de 1969 e as obras particulares de Ringo Starr e de Paul McCartney.

“O Pequeno Livro dos Beatles” não ostenta ser uma obra essencial, mas consegue divertir o leitor. A repetição da fórmula que Hervé Bourhis exerce, por mais "marqueteira" que seja, não se esgota e é contada com bastante paixão e conhecimento.

Para completar, retirem da estante um álbum dos Fab, por exemplo, o magistral "Rubber Soul",e enquanto lêem o livro, oiçam as canções que marcaram toda uma época.


Por Adriano Mello Costa

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