segunda-feira, 11 de maio de 2009

História da capa de Houses of the Holy

A capa surreal do "Houses of the Holy", dos Led Zeppelin, com crianças de cabelo dourado gatinhando num cenário apocalíptico, é uma das mais simbólicas imagens da história do rock. Mas se a imagem, é familiar no mundo inteiro, o que ninguém sabe é que o menino que aparece na fotomontagem é agora um conhecido apresentador de televisão.
Stefan Gates,é o apresentador do programa da BBC2 Cooking In The Danger Zone,e tinha só cinco anos quando ele e a sua irmã Sam, foram fotografados nus no Giant’s Causeway, na Irlanda do Norte.
Hoje, Stefan, 40 anos, viaja por alguns dos mais perigosos lugares do mundo com o seu programa, aonde participa na preparação e degusta pratos exóticos.
Mas a lembrança das sessões fotográficas dos dez dias chuvosos em County Antrim está bem viva na sua memória.
Sam, a sua irmã,que agora tem 42 anos,era modelo infantil,descoberta por um caçador de talentos.Antes de serem fotografados para esta capa,posaram juntos em campanhas publicitárias, de roupas para crianças, e apareceram separadamente em comerciais, tele novelas e séries de TV, nomeadamente, “Poldark”.
Stefan diz:
“Ganhamos algum dinheiro como modelos, e a hipótese de viajarmos por lugares em que não havíamos estado antes. A nossa família não estava bem, economicamente, e não tínhamos condições, que nos permitissem gozar férias, ou ter qualquer outro tipo de extravagância. Então, isto acabou por ser fantástico, para nós. Para a capa do "Houses of the Holy", fomos para a Irlanda, justamente na época dos confrontos, entre a população local, e o exército inglês, um período político muito violento, que durou de 1960 a 1998. Lembro-me de que, quando chegámos ao aeroporto e vimos aquele monte de gente com armas, ficámos aterrorizados. Era um cenário de guerra. Ficámos numa hospedaria próxima ao Giant’s Causeway, para aproveitar a magia da luz do amanhecer e do anoitecer.”
"Houses of the Holy", é o quinto álbum dos Led Zeppelin, e foi lançado em 1973. Durante a tournée de divulgação, dois dos shows, foram filmados, originando o álbum ao vivo e o filme "The Song Remains the Same".
O álbum marca uma mudança no estilo e no som da banda. Os riffs de guitarra tornaram-se mais trabalhados, e com técnicas, que mostravam forte influência, do blues.
Apresenta estilos não ouvidos, nos álbuns anteriores, como por exemplo, "D'yer Mak'er", que é um reggae; "No Quarter" apresenta uma introdução com sintetizadores e um solo de piano do baixista John Paul Jones, "The Crunge" é um tributo funk a James Brown. A música que encerra o álbum "The Ocean" é dedicada ao "o oceano" de fãs que assistiam aos shows dos Led Zeppelin.
Este é o último álbum da banda, pela gravadora Atlantic Records, antes de criarem sua própria gravadora, a Swan Song Records, em 1974.
Este é também o único álbum dos Led Zeppelin que contem todas as letras impressas no encarte.
Em 2003, o álbum foi escolhido pela revista Rolling Stone como número 149 na lista dos "500 Melhores Albúns de Todos os Tempos"
"Houses of the Holy" é também o nome de uma música gravada durante as sessões deste álbum, mas que só foi lançada no Physical Graffiti, em 1975.
Outras músicas gravadas, mas que não aparecem no refrenciado "Houses of the Holy", são "Walter's Walk", "The Rover" e "Black Country Woman".

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