Quem usa o picante, piri piri, djindungo, pimenta, como lhe quiserem chamar, ou seja, chamem-lhe o que quiserem e consoante os lugares aonde o estão a consumir, no dia-a-dia, está a beneficiar, além de tempero, de uma série
de medicamentos naturais, com propriedades tão variadas, que vão do analgésico, ao anti-inflamatório, ao xarope,
ás vitaminas, benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares
de anos, e que agora estão a ser comprovados pela ciência. A pimenta do
reino faz bem à saúde e o seu consumo é essencial para quem tem
enxaquecas. Esta afirmação pode ser uma surpresa para muitas
pessoas que, até hoje, acham que o condimento que pica, que arde, deve ser evitado.
Esta especiaria, traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca
gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas. Nada disso é verdade.
Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o
oposto! A substância química que dá à pimenta o seu carácter picante, é
exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.
No
caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina. Na pimenta
vermelha, é a capsaicina. Surpresa! Elas provocam a liberação de
endorfinas - verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais
extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica!
O mecanismo é
simples: Assim que se ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou
a piperina activam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses
receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de
que a sua boca estará a "pegar fogo". Tal informação, gera,
imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de nos salvár desse
fogo: começamos então a salivar, a transpirar e o nariz fica húmido,
tudo isto tem a finalidade de provocar uma sensação de alivio, de frescura.
Além disso, embora a
pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, o cérebro,
enganado pela informação que a boca está a arder, inicia, de imediato, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no nosso
organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um estado alterado de consciência muito agradável, causado
pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro. E tudo isto sem
nenhuma gota de álcool!
Quanto mais picante for a malagueta, mais
endorfina é produzida! E quanto mais endorfina, menos dor e menos
enxaqueca. E tem mais: as substâncias picantes das pimentas (capsaicina e
piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago.
Possuem efeito carminativo (antiflatulência) e estimulam a circulação
no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde
que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam
aplicadas conjuntamente.
Existem cada vez mais estudos
demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da
capsaicina e piperina. Pesquisadores de todo o mundo, não param de
descobrir que a pimenta, tanto do género piper (pimenta-do-reino) como
do capsicum (pimenta vermelha), tem qualidades farmacológicas
importantes. Além dos princípios activos capsaicina e piperina, o
condimento é muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e
potássio. Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protetores
do DNA celular. Também contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que
previnem o câncro.
Graças a essas vantagens, a planta já está
classificada como alimento funcional, o que significa que, além dos seus
nutrientes, possui componentes que promovem e preservam a saúde. Hoje é usada como matéria-prima para vários remédios que aliviam dores
musculares e reumatismo, desordens gastrintestinais e na prevenção de
arteriosclerose. Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de
consumir este medicamento natural, pois acreditam que possa causar mais mal do que bem. Pois fiquem a saber, que diversos estudos recentes têm revelado que a
pimenta não é um veneno
nem mesmo para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão
Vejamos as maleitas que as malaguetas, o picante, cura:
Baixa imunidade - A pimenta tem sido aplicada em diversas partes do mundo no combate à sida com resultados promissores.
Câncro -
Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de
inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem
causar toxicidade. Outro grupo de cientistas tratou seres humanos
portadores de tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo
princípio activo. Depois de algum tempo constataram que houve redução de
50% dos tumores, sem afectação das células pancreáticas saudáveis ou
efeitos colaterais. Já em Taiwan, os médicos observaram a morte de
células cancerosas do esôfago, aquando do uso do picante.
Depressão -
A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e
adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está
associado também à melhoria do ânimo em pessoas deprimidas.
Enxaqueca- Provoca a liberação de endorfinas, analgésicos naturais potentes, que atenuam a dor.
Esquistossomose - A cubebina, extraída de um tipo de pimenta asiática, foi usada numa substância semi-sintética por cientistas da Universidade de Franca e da Universidade de São Paulo. Depois do tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro), a doença em cobaias foi eliminada.
Feridas abertas - É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e anti-hemorrágica quando em pó, é colocado directamente sobre a pele lesionada.
Gripes e resfriados -
Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum
recomendar a ingestão de uma pequena pimenta, malagueta por dia, como
se fosse um comprimido.
Hemorróidas - A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com malaguetas para uso tópico.
Infecções
- O alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e
bactericida, e não prejudica o sistema de defesa. Pelo contrário, até
estimula a recuperação imunológica.
Males do coração
- A pimenta caiena tem sido apontada como capaz de interromper um
ataque cardíaco em 30 segundos. Contém componentes anticoagulantes
que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e activam a circulação
arterial.
Obesidade -
Consumida nas refeições, estimula o organismo a diminuir o apetite
nas seguintes. Um estudo revelou que a pimenta derrete os excessos de
energia acumulados em forma de gordura corporal. Além disso, aumenta a
temperatura (termogênese) e, para dissipá-la, o organismo gasta mais
calorias. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.
Pressão alta - Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a regularizar a pressão arterial.
A ser verdade, é muito bom, né?
By: Mestre Joca
By: Mestre Joca
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