sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pedro Osório

É a única certeza que temos na vida...é que um dia, morremos. Mas nunca a encaramos de frente, nunca a aceitamos de  ânimo leve, nunca nos entregamos a ela, sem luta. 

Foi assim com o Pedro. Travava essa luta há sete anos...ontem perdeu. Perdeu ele e perdemos nós. Perdemos um Amigo, um dos músicos mais esclarecido, mais criativo e mais divertido. É assim a vida.Até sempre Pedro.

Recorrendo á Wikipédia, deixo aqui uma sinopse do que foi a vida do Maestro Pedro Osório.

Pedro Vaz Osório nasceu na cidade do Porto, onde estudou Música e Engenharia Mecânica. Aí formou  o “Conjunto de Pedro Osório” que tocava em bailes quase todos os fins-de-semana em final dos anos 50, princípio dos 60.

Em 1966 lançou o último EP do Conjunto de Pedro Osório e rumou a Lisboa para se juntar à segunda formação do Quinteto Académico, com a seguinte formação : Pedro Osório no piano, Jean Sarbib no baixo, Carlos Carvalho na guitarra, Zé Manel no sax-barítono e Adrien Ransy na bateria. Conheceu Luís Villas-Boas em 1966 após o regresso de Angola, onde cumpriu "dois anos, três meses e vinte e cinco dias" de comissão. Tentava retomar o curso de Engenharia. No último ano do curso (1967) decide-se pela carreira de músico profissional.

Depois dos conjuntos pop-rock (Conjunto Pedro Osório e Quinteto Académico) passa a dedicar-se à orquestração e direcção de orquestra.

Em 1968 forma o Trio Barroco com Jean Sarbib e Luís Villas-Boas.

Representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1968 como autor de "Verão" de Carlos Mendes.

Juntamente com Carlos Alberto Moniz funda em 1974 o Grupo Outubro e gravam dois discos. É editado um disco do projecto SARL (Pedro Osório, Samuel e Carlos Alberto Moniz).

Participação do Grupo In-Clave, com Fernando Tordo e Tonicha, arranjos e direcção de Pedro Osório. No lado A “Portugal Ressuscitado”, poema de José Carlos Ary dos Santos para música de Pedro Osório. Uma produção da Sassetti - 1974 O estribilho de “Portugal Ressuscitado”: “Agora o povo unido Nunca mais será vencido Nunca mais será vencido”

É ao lado do maestro Pedro Osório no programa «No Tempo em que Você Nasceu» que Herman José inicia a sua carreira artística, (viola-baixo). Pedro Osório é também o responsável pela sua entrada no teatro de revista.

Pedro Osório representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1975 (Duarte Mendes) como chefe de orquestra.

O Pedro Osório S.A.R.L. fica em 3º lugar no Festival RTP de 1979 com "Uma Canção Comercial".


 
Com "Self-Made-Man" dos S.A.R.L. regressa ao Festival da Canção, em 1980. Representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1982 como chefe de orquestra.

Autor de música para cinema e teatro ganhou em 1982 o prémio da crítica com a música que compôs para a peça "BAAL" de Bertholt Brecht. Em 1982 "Quero Ser Feliz Agora" dos S.A.R.L fica em 4ºlugar.

1989 é o ano do projecto "Só Nós Três", com os cantores Paulo de Carvalho, Fernando Tordo e Carlos Mendes. "Vim Para O Fado E Fiquei" é outro dos seus projectos.

Em 1993 junta Lena d'Água, "Rita Guerra e Helena Vieira para o grande espectáculo "As Canções Do Século", que foi gravado ao vivo no Casino do Estoril. Pedro Osório foi o criador dos arranjos e dirigiu a orquestra. A digressão desse espectáculo durou vários anos.

"Quatro Caminhos" é outro dos projectos de Pedro Osório, com Paulo de Carvalho, Rita Guerra, Maria João e Carlos do Carmo, e foi apresentado em 1996.

Em 1994 recebeu o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1996 como autor da canção "O meu coração não tem cor" interpretada por Lúcia Moniz, que conseguiu a melhor classificação de sempre da representação portuguesa naquele festival.

Escreve obras de música sinfónica tendo algumas sido executadas em público. Foi director musical e autor musical de shows do Casino do Estoril como "Novas Descobertas" e "POPera".

Em 1998, concebeu o espectáculo intitulado "Da Gama", tendo como subtítulo "Concerto para 6 Músicos, 2 Cantores e 1 Computador", em que participaram os cantores Paulo de Carvalho e Rita Guerra.

Em 1999 foi o responsável por outro espectáculo musical que consistiu na interpretação pop de várias árias de óperas conhecidas. Nele participaram os cantores Helena Vieira, Beto e Rita Guerra.

Em 2011 publicou o disco Cantos da Babilónia, a partir de músicas étnicas de todo o mundo.

Morreu a 5 de Janeiro de 2012 em Lisboa, no Hospital de São Francisco Xavier.

1 comentário:

Edgar Neves disse...

Portugal está mais pobre até no sector musical. Fica a obra e a saudade de um excelente músico.
Até sempre Pedro.