domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cream - A História - The End, Part II - Goodbye Cream

Com este post, fica completa a história dos Cream. Os outros capítulos,desta saga, podem ser encontrados,nos links a seguir: Parte I, Parte II,The End Parte I.
No dia 11 de Maio de 1968 a Rolling Stone publicou uma entrevista feita, algumas semanas antes, com Clapton, ao lado da crítica de um show recente da banda, feita pelo jornalista Jon Landau – nome que se tornaria odiado pelos fãs do grupo pelo resto das suas vidas. A entrevista, distorcida ou não pelos editores, mostrava um Clapton snobe e convencido de sua alta posição dentro da banda, entregando-se a todas as declarações caprichosas que uma estrela pode fazer: coisas que ele havia dito que indicavam um ego mais exacerbado, tinham sido maximizadas ao cubo na matéria. E, na sua critica do show, Landau colocou aquela declaração que ficaria para sempre registada na memória do guitarrista: “Os Cream saturaram, chegaram ao limite, estão num beco sem saída (...) Todos percebemos que Clapton é um mestre nos clichês do blues de toda essa geração pós-guerra que resolveu , aprendr a tocar guitarra, para sobreviver!”.
E, na sua fúria anti-Cream, foi ainda mais longe: “Clapton, assim como aqueles virtuosos que o acompanham, é óptimo em copiar ideias de outras pessoas”. O artigo, arrasou Clapton. Nunca mais foi o mesmo. Amigos contam que o guitarrista leu o exemplar da revista enquanto bebia um aperitivo, numa tarde, á mesa de um bar em Boston. Aquilo, era o epitáfio de uma carreira solidamente construída. “Foi um pesadelo na minha vida. Não consigo acreditar em tudo o que lá estava escrito, até hoje.” Comentaria, algumas semanas depois da publicação da reportagem, na revista Hit Parader. "Entrei numa crise depressiva, e passei o resto da tarde naquele bar. Estava estarrecido,destruído interiormente. O pior é que toda a motivação por trás daquilo ,foi realmente maléfica. Aquele tipo, (Landau) chamou-me de ‘mestre do clichê de blues’. Isto foi o que ele disse de mim. E essa foi uma das razões pelas quais eu pensei ‘Chega. Vou acabar com tudo isto.’ Eu só pensava em abandonar tudo, a partir de então.”
Como é publicamente sabido, depois do fim dos Cream, Clapton passou a renegar a sua condição de guitarrista famoso e quis até mesmo voltar ao anonimato, passando a tocar numa banda sob pseudónimo (Derek and the Dominoes, com quem lançou “Layla”), tentando reafirmar a sua reputação e a sua carreira de forma bem modesta, sem as luzes grandiosas e a megalomania dos Cream, numa espécie de arrependimento e auto-flagelação por ter abandonado a sua condição de simples guitarrista de blues em Londres para se tornar uma mega-estrela do rock. Seja como for, a partir de então, após as bombásticas declarações de Clapton de como foi afectado pela matéria da Rolling Stone, vários semanários e publicações musicais, inglesas e americanas, passam a prever o fim da banda – que, se já não estava bem internamente, agora, com a desistência de Clapton, tinha tudo para acabar de vez.
Com o final da tournée americana, após muita discussão entre todos os componentes da banda e a crise vivida por Clapton, aparentemente, agora, teriam descanso, e "Wheels of Fire ",foi lançado em Julho daquele ano. O álbum chegou ao topo das listas de vendas nos USA. Também em Inglaterra, foi vendido a uma velocidade estonteante, subindo da posição 54 nas listas, para a 3a. Como os membros da banda não haviam ficado satisfeitos com grande parte do material produzido em estúdio, decidiram fazer uma homenagem aos fãs, e "Wheels of Fire "foi lançado como sendo um disco de estúdio ,com outro ao vivo, contendo hits da banda tocados nos shows do Fillmore West e do Festival de Winterland, em San Francisco (entre eles, a estupenda versão de “Crossroads”, até hoje considerada a mais perfeita gravação ao vivo de rock jamais feita), para o deleite dos ouvintes. O grande hit do momento entretanto, era a mágica “White Room”, uma viagem de 5 minutos e tanto com vocais inspiradíssimos de Jack Bruce, bem ao estilo majestoso dos Cream, que sabiam como ninguém, misturar sons pop, jazz, psicodelia e hard rock em canções inesqueciveis.
Publicações como New Musical Express, Disc & Music Echo, Record Mirror e Melody Maker curvaram-se ante o lançamento e bajularam, nas suas páginas com ladaínhas e louvores, até então inéditos, para revistas e jornais de rock. O britânico Beat Instrumental foi taxativo: “Comprem este álbum ou vivam miseravelmente o resto das vossas vidas!”. Mas a Rolling Stone, só para não fugir á sua nojenta tradição, estampou em letras bem visíveis, num artigo de Jan Wenner: “Os Cream são bons numa série de coisas; infelizmente, composição e gravações não estão entre elas”. Logo adiante, o mesmo jornalista lançava um disparate: “White Room’ é, praticamente, uma duplicata de ‘Tales of Brave Ulysses’, sendo que ambas as canções eram muito diferentes, apesar de, até certo ponto, seguirem uma mesma cadência. Shows, músicas, gravações... o que mais faltava para eles menosprezarem?

Entretanto, Clapton resolve descansar um pouco e aliviar o seu sofrimento. Angustiado, e com a ânsia de ver Patty novamente, nem que fosse ao lado do marido, o seu grande amigo, George Harrison, resolveu ,visitá-los,na sua residência em Londres. George,completamente "a leste", deconhecndo a paixão que assolava Clapton, agradece a visita deste, com um convite que entra para a história do rock. Conversando sobre o novo álbum que os Beatles estavam produzindo, comenta como tudo é diferente nos estúdios de Abbey Road, e que,cada Beatle produz o que quer, separadamente. Então, convida Eric para este fazer o solo inteiro de uma nova composição, sua, o “While My Guitar Gently Weeps” por achar que o seu estilo de solar era o que a musica "pedia". Um comovido Clapton, agradecido pela chance de participar numa gravação dos Beatles, e roído por dentro por todo um sentimento brutal de culpa por estar apaixonado pela mulher do seu melhor amigo, e ter que permanecer em silêncio, aparece em Abbey Road em 6 de Setembro, e após gravar a sua parte do tema, desabafa com Harrison:" Os Cream ,definitivamente, não tem hipóteses de continuar." Harrison ,nada surpreendido, diz a Eric, que o mesmo se está a passar com os Beatles.
As incertezas, a partir de então, cresceram com a mesma intensidade de manchas nebulosas no céu durante o aproximar de uma grande chuva. Quando raramente localizados pela imprensa, nenhum dos membros da banda dava declaração alguma sobre qual era o destino dos Cream ou o que iria acontecer. Eram, no entanto, muito fortes os rumores de que o empresário Robert Stigwood vinha tentando, havia já, várias semanas, reunir todos numa sala , acalmar os ânimos e conseguir persuadi-los a continuarem o trabalho até aí, realizado.
Quando os Cream finalmente voltaram a ser noticia, em Outubro de 1968, era já, para anunciar a sua eternamente célebre, Farewell Tour, o concerto de adeus, que eles ainda nem,aonde seria realizado.
Foram marcadas várias datas nos EUA, todas com lotação máxima,tendo os bilhetes, sido vendidos á velocidade da luz."Sol Out" – era a última oportunidade de ver o Cream! Oakland, Iowa, New York... na Big Apple, após um lendário concerto no Madison Square Garden, receberam o disco de platina pelas vendas recorde de Wheels of Fire. Jornalistas afoitos acotovelaram-se para conversar com Jack Bruce, nos bastidores do show: “Vocês estão realmente acabando... ou poderíamos dizer que isso é um dos mais geniais golpes promocionais para conseguirem mais vendas de bilhetes?” – perguntava ironicamente um dos repórteres presentes. “Bem... eu simplesmente acho que o que basta... basta.”, respondia impacientemente o baixista.
O acto final, em Inglaterra,todos concordaram, seria encenado no grande Royal Albert Hall, Londres, num dos mais disputados e emocionantes shows da história do rock. Marcado para 26 de Novembro de 1968, o concerto de adeus dos Cream teve, a abrir: Rory Gallagher,(todos imaginavam que, por ser também um power trio, seria o sucessor dos Cream. Enganaram-se acabou logo.)E uma banda que já indicava o futuro do rock, nos anos 70, os Yes, que, nas suas actuações mostravam como os Cream haviam inovado o rock. Os ingressos esgotaram-se em apenas duas horas, e a plateia, querendo prestar a sua última homenagem aos seus heróis, atirou 5.000 rosas para o palco, aplaudindo frenéticamente,compulsivamente ,esperando pelo encore,a que os Cream acederam, tocando “Sunshine of Your Love” e a velha “Steppin’ Out”.E foi o FIM.
O público continuava aplaudindo ruidosamente, mas ao perceberem que o fim do show realmente tinha chegado, todos entoaram emocionadamente: “God Save the Cream!” (numa subversão criativa do tradicional “God Save the Queen” com que a Rainha Elizabeth era saudada). O sucesso foi tão grande, que um segundo espectáculo foi realizado, na mesma noite, poucas horas após o primeiro, e todas estas cenas se repetiram, transformando o concerto de adeus em dois, na verdade. Os shows foram filmados por Tony Palmer e condensados num filme histórico, chamado "Goodbye Cream", posteriormente televisionado pela BBC, e lançado com grande sucesso no mundo inteiro. É mais um daqueles momentos, registados em celulóide, da simbologia de uma época que não volta mais e das suas bandas lendárias, despedindo-se .
Fez-sez história, assim como os filmes "Let it Be", dos Beatles, e "Gimme Shelter", dos Rolling Stones.
Em vinil, no entanto, ainda havia a última despedida a ser feita. E com o mundo inteiro ainda respirando muito Cream após a chegada do ano novo de 1969, no final de Fevereiro sai o álbum Goodbye Cream – que, ao contrário do que o título possa fazer pensar, não é a banda sonora do documentário do último show, mas sim, uma simpática colecção de faixas que haviam ficado de fora da edição final de Wheels of Fire e alguns temas novos, assim dividido : Três músicas ao vivo, retiradas de um show em 19 de Outubro de 1968 no Fórum, de Los Angeles, e quatro registos de estúdio – entre eles, a já famosa balada “Anyone for Tennis”, remixada e lançada numa versão um pouco diferente da do compacto. Inicialmente, o álbum havia sido planeado para ser uma continuação de Wheels of Fire: ou seja, da mesma forma, um disco de estúdio e outro só ao vivo – entretanto, diante do material considerado insatisfatório por Clapton e cia. o plano foi abandonado. O que chamava a atenção – e que seria o último grande sucesso e hit single dos Cream – foi uma outra balada, “Badge”, que era uma excelente parceria de Clapton e George Harrison na composição, entretanto, creditado como “L’Angelo Misterioso”, para não provocar problemas legais com a EMI, gravadora dos Beatles. Esta gravação, da qual Harrison participou, um clássico do rock, esconde uma história engraçada. O título saiu de um equívoco de Clapton, com o qual Harrison deu boas gargalhadas. Estava previsto que Clapton não tocasse até á parte em que o tema mudava de ritmo – a bridge. Entretanto, Harrison escreveu uns gatafunhos, a palavra “bridge” no meio da letra da música, e Clapton, observando de longe o papel, não conseguia ler direito o que estava escrito, e perguntou: “Que raio é isso, Georgie? Badge?”(bridge) – e assim ficou no nome da música. O tema nas palavras de um crítico de música norte americano, “soava tanto a Cream quanto a Beatles”...

A produção de arte de Goodbye Cream também revela como os músicos estavam aliviados por estarem virando aquela página na história de suas vidas. Clapton, Baker e Bruce concordavam, entre si, que já haviam dado o melhor que podiam como um conjunto, e resolveram fazer uma capa para o disco bem-humorados e fazendo uma brincadeira com o fim do grupo – num clima bem diferente do melancólico final dos Beatles, com os LPs Abbey Road e Let it Be. Concordavam, também, que agora não havia outro rumo a não ser partir para coisas novas, tentar parcerias e grupos diferentes – enfim, inovar, seguir adiante sem ficar a olhar para trás, que é sempre o caminho que um verdadeiro músico deve seguir. Sem mágoas, rancores ou ressentimentos, mas com uma espécie de senso pelo dever cumprido, os três reuniram-se nos estúdios do fotógrafo Michael Cooper no final de 1968, para a sessão de fotos simulando o "gran finale" de um show da Broadway, ou de um daqueles grandes musicais de Hollywood, da qual sairiam as divertidas capa e contracapa do último disco da banda: vestidos de roupas de gala prateadas, com cartola e tudo, os membros do Cream acenavam sorrindo para as câmeras, dando adeus aos seus admiradores e encerrando um capítulo de ouro na história do rock. No interior da capa dupla do LP, no entanto, uma brincadeira de humor negro: os nomes das músicas vinham inscritos em lápides de cemitério...
A verdade é que, até no momento final, os Cream foram únicos, insuperáveis, clássicos.. Terminaram com uma elegância e uma pompa invejáveis. Além de darem vazão, também, a homenagens inesquecíveis.Eis a história de uma delas.
Jimmy Hendrix com Eric Clapton

Desde o final de 1968, o Jimi Hendrix Experience, negando a rivalidade sugerida por mídia e órgãos da imprensa entre eles e o Cream (o que sempre foi feito, também, como uma campanha de marketing entre Beatles e Rolling Stones), vinha tocando, em alguns de seus shows, “Sunshine of Your Love”, numa espécie de resposta de Hendrix aos jornalistas, aborrecido com as comparações que vinham fazendo dele com o seu amigo Clapton. Era a reverência do Experience ao Cream, mostrando a todos como eles também se sentiam influenciados pelo trabalho da banda e de como eles a admiravam. O grande tributo, entretanto, aconteceu mesmo no começo de 1969, no dia 4 de Janeiro, e não poderia ter sido em melhor estilo.
Já plenamente conhecido dos teenagers da época, o programa "The Lulu Show" trazia a apresentadora Lulu, – aquela mesma que, anos antes, havia desmerecido o trabalho de Clapton diante de Jimi Hendrix numa crítica publicada na Disc e Music Echo – e que era famosa no meio pop londrino por “salivar” em cima de novos talentos, num clima de pretensa bajulação e falsidade bem típico de certos apresentadores e apresentadoras de TV de hoje em dia. Como sempre aconteceu com o "mainstream", que se apropria de aproveitadores que embalam seus produtos no afã de explorar financeiramente o mercado consumidor jovem, todos sabiam que o negócio de Lulu não era bem o verdadeiro rock – mas ela estava nessa, assim como vários outros, mais pelos interesses lucrativos que o show business já tinha, enxergando o grande potencial econômico do rock, a partir da década de 60. E o convidado especial do Lulu Show naquele Janeiro de 1969 era, justamente, o Jimi Hendrix Experience, por quem Lulu dizia ter “a maior admiração”, apesar de Hendrix e todos saberem que, no minuto seguinte, com o aparecimento de um novo artista ou alguma produção pop, paga por alguma gravadora, eles seriam desvalorizados.
Pois bem, Hendrix lembrava-se muito bem das críticas que Lulu havia feito, comparando Clapton a ele na Disc & Music Echo, e como isto havia deixado o guitarrista dos Cream magoado. Ele sabia, também, que o acordo para aparecer no Lulu Show previa que o Experience tocasse apenas duas músicas – mesmo assim, em um formato menor, mais pop, e sem muita jam, por causa do timing do programa, transmitido ao vivo para toda a Inglaterra. Assim, Hendrix falou com o baixista Noel Redding e o baterista Mitch Mitchell, seus colegas de banda, e urdiu sua doce vingança. Abriram o programa tocando a já célebre “Voodoo Child”, hit de seu último álbum, o fenomenal Electric Ladyland. Logo depois, após uma introdução de Lulu os exaltando e dizendo como ela adorava a próxima música que eles iriam tocar – prevista para ser o seu primeiro sucesso, a balada “Hey Joe” – Hendrix entrou na música com os seus companheiros. Primeiro, iniciaram com uma introdução pesadíssima, que lembrava muito os finais dos shows do Cream, dando o máximo volume de seus instrumentos – o que já deixou os produtores do programa atónitos com aquela barulheira, não prevista no alinhamento. Após quase um minuto, então, entraram nos acordes da música, finalmente, e começaram a tocar o que era conhecido como “Hey Joe”: Hendrix cantava a letra com desleixo, enquanto Redding e Mitchell conduziam o ritmo calmamente, no compasso lento do blues.
De repente, pânico na produção do programa: algo saía fora do previsto! Numa súbita paragem, Hendrix calmamente parou de tocar e dirigiu-se à plateia, pasmada, nos seguintes termos: “Vamos parar de tocar esta musiquinha de merda para prestar uma homenagem a uma das maiores bandas de todos os tempos: os Cream!”. E emendaram com os primeiros acordes de uma versão instrumental de “Sunshine of Your Love”, que levaram a plateia ao mais absoluto delírio! Saiu tudo ao vivo, provocando em directo e ao vivo, o alarde dos produtores: o palavrão de Hendrix, a cara de constrangimento de Lulu, o público aplaudindo... e tudo isto no canal de TV da sisuda BBC de Londres! Um daqueles incautos momentos históricos em que o rock, incomformista e rebelde, cuspiu na cara do sistema diante de todos. O caos, infelizmente, durou alguns poucos minutos: a transmissão foi cortada, e podia-se ouvir Hendrix falando ao microfone, enquanto um sorriso maroto resplandecia em sua face: “Acho que fomos tirados do ar...”. Está tudo registado no CD "Jimi Hendrix Experience BBC Sessions," que inclui a apresentação completa da banda no programa daquele dia. Foi, sem dúvida, uma das melhores homenagens que poderiam ser prestadas aos Cream...
Hoje em dia, as peripécias dos Cream e o que o grupo fez para desbravar os limites do rock e da música pop já são bem conhecidos de todos, e muitas destas histórias já entraram no imaginário colectivo,na lenda. Muitos já sabem, também, o que aconteceu depois com os seus integrantes: as diversas formações das quais Clapton, Bruce e Baker participaram depois, as inúmeras parcerias e gravações, suas carreiras solo, e o que aconteceu com estes, hoje grisalhos senhores britânicos (talvez nem todos: Baker é o mais acabado, resquícios de seu passado de exageros: um avô magricela, de cabelos branquíssimos). Isto, no entanto, não é assunto que abordaremos – o nosso propósito sempre foi o de contar uma história completa, detalhada, e, de certa forma, curiosa dos Cream. Portanto, ficaria incompleto o nosso registo se não mencionássemos, aqui, a honrosa inclusão da banda no prestigioso Rock n’Roll Hall of Fame, e que se deu com uma impagável cerimonia realizada em 23 de Janeiro de 1993, no Central Plaza Hotel de Los Angeles onde, por alguns minutos, uma plateia de 700 felizardos e alguns poucos convidados pôde presenciar uma jam de retorno do grupo, em agradecimento pelo título concedido de lendas do rock. Naqueles mágicos 13 minutos, em que eles tocaram “Born Under a Bad Sign”, “Sunshine of Your Love” e “Crossroads”, os presentes puderam respirar um pouco mais do ar de uma era em que o espírito do verdadeiro hard rock e sua criatividade eram algo mais do que pôsteres de revista e clipes na MTV.

THE END

Fontes
Denio Alves

A História do Rock (Edições Som Três, 1982)
Eric Clapton – Por Ele Mesmo (Ed. Martin Claret, 1992)
John Platt, Disraeli Gears (Schirmer Books, 1998)
Chris Welch, Strange Brew (Castle Communications, 1994)
Brian Hogg & Robert Whitaker, In Gear (UFO Books, 1992)

Sem comentários: