Brian Wilson, outro dos imortais do rock. Só o "Pet Sounds", de1966, já seria o suficiente para fazer deste "Rapaz da Praia" um dos compositores mais influentes da história da musica. Mais uma mão cheia de clássicos, como "Fun, Fun, Fun", "I Get Around", "California Girls", "Don't Worry Baby" e "Good Vibrations", só para citar alguns, não deixam dúvidas de que Brian Wilson, de facto, está no mesmo lugar de Paul McCartney, Mick Jagger e Bob Dylan.Mas desde que saiu dos Beach Boys e os seus constantes problemas mentais - que o impediram de, na época, concluir o seu ambicioso projecto "Smile" -, Brian Wilson ficou um bom tempo desaparecido, e, quando dava o ar da graça, lançava discos que, nem de longe, lembravam aquele músico capaz de compor canções que entraram para o imaginário popular de toda uma geração.
No início do milénio, Brian Wilson surpreendeu a todos com um regresso triunfal aos palcos para apresentar, na íntegra, o disco "Pet Sounds". Apesar de se mostrar meio intimidado no palco, junto de um teclado que mal tocava, e lendo as letras das canções no monitor, os shows foram o suficiente para reacender a chama para que Wilson terminasse o seu "Smile", que finalmente viu a luz do dia em 2004. A partir daí, o eterno Beach Boy fez mais outros shows espectacular.
Quatro anos depois, Brian Wilson retornou à Capitol, gravadora que lançou a sua banda, e agora é a vez de "That Lucky Old Sun", álbum que segue o mesmo padrão de "Smile", ou seja, uma mini-ópera-rock, com uma temática central, com Wilson acompanhado por uma imensa "big band", repleto de canções que poderiam tranquilamente estar em qualquer disco clássico dos Beach Boys, como "Good Kind Of Love", "Forever She'll Be My Surfer Girl" e "Oxygen To The Brain".
"That Lucky Old Sun", que fala de uma Califórnia ensolarada dos anos 60, aquela mesma aonde os Beach Boys conheceram a fama, é um verdadeiro tributo ao Estado que tem como Los Angeles a sua cidade mais importante. E isso fica claro logo na segunda faixa, "Morning Beat" ("Another dodger blue sky is crowning L.A. / The city of angels is blessed everyday / That lucky old sun smiles on me"), com uma letra que cita lugares importantes da cidade como o píer da praia de Santa Monica e as montanhas de Hollywood.
"Going Home" e a singela "Southern California", com os seus belos arranjos vocais, uma das marcas registadas dos Beach Boys, lembram os melhores momentos de sua antiga banda. E o início da 'mariachi' "Mexican Girl" dá a impressão de que Wilson vai começar a tocar "Pet Sounds" (a música).
Mas ao mesmo tempo em que canta o sol de uma paradisíaca Califórnia, Brian Wilson, num trabalho autobiográfico, relembra as suas tristezas de um período em que permaneceu artisticamente morto.
Canções como "Midnight's Another Day" ("All these voices, all these memories / Made me feel like stone / All these people made me feel so alone") e "Going Home" ("At 25 I turned out the light 'cos I couldn't handle the glare in my tired eyes / But now I'm back drawing shades across the sky") colocam o dedo na ferida de uma forma singela e emocionante.
Brian Wilson não se ri do passado, mostrando uma melancolia que chega a emocionar.
"That Lucky Old Sun" é a perfeita harmonia, depois de tantos anos, de Wilson com o seu trabalho.
O DVD que chegou no mês passado ao mercado norte-americano traz a íntegra do CD, que saiu no último trimestre de 2008. Numa apresentação ao vivo, nos estúdios da gravadora Capitol, Wilson e sua banda reproduzem tudo de forma praticamente idêntica ao CD. O show dura pouco menos de 40 minutos e deixa a sensação do "quero mais", que os DVDs anteriores ("Pet Sounds" e "Smile") já tinham deixado.
"That Lucky Old Sun", o DVD, apesar de trazer o álbum completo com um som espectacular, ressente-se pelo fato de ser tão curto e não trazer os grandes sucessos dos Beach Boys que Wilson apresenta nos seus shows.
Mas mesmo com a proposta de privilegiar somente o álbum "That Lucky Old Sun", o DVD não traz mais do mesmo. Além da íntegra do show, o vídeo ainda apresenta um minucioso documentário acerca da gravação do álbum ("Going Home"), que vai fazer com que qualquer fã do compositor assista de joelhos.
Além do documentário, o DVD ainda vem com comentários de Brian Wilson acerca de cada faixa, entrevistas e algumas outras apresentações ao vivo, como inusitado "The Black Cab Sessions", no qual Brian Wilson faz um minishow dentro de um... táxi.
Quatro anos depois, Brian Wilson retornou à Capitol, gravadora que lançou a sua banda, e agora é a vez de "That Lucky Old Sun", álbum que segue o mesmo padrão de "Smile", ou seja, uma mini-ópera-rock, com uma temática central, com Wilson acompanhado por uma imensa "big band", repleto de canções que poderiam tranquilamente estar em qualquer disco clássico dos Beach Boys, como "Good Kind Of Love", "Forever She'll Be My Surfer Girl" e "Oxygen To The Brain".
"That Lucky Old Sun", que fala de uma Califórnia ensolarada dos anos 60, aquela mesma aonde os Beach Boys conheceram a fama, é um verdadeiro tributo ao Estado que tem como Los Angeles a sua cidade mais importante. E isso fica claro logo na segunda faixa, "Morning Beat" ("Another dodger blue sky is crowning L.A. / The city of angels is blessed everyday / That lucky old sun smiles on me"), com uma letra que cita lugares importantes da cidade como o píer da praia de Santa Monica e as montanhas de Hollywood.
"Going Home" e a singela "Southern California", com os seus belos arranjos vocais, uma das marcas registadas dos Beach Boys, lembram os melhores momentos de sua antiga banda. E o início da 'mariachi' "Mexican Girl" dá a impressão de que Wilson vai começar a tocar "Pet Sounds" (a música).
Mas ao mesmo tempo em que canta o sol de uma paradisíaca Califórnia, Brian Wilson, num trabalho autobiográfico, relembra as suas tristezas de um período em que permaneceu artisticamente morto.
Canções como "Midnight's Another Day" ("All these voices, all these memories / Made me feel like stone / All these people made me feel so alone") e "Going Home" ("At 25 I turned out the light 'cos I couldn't handle the glare in my tired eyes / But now I'm back drawing shades across the sky") colocam o dedo na ferida de uma forma singela e emocionante.
Brian Wilson não se ri do passado, mostrando uma melancolia que chega a emocionar.
"That Lucky Old Sun" é a perfeita harmonia, depois de tantos anos, de Wilson com o seu trabalho.
O DVD que chegou no mês passado ao mercado norte-americano traz a íntegra do CD, que saiu no último trimestre de 2008. Numa apresentação ao vivo, nos estúdios da gravadora Capitol, Wilson e sua banda reproduzem tudo de forma praticamente idêntica ao CD. O show dura pouco menos de 40 minutos e deixa a sensação do "quero mais", que os DVDs anteriores ("Pet Sounds" e "Smile") já tinham deixado.
"That Lucky Old Sun", o DVD, apesar de trazer o álbum completo com um som espectacular, ressente-se pelo fato de ser tão curto e não trazer os grandes sucessos dos Beach Boys que Wilson apresenta nos seus shows.
Mas mesmo com a proposta de privilegiar somente o álbum "That Lucky Old Sun", o DVD não traz mais do mesmo. Além da íntegra do show, o vídeo ainda apresenta um minucioso documentário acerca da gravação do álbum ("Going Home"), que vai fazer com que qualquer fã do compositor assista de joelhos.
Além do documentário, o DVD ainda vem com comentários de Brian Wilson acerca de cada faixa, entrevistas e algumas outras apresentações ao vivo, como inusitado "The Black Cab Sessions", no qual Brian Wilson faz um minishow dentro de um... táxi.
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